terça-feira, 28 de julho de 2015

Por onde andas Gaja Maria?




O Pablo Alboran espera-me!

Fiz-me à estrada. Fui ver os aviões




Sai de casa com uma banana no bolso e 5 euros. Eu, a minha bike e a minha música. Estrada fora... Fui ver os aviões.



A banana voltou para casa pois parei na praia e comi um pastel de nata na esplanada virada ao mar. 
3 horas, eu, comigo, a minha bike e a minha música. O mar e o céu sem fim.
É assim que eu limpo o meu corpo e lavo a minha alma. 


sábado, 25 de julho de 2015

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Em estágio para ferias

Diretamente da confraria do pastel de nata. Aí que chatice, isto da operação biquini já está arruinado....



quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cansadas vocês, pffff!

Eram ondas de 30 metros e eu e o Mcnamara a disputa-las, ali mano a mano. Ele ia para lá, eu para cá, depois eu para lá e ele para cá ali numa parceria em cima das ondas nas nossas pranchas em forma de tubarão ( com dentes e tudo). Mas depois eu tinha de ir com MaiNovo ao dentista e tinha mesmo de sair do mar. Olhem, vi-me aflita, nadei, nadei, nadei tentando com todas as minhas forças chegar à praia sem conseguir. Finalmente lá apanhei boleia de uma onda e pisei a areia. Já estava atrasada.
Peguei em MaiNovo e dirigi-me ao meu jipe Defender Azul que já vendi há mais de 10 anos, tinha acabado de ser abalroado por um carro do lixo. E eu atrasada. Como ele ainda andava lancei-me ao caminho e aí vamos nós a subir a serra devagarinho e eu atrasada. Enganei-me na estrada e comecei a fazer  marcha a ré. Sem querer meti-me por um precipício. MaiNovo aos gritos e eu....
Estava ali naquele momento entre tirar o pé do travão e passá-lo para o acelerador a toda a velocidade para o jipe não cair lá para baixo connosco lá dentro....
A adrenalina, o medo, a vida a passar-me pela retina, a sensação de fim misturada com aquela sensação de limbo e viver.
Acordei!
Por agora estamos salvos mas eu estou muuuiiitttooo caansaadddaaa...
Ainda mais.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Mais para lá do que para cá

Ando para aqui numa lufa lufa para deixar trabalho adiantado para ir de férias, quanto mais despacho mais aparece, parecem cogumelos venenosos a surgir por todo o lado. Mais as galinhas de Mamãe que está a banhos, mais maridão que está em casa lesionado, mais filhos que não me dão descanso, mais gatos a mudar a pelagem, mais a pausa que fiz do ginásio e da bike, estou que nem posso. Em estando de férias, acho que durmo 5 dias seguidos de papo para o ar... Avé que é já na próxima semana. Até.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

38 x 10 cm

Uma bela courgette gigante que não vem do Entroncamento, a terra dos fenómenos, esta veio mesmo ali do quintal da vizinha. Tive pena de esquartejar tão belo exemplar, mas a esta hora  encontra-se às rodelas dentro de um saco de plástico na arca congeladora. Vai fazer umas belas de umas sopas. Não sei se será da água, da qualidade da terra ou do carinho com que a vizinha trata os seus legumes, o que é certo é que todos são enormes.




domingo, 19 de julho de 2015

Amigos

Os filhos são a nossa maior riqueza, queremos-lhes tanto, amamo-los de paixão  e assim que eles nascem, redireccionamos as nossas vidas e tudo gira à volta deles. Dos horários deles, do descanso deles, do divertimento deles. Tudo passa para segundo plano, a família, os amigos, nós próprios. Nós que até ao momento não parávamos de fazer programas com os amigos ou a dois ou em família, em chegando o verão apenas vamos à praia depois da sesta e quando o sol não é tão nocivo, carregados até aos olhos, levamos uma parafernália de apetrechos, bolas, baldes e pás, moinhos de areia, tractores, protetores, lanches, águas e uma infinidade de coisas para lá estar pouco mais de uma hora e se eles começam a espirrar, bora lá para casa que a criança se está a constipar. A família apoia-nos, mas aos amigos mal temos tempo de lhes dizer olá. 
Mas depois os filhos crescem e vão para a praia com os amigos deles, aos festivais de verão com os amigos deles, vão acampar com os amigos deles, às festas dos amigos deles, saem de noite e dormem de dia. 
E nós voltamos a redireccionar as nossas vidas. É nesta fase que eu e os meus amigos nos encontramos. Aos poucos voltamos aos velhos tempos de passarmos dias inteiros juntos. Aos poucos vamos revivendo as aventuras que outrora vivemos, vai para mais de vinte anos. 
Engraçado que parece que foi ontem... 
As caminhadas cheias de maluqueiras na areia, os mergulhos no mar, os frangos no pinhal em pratos de plástico, os fins de tarde em amena cavaqueira. Tantas aventuras para recordar e voltar a viver. Sou feliz, tenho uma mão cheia de amigos há muitos e muitos anos. Uns dizem mata e outros logo dizem esfola.


Perto de S. Pedro de Moel esta manhã


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Aqui

O rádio toca baixinho e as colegas discutem algum assunto lá ao fundo. Olho para o monitor que mostra números e letras sem fim. Por momentos fecho os olhos e vislumbro tudo azul. Azul céu, azul mar, azul infinito, azul. O sol brilha lá fora e as bandeiras badanicam, as árvores dançam ao sabor do vento que de tão forte dissipou a cortina de névoa que me separava  do meu infinito azul.
O cansaço físico e mental tem vindo a apoderar-se de mim, do meu corpo, daninha cabeça, a sugar-me as forças, a tirar-me a boa disposição. Em chegando a esta altura do ano parece que até o ar me pesa e tudo me empurra para trás dificultando-me as passadas.
O fresco do AC chega até mim numa lufada de ar frio e desperta-me desta letargia momentânea. O apagão acaba, a energia volta, é preciso continuar ...
Mais uma semana e picos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Há pessoas mesmo engraçadas

Das duas uma, ou a loirice passou de fora para dentro, ou preciso urgentemente de tirar um mestrado em psicologia. Há certas coisas que acho nunca vou entender...

terça-feira, 14 de julho de 2015

A vida como ela é

Saíram hoje os resultados dos exames nacionais. MaiNovo terminou o 12º ano com sucesso e chegou a hora. E a hora repete-se... Mais um que vai voar com as asas que lhe demos à procura de um futuro. Um futuro desconhecido, incerto, mas apesar de tudo um futuro carregado de esperança. Por enquanto pois pensemos numa coisa de cada vez. Se o futuro é amanhã e amanhã tudo pode acontecer, tenhamos então esperança no amanhã.
Um misto de emoções percorre-me, um misto de orgulho e de angústia, um misto de alegria e de medo ao saber que daqui a uns meses se tudo correr bem, ele vai para longo voar sozinho. Quero e não quero. Aliás, quero, faço gosto, anseio pelo futuro dele, mas não posso deixar de pensar que a casa vai ficar ainda mais vazia.
É a vida como ela é. Assim.

domingo, 12 de julho de 2015

Assim está bem

Quem por aqui passa sabe que adoro pedalar e seja um qualquer passeio sozinha ou com amigos, uma prova ou um passeio organizado em autonomia, desde que seja para pedalar, meta paisagens e desafio, sou suspeita, pois para mim é quase sempre bom.
Mas na realidade e paixão à parte, isto das provas ou dos passeios de Btt organizados não tem só coisas boas. 
Percursos mal marcados que fazem com que nos percamos, falta de assistência da organização em caso de acidente ou problemas técnicos, banhos de água fria no fim de chegarmos todos badalhocos e esfalfadinhos da silva ou um reforço a meio da prova e um almoço que deixe muito a desejar em termos de qualidade e/ou quantidade, limitam o sucesso destas coisas e fazem com que alguns pensem duas vezes antes de se inscrever, porque afinal, as inscrições são sempre pagas e não são baratas.
Mas hoje não. Hoje o reforço foi um luxo e almoço foi um buffet digno de um casamento.

Isto é apenas uma pequena parte da mesa das entradas. A mesa dos quentes até javali tinha, a dos doces nem falar. Tudo uma delícia. 
Assim está bem.


sábado, 11 de julho de 2015

Querido, encolhi a casa

Cada vez que me ponho a fazer limpezas, arrumo/escondo, dou e meto para o lixo coisas e mais coisas que não servem para mais nada senão para limpar. Quando o marido se põe a olhar à procura de alguma coisa que já não está no lugar habitual até tremo, são caixas e caixas de tralha de tudo o que possam imaginar que a minha sogra foi guardando desde que ele nasceu e lhe mandou para cá e que eu "guardo". É verdade que também eu, vou guardando coisas ao longo dos anos, coisas que me falam ao sentimento, mas vocês não imaginam a quantidade de cadernetas de cromos da bola que eu tenho ali dentro de um arquibanco e os cartões da escola, e os troféus do todo o terreno e do futebol e dos rallies e as coleções de revistas e jornais e os carrinhos e... Mas não é só ele, MaisVelho faz coleção de isqueiros, MaiNovo faz coleção de latas de bebidas e eu faço coleção de gatos. Ai  a minha coleção de gatos, são gatos às dezenas. A cada lugar onde vou, trago uma gato, amigos, familiares e conhecidos, trazem-me gatos. Ele é gatos da Tailândia, da Suécia, da Escócia, dos States, da Alsácia, eu sei lá, é almofadas, gatos, chávenas gatos, marcadores gatos, é para ali uma gataria vinda dos confins do mundo que já nem sei o que fazer àquilo tudo. E limpar todas estas porcarias??? Minha nossa! Mas para que é que uma pessoa faz coleções de coisas?
Raio de ideias parvas.
Segunda-feira vou comprar mais umas caixinhas, vai tudo parar à garagem. E quando não conseguir enfiar lá o carro... não sei, talvez venda os móveis e os sofás e nos sentemos e comamos em cima das caixas. Ou isso ou meto fogo a tudo.

Bom, fartei-me das limpezas e fui pedalar. E nada como uma pausa à beira mar para uma fartura.
Ai que estava tão boa.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Prenhe

Ela queixava-se  todos os seus dias que se sentia seca, vazia por dentro, oca. Mas jurava a pés juntos, jurava que um dia, amanhã talvez, haveria de voltar a sentir chegando uma falta de ar em forma de longos e profundos suspiros, uma dor aguda no peito, perfurando, cravando-se cada vez mais fundo, inundando de um sangue fervente todo o seu corpo, uma tremura nas mãos, uma faísca no olhar, uma chama encandescente no estômago. Haveria de voltar a sentir uma alegria imensa e ao mesmo tempo uma angústia tamanha. Haveriam  de haver momentos em que o seu olhar se perderia no horizonte adivinhando que o nevoeiro se dissiparia e viria o sol, brilhante, cravejado de diamantes que lhe adornariam os seus dias. E à noite viriam as estrelas que ela e ele perscrutariam, deitados na relva de mãos dadas e lhes incendiariam os beijos e lhes aqueceriam as mãos, sedentas de toques, movidas pelo desejo. E os seus corpos haveriam de se transformar num só, de se fundir, de estremecer em convulsões rítmicas e aceleradas. Haveriam de ficar lado a lado, horas sem fim, apenas a olharem-se ou abraçados...
Um dia haveria de sentir-se de novo assim, prenhe. Prenhe de amor e de paixão.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Ainda dou cabo dela

Olhem para ela coitada, deitadinha a descansar. Diz que quer fazer greve e reivindicar uns dias de descanso,  mas eu respondi-lhe que não há cá greves para ninguém e que até tem sorte de eu não poder pegar nela todos os dias, coisa que eu até gostava... Pedalar faz-me tão bem.



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Lojas para Mães?

Fui às compras com MaiNovo. Yeah! Há c'anos que não andava assim descansada uma manhã inteira a bater perna pelas lojas. Entra e sai, mexe e remexe, veste e despe, fica bem não fica.  Na sua maioria, lojas de roupa jovem para ele e eu ia cuscando. Eu queria porque queria uns calções para sair à noite na praia ou mesmo para andar com a perninha ao léu no fim de semana, até que, numa dessas lojas me apaixonei por uns. Fui experimentar Yeah! Diz MaiNovo:
- Ó mãe, são giros e ficam-te bem, mas isto são lojas para pitas como as filhas das tuas amigas, agora imagina-te a encontrares uma delas vestida igual a ti...
Toing! Passou-me uma nuvem pelos olhos, cinzenta com'ó raio e armada em carapau de corrida que até me toldou as vistas. A semente da dúvida começou ali a germinar e a crescer assustadoramente. Raios partam o puto que até é capaz de ter razão.
Haverá então lojas de mães e lojas de filhas ou apenas o bom senso, o gosto e os tamanhos da roupa poderão determinar onde devemos dirigir-nos para comprar roupa depois dos 40? Depois dos 45, vá. Será que eles nos vêm assim, cotas armadas em pitas?
Bom larguei os calções e dirigi-me a outra loja que é dividida em parte mães e parte filhas. Não deve ser esta a ideia, mas aparentemente até poderá ser.
Escolhi isto:


Vesti e chamei-o para opinar, foi aprovado. (O que ele não sabe é que isto veio do lado "filhas" da loja") :))))

Do pior

Pior do que teres uma nódoa no vestido é saberes que tens uma nódoa no vestido....

domingo, 5 de julho de 2015

Nortada

Aqui pelo Oeste tem-se sentido um vento fresco e muito forte vindo de norte. Enquanto o resto do pais anda a suar as estopinhas e a correr para as praias, fazer praia por aqui não parece tarefa fácil a julgar pela quantidade de guarda-ventos e chapéus de sol deitados e a voar pelas praias fora.
Hoje fui pedalar rumo a norte e já estava a desesperar. Nem o facto de ir na roda do marido a coisa ficou mais fácil, as eólicas rodavam com tanta força que estava a ver quando as pás se soltavam e saiam disparadas acertando-me na pinha. Não aconteceu que aquilo é coisa feita para os ventos fortes. Imagino só a quantidade de energia que elas têm produzido ultimamente, uma coisa daquelas no meu quintal é que era, mandava logo a Edp às urtigas. Arbustos, pinheiros e tudo o resto andava desalmado numa dança frenética que até assustava. O barulho do vento era tanto que se sobrepunha à música que ia a ouvir. Assustador.
E ali ia eu já com as pernas a gritar clemência que mais parecia que estava a subir a Serra da Estrela e a pensar que o melhor seria mesmo dar meia volta e fazer o percurso ao contrário e a favor do vento. É que isto de remar contra a maré nem sempre nos trás algo de bom.  Mas tal como na vida a persistência vence muitas vezes e eu sou teimosa que nem uma mula, uma mula gira, mas muito teimosa mesmo e lá continuei sempre na roda do homem. Chegámos a S. Pedro de Moel, comemos um pastel de nata, bebemos um café e vimos um pouco do torneio de andebol de praia. Energias repostas seguimos viagem para casa sãos e salvos. Não é a nortada que me vai fazer parar e remar contra as marés é o meu nome do meio, mas já chega de soprar com tanta força, não? Por este andar ainda levanto voo.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A arte de passear o animal

Há quem vá passear o béubéu ou o miau. E depois há os outros que vão passear o cavalo pela trela e de bike.....
Conseguem ver bem? Eu cá ia causando um acidente em cadeia para captar o momento. 


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Tudo (ou quase) aquilo de que gostamos e nos dá prazer sai-nos caro

Já nem falo de carrões, casas fantásticas, roupas e sapatos de marca, tecnologia, viagens, que isso cada um tem à medida da sua carteira. Alguns até as adquirem a uma medida superior à da carteira mas depois pagam as favas e arrependem-se para o resto dos seus dias, mas isso é lá da vida de cada um e cada um é que sabe.
Mas posso falar de livros, de museus, de uma ou outra ida ao restaurante, de um concerto musical, fotografia, cinema e uma infinidade de coisas que gostamos e nos dão prazer mas nem sempre podemos porque nos saem muito caras. E não estou só a falar de dinheiro.
Eu estou particularmente a falar de uma coisa que gosto muito e me dá imenso prazer mas que me sai caro. O desporto. Quem me conhece e quem me lê sabe que respiro desporto e o encaro como modo de vida. Ginásio, caminhadas e Btt fazem parte dos meus dias e deixam-me feliz. Nunca vou por obrigação, vou porque adoro.É o cuidar do corpo e da mente, é o fazer algo que gosto e me dá prazer, é o fazer algo por mim e pela minha auto-estima, é o impor-me desafios e superá-los, é o ar puro, as paisagens de cortar a respiração no cimo do monte, o convívio, os locais que conheço que seria impossível conhecer sem a minha bike.
Não me queixo mas sai-me caro.
Saio do trabalho a correr, quando já consegui despachar tudo e ou vou para o ginásio onde as aulas começam às 18:30 ou pedalar. São duas horas minhas que passam a voar mas  que me saem caras.
Não é só o custo da bike, sua manutenção e todo um conjunto de apetrechos caríssimos, os equipamentos e as sapatilhas para o gym e a mensalidade, é aquilo de que prescindo à conta destas duas horas diárias. 
Prescindo de muitos outros gastos e gostos para poder ter a minha byke e todos os equipamentos necessários,  prescindo de muitas coisas para ter tempo para fazer desporto. Montras, compras, cabeleireiros e outras coisas de gaja, cinemas, museus, fotografia, tenho até viajado menos. Tenho muito pouco tempo para a casa ou para ler, ou até para blogar pois tenho de me dividir entre familiares, amigos,  casa e trabalho para poder fazer desporto. E não me ralo com isso.

Bom, peço desculpa porque não era bem isto que queria escrever mas maridão está a ver a Gala do Sporting e não se cala com comentários e a tentar adivinhar quem ganha os galardões e não me deixa concentrar.

Mas em jeito de resumo e conclusão, é que não me importa nada com aquilo que prescindo para fazer uma coisa que gosto de paixão. É importante fazermos o que gostamos nem que para isso algumas outras coisas fiquem para trás. Vivamos em pleno.





quarta-feira, 1 de julho de 2015

Digam-me como

Tenho uma pequena cena congénita no olho esquerdo. Coisas que herdamos dos nossos progenitores, normalmente más, claro e que me limita a visão. Em garota ainda andei  de óculos e com o olho direito tapado a ver se estimulava o outro lado, mas nada. As vergonhas que eu passei por causa daquela pala no olho e nem sequer surtiu efeito. Nem sei como não me apelidaram de pirata, Camões, ou mesmo cáolho ou outra coisa bem pior, mas não, a garotada gostava de mim. Valeu-me isso. 
Mas dizia eu que nem com lentes o gajo lá vai, porque afinal é uma cena congénita e não há nada a fazer. Vê menos e ponto final. Em contrapartida sempre vi muito bem da ala direita mas, e porque nestas coisas há sempre um mas, a puta da idade e o facto de trabalhar com computadores já fez os seus estragos e tenho de usar uns óculos de ver ao perto e semi-perto. Para quem não sabe, semi-perto é aí até uns 80 cm. Mesmo à cota portanto.
Agora, digam-me!
Como é que uma gaja estilosa (que quer ser, vá), que não vê um telho ao perto e não tem lentes de contacto, pinta os olhos de manhã sem ficar a parecer que levou um murro em cada olho? Ein??
E como é que faz um risco fino e direito com lápis ou eyeliner ein?  E como é que vê se tem a quantidade certa de sombra em ambos os olhos? E como é que põe a máscara nas suas lindas mas loiras pestanas e não à volta? Ein?
Vá, digam-me como.