quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Yoga

Tive uma nova epifania e deu-me para ir experimentar uma aula de Yoga.
Gente! Estou até ao momento a tentar desatar os nós que fiz com os braços e as pernas. Mas sim, aauummmmm, aauummmmm.
Estou zen e com um torcicolo no pescoço.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O que me prende


Já há muito que queria ter falado sobre a minha família do trabalho, mas como falar de trabalho nos blogs pode criar “azias” em algumas pessoas, tenho me inibido de tal.
É hoje.
Sim, o que temos no trabalho é tipo uma família, afinal de contas passamos mais tempo lá do que em qualquer outro lugar ou com quaisquer outras pessoas. No meu caso até almoço lá, passo muitas, muitas horas com aquela gente.
E se dentro das famílias, existem pais e mães que nos amam e nós amamos incondicionalmente, irmãos e primos do coração, tias velhas e chatas e outras porreiraças, primas e primos invejosos, falsos e velhacos que não nos podem ver nem nós a eles, tios birrentos e teimosos de quem passamos a vida a fugir,  alguns parentes afastados, outros até que nunca chegámos a conhecer e amigos, que os amigos também fazem parte da família, no trabalho é igual.
Eu tenho tudo isso e muito mais pois estou no seio de uma família numerosa. Há, portanto, familiares de todos os tipos e para todos os gostos.
Tive a sorte, no meio desta gente toda, de acabar por ir parar a um departamento de primos fixolas. Somos unha e carne, tipo mosqueteiros mesmo. É um por todos e todos por um, sempre. Seis homens e eu. Um nem precisa falar para os outros saberem o que está a pensar, estamos sempre de acordo e entendemo-nos muito bem. Choramos e rimos em conjunto e quando um tem problemas todos ajudam, quando o trabalho não corre bem, todos apoiam. Vamos à happy hour ás sextas-feiras e eu sou um deles. Contam sempre comigo. Estou muito grata por fazer parte deste grupo de primos e fico feliz todos os dias por vir trabalhar por causa deles.
Não tenho dúvidas. Naqueles momentos em que a vontade é bater a porta e sair daquele lugar, o companheirismo, a amizade e o bom ambiente que nos une, pesa cinquenta por cento para nós sete. 
E é o que me prende, sim.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Rotinas novas


Se há uns anos, ter de passar um domingo em casa era como se me estivessem a matar, agora matam-me se me fizerem sair de casa.
No verão é praia, claro, que estar ali a torrar ora de um lado ora de outro como quem assa frangos a ouvir as ondas de olhos fechados e a cheirar a maresia é bem melhor do que preguiçar fechada dentro de casa com sol lá fora. Mas aí a partir de novembro e até abril, gosto de hibernar aos domingos. Mas só à tarde, claro, que de manhã é para pedalar. Nem sei como é que isto me foi acontecer, mas a lareira a crepitar, a manta nas pernas, gatos ao colo, livro, computador, telemóvel, filmes e séries sem fazer ponta de um corno e após ter passado a manhã a cansar-me, dá-me anos de vida. Passeios dos tristes, hipermercados, lojas e centros comerciais, ir ver jogos disto e daquilo, barulhos e confusões? Não me chamem que eu agora quero é paz e descanso. E quando chega a hora do lanche ou da janta e verifico que não há pão? Ui! Vai tu, não vai tu, não me apetece, vai tu. É quase sempre o mesmo que vai. Ele, claro, voluntário à força se não estiver a ressonar. Vai daí grelham-se uns petiscos à lareira, bebe-se um copito e relaxa-se até ser dia. Ah tardes de domingo boas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Sei bué sobre ventos


Vi as árvores a abanar. Fui ver. Ora bem, Norte, Sul, Este e Oeste, (a ajudar com as mãos virada a Norte) olhar as bandeiras e as árvores. Está de Norte! Meu dito, meu feito e confirmado na minha app secreta no telefone que é esperto que nem um alho. Meus colegas olharam-me estupefactos. Percebo mesmo bué de ventos. Desde que me dediquei às pedaladas que me vi obrigada a estudar a situação que isto de enfrentá-lo ou ir à sua boleia tem muito que se lhe diga. Mas uma coisa é certa, quando uma Gaja vai de bike, ele está sempre, mas sempre de frente, dificultando a pedalada. Quer me cá parecer que ele vira conforme lhe dá na real gana só para me lixar. Sei bué sobre ventos é o que vos digo, quando a bike até abana está para aí a 40km/hora e quando só me faz chorar os olhos, de 12 a 24 km/hora. Quando nem consigo pedalar o melhor é voltar para casa. Ah. E quando não há vento, não há vento. Viram como eu como eu sou entendida em ventos?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Ser criança não era fácil


Sempre fui muito desassossegada. Lembro-me de ser garota e ser uma inconstante da alma e do corpo principalmente das pernas, por isso, ainda bem que sou do tempo em que se brincava na rua até à noite, altura em que a minha irmã, sete anos mais velha do que eu e muito responsável vinha à rua assobiar e eu, respeitadora, voltava para casa para a banhoca e o jantar.
Eram quase quatro meses de férias de verão em que eu corria pelos quintais, subia às árvores, aliás trepava tudo o que ficava nas alturas para ver as vistas, andava de bicicleta, jogava ao elástico e ao berlinde e ao prego e à apanhada e às escondidas e ao aeroplano e a muitas outras brincadeiras, algumas até bastante parvas, que se inventavam no momento. Era uma sem parança como dizia meu pai.
Sei que um dia fiquei doente das pernas. Eram tantas as dores que eu mal conseguia andar e chorava que nem Madalena arrependida com medo de não conseguir ir brincar. Meus pais ficaram preocupados e já achavam que eu tinha alguma doença maluca pois não comia nada, era uma franganita e não parava quieta e agora estava doente das pernas. Levaram-me ao hospital. Depois de algumas horas em testes e exames viemos sem diagnóstico e com um paracetamol, não me acharam nada. Pelo caminho meus pais insistiram em perguntar ao que tinha andado a brincar nos últimos dias. Lá me descosi e confessei que tinha estado a tarde toda do dia anterior a saltar da pilha das bilhas de gás nas traseiras do café…
Pois…. Não chegavam já as dores que eu tinha nas pernas como ainda fiquei de castigo quinze longuíssimos dias daquele verão, sem poder brincar fora de casa e ainda fiquei proibida de sequer passar pelas traseiras do café e mais ainda de tocar nas bilhas de gás.
Toma! Ser criança na altura era dificílimo. Ainda se houvessem tablets e Playstations e Nintendos e telemóveis, eu nem tinha saído do sofá….

domingo, 13 de janeiro de 2019

Quando percebes que de ti já esperam tudo

Há anos que não ia ver um jogo de hóquei em patins, mas a equipa da terra está na primeira divisão e ontem foi o dia em que fui ver um jogo. Gostei tanto, foi tão emotivo que durante o jogo postei uma foto do jogo no insta e no face.
Hoje, encontrei uma amiga que não via há algum tempo e ela perguntou-me logo
- "Hóquei? Qual de vocês lá em casa anda no hóquei?"
Quando respondi que ninguém, que fomos ver só porque sim, ela disse:
- "Ah, pensei que eras tu"
Pois.... quando a maluqueira de alguém leva outro alguém a considerar a hipótese de uma moçoila de cinquenta e picos jogar hóquei, espera-se dali tudo.

By the way, ser guarda redes de hóquei em patins é lixado....



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

A terapia do foda-se


O foda-se chegou devagarinho à minha vida.
Primeiro achei-lhe graça, depois comecei a convidá-lo para se chegar a minha beira  e a pouco e pouco, foi-se sentando por momentos, depois mais longamente, depois trouxe a escova de dentes e por fim passou a fazer parte da minha vida diariamente. Trabalho com homens, pedalo com homens, tenho muitos amigos do peito nortenhos e ainda vivo com três homens, oiço mais foda-ses do que bons dias. Pois que o foda-se se entranhou e passou a ser tu cá tu lá comigo sem eu me aperceber. Por vezes caio em mim e começo a aperceber-me da quantidade de foda-ses com que vivo, dos outros e meus e do alívio, da libertação, do consolo que sinto ao ouvi-los e ao dizê-los. É claro que ainda consigo controlar os locais e as pessoas onde e a quem profiro tal impropério, pois se meu pai me ouvisse uma destas, ficava de castigo cinco longos anos certamente. E pese embora o foda-se já ser praticamente da família, por vezes soa-me tão mal quando o oiço proveniente da minha pessoa. É que eu sou uma lady caramba e uma lady não diz tais palavrões, uma lady diz bolas, raios, caramba, quando muito porra e na loucura lá lhe sai um merda, agora foda-se? Que horror, que baixo nível, que falta de coro e educação!!
Pois que fiz saber aos meus caros colegas de trabalho que em 2019, este ano portanto, se acabariam os foda-ses no departamento e por cada um que nos saísse, levaríamos um calduço. A mim já me doem as mãos de dar tantos, e eu, estou toda negra, foda-se!
Desculpem lá qualquer coisinha ein.

Touchim

Nem sei bem o que vos escreva enquanto estou aqui em pulgas à espera do telefonema do meu amigo Marcelo. O que eu queria mesmo era um beijinho e uma selfie, mas o telefonema serve se for gravado e colocado no insta. Acontece que estou com voz de cano entupido por conta de uma gripose que fizerem questão de me oferecer de presente. Bardamerda que isto nunca mais passa. Já fiz saber que vou matar quem ma deu e como quem dá o que lhe dão é amigo do coração, já fiz igualmente questão de a oferecer a vários....
Até

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Mais um caixote


Encaixotei o Natal assim que chegou o dia seis sem qualquer nostalgia e com um certo alívio por saber que só volta daqui a um ano.
Já lá vai o tempo em que era uma época mágica, como quando eu era pequena e andava em ansias à espera da madrugada do dia vinte e cinco para correr para o sapatinho que colocava na véspera em frente à chaminé ou como quando sentia os meus filhos levantarem-se a meio da noite e eu corria atrás deles só para assistir à alegria nos seus olhos. Agora já não há magia. A criança mais nova da família tem dez anos e é ela que distribui os presentes que já praticamente todos escolheram, só para fazermos o teatro e a época não passar em branco. De resto, Natal é família à mesa, jogos e “Sozinho em Casa”.
As épocas sucedem-se umas após as outras, ano após ano sem grandes alaridos ou expetativas e só porque sim. Parece que tudo perdeu a magia, o brilho, a paixão. Não gosto que seja assim, é-me difícil viver sem paixão. Por agora está encaixotado, mas no ano que vem vai ser diferente.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Sombra



Ai, domingo de manhã, frio de rachar lá fora, ai tão bom, ficar na cama, no quentinho com os gatos enroscados nos pés e um livro. Só se for para vocês que para mim só é mesmo, mesmo bom quando não posso, de resto acordo com as galinhas e dá-me a tremura nas pernas e no cérebro e tenho de me pôr a andar. Fui ver o meu amigo mar e caminhar na praia. Quase virei estátua de gelo e piorei substancialmente o meu estado gripal por causa do sol na mona, mas não faz mal, tirei uma foto à minha sombra que é sempre bom para colocar no instagram, ouvi o som das ondas, espantei as gaivotas e molhei os pés a atravessar o rio. Foi fixe, hei-de repetir mas em vez de ser às nove da manhã com 2 graus, que seja às onze, um pouco mais quentinho.




sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Nunca me fechem

Anda uma p'ssoa a pedalar kms e kms à chuva e ao frio e ao vento e atravessando a bruma, apanhando humidade e calor e transpirada, molhada até à medula e mantém - se sã que nem um pêro e depois, chega de férias ao escritório, quentinho, sem vento e sem frio e basta um dia para ficar contaminada de tudo quanto é bicheza gripal e constipal. Xiça!! Cof,Cof, Snif, atchim, atchim....

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Vamos lá pôr isto a andar

Marido quer internar-me.
Nem sei muito bem porquê, mas talvez eu ter tirado férias  e não ter dormido as manhãs na cama, não ter andado às compras nas promoções, não ter lido, não ter ido ao blog nem visto séries, muito menos feito limpezas, arrumações ou outras coisas que se fazem nas férias de inverno e ter apenas pedalado me faça suspeitar porquê.
Talvez o meter-me de novo no desafio maluco de fazer 500 kms de bicicleta em oito dias também tenha contribuído.
Ah! E também ter me levantado todos os dias de madrugada para me embrenhar no mato a pedalar, almoçar uns petiscos em tascas e à noite cair exausta na cama para acordar cedo no outro dia.
Ou, em calhando, foi determinante quando no dia 31, faltando-me quarenta e sete quilómetros para terminar o desafio e marido, que nunca me abandona nestes meus desvarios e sempre me acompanha para dar força e assistência e eu, nos fizemos à estrada mas como era uma volta pequena, não levámos ferramentas. A dez kms de casa ele furou. Mandou-me continuar para eu terminar o desafio e depois trazer  carro para o levar. Assim fiz. Cheguei, troquei os sapatos de encaixe pelas pantufas e lá fui eu pelo caminho que ele faria para chegar a casa. Após algumas transgressões de trânsito e várias voltas a rotundas e caminhos possíveis não o vi e voltei para trás. Foi então, já bem perto de casa e após ele ter feito kms a pé com a bike às costas que finalmente o avistei quando praticamente se atirou para cima do carro. Já tinha passado por ele, quase o atropelei e não o vi...
Ah. Já sei, também deve querer internar-me porque no dia 1 de Janeiro, véspera de regressar ao trabalho eu lembrei que não tinha feito a única coisa impreterível destas férias que era lavar e aspirar o carro e ao chegar a casa e ainda com a roupa da noite ter corrido para a lavagem. Ah! E ter-me esquecido de colocar a banana na salada de frutas para os convidados no Dia de Natal também foi mal. Bom, pensando bem, ando aqui a pôr-me a jeito.

Posto isto só me resta então pôr este novo ano nos eixos e a andar.
Que seja um bom ano .
Para mim e para vós.
Siga!