segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Fim de dia

A brisa tocava-lhe as faces acariciando-as depois de um dia abafado e difícil. Respirava com dificuldade devido ao ataque de micróbios dos últimos dias e por duas ou três vezes neste trajeto teve ataques de tosse nunca parando no entanto de pedalar ou abrandando sequer por um segundo. Pedalava quase em sprint devido ao adiantado da hora para ver as praias ainda com aquela luz difusa de fim de dia. Ainda gostaria de ver as pessoas a abandonar a praia com os pés cheios de areia e arrastando-se até ao carro, sinal de dia quase terminado. Surpreendida ficou ao chegar à praia, vê-la praticamente vazia, vazia de gente, vazia de chapéus de sol, vazia de sol que estava já a pôr-se. Findaram as férias, findou o verão e voltou a praia como mais gostava dela. Vazia, nostálgica, calma e silenciosa em fim de dia. 
Cumprido o objetivo, regressou então a casa pedalando como se não houvesse amanhã, antes que a noite escura viesse e o céu se encobrisse de vez com aquela névoa que se aproximava. Chegou limpa, limpa de micróbios, limpa de tosse, de alma limpa e cheia de esperança.


domingo, 30 de agosto de 2015

Bruxa Malvada do Oeste

Dizem que a Bruxa Má do Oeste é um personagem fictício criado por L. Frank Baum, sendo a principal antagonista de "O Mágico de Oz". Suas mais populares aparições foram no filme O mágico de Oz, de 1939, e Oz: The Great and Powerful, filme de 2013, mas eu tenho a certeza que não é fictícia não senhor e que fui atacada por ela este fim de semana. Nem o Feiticeiro de Oz me salvou.
Já andava a chocá-la, por contágio, claro, que eu raramente me constipo, pois pedalo à chuva e ao vento, ao frio e ao calor e isso cria-me um escudo protector, mas depois fui a uma Beach Party numa praia aqui do Oeste bem perto de mim, péssima ideia. Além da energia ter falhado três vezes e a espera tivesse feito com que nos sentássemos na areia fria, levantou-se cá uma brisa e uma névoa húmida e pimba, depois, uma pessoa vai às Beach Parties toda descascada porque é verão e esteve um calor do caraças durante o dia e deu-me a tremideira. Isto por aqui pelo Oeste é zona de Portugal para ter um micro-clima. Posto isto, lá veio a tal da Bruxa Malvada das super constipações soprar para os meus lados. Acertou-me em cheio. Vai um cházinho de limão com mel?

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Uf!

Paletes de papeis, pastas, pastinhas e pastões, resmas de agendas, praí desde 1912 aos dias de hoje, cabos nem sei de quê, carregadores de tudo e mais alguma coisa, telemóveis de 1910, garrafas com fios de bebidas espirituosas, bayblades, sabem o que é? Berlindes e cromos dos Pokemon, peças de decoração escondidas, lindas, cassetes de fita (que voltei a guardar), uma coleção da Disney de filmes de video VHS, que já nem tenho (também guardei, quem sabe um dia vou a um leilão de antiguidades), exames médicos desde 1940, que os anteriores foram para o lixo no destralhamento anterior... bom, nem vale a pena enumerar mais tralha com que enchi os contentores da vizinhança. Ainda cheira a tinta mas já tenho chão, lindo. E limpar a minha coleção de gatos uma a um e voltar a arrumar? Ainda comecei a contá-los mas perdi-me aí aos 150... Parece que está tudo limpo e arrumado e vai-se a ver e não. C'horror, mas ficai descansados que já desencardi as unhas.Só me falta comprar umas cortinas novas que as anteriores estavam cheias de unhadas de gato, um dia ainda os penduro na varanda. E amanhã vou pedalar, acabaram as obras, por agora...


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ai os nervos

Os nervos, ai os nervos, esses trambolhos pontiagudos, responsáveis pela maioria dos nossos piripaques. Eu cá estou cheia de nervos, estou mesmo com muitos nervos eu, porque ando com obras em casa e porque ando sempre a destralhar e porque achei que já era uma minimalista e afinal não.
São Everestes de coisas espalhadas pela casa e que vou ter de limpar e arrumar nos devidos lugares. Cheira-me que se ainda não era suficientemente minimalista, agora é que vou passar a ser. Já olhei ali para um contentor perto de mim.... E gatos a meterem o nariz onde não devem e a atrapalhar, querem? Estou para aqui sentada no meu meio sofá a snifar tinta e sem chão, de janelas abertas e rodeada de máquinas e coisas amontoadas. Pelo menos é um serão diferente. Uma Gaja mete-se em cada coisa...

Findou o encanto

Todos os anos, em chegando os meses de Julho e Agosto , teríamos umas férias maravilhosas, de papo para o ar, veríamos o pôr do sol todas as tardes, quiçà o seu nascer, um dia ou dois, leríamos muito, comeríamos maravilhosas iguarias, beberíamos vinhos de marca, algumas bebidas espirituosas, viajaríamos para lugares paradisíacos, , estaríamos rodeados dos nossos, que mimaríamos até mais não, gargalharíamos a toda a hora, engordaríamos alguns quilos  e ficaríamos de molho no mar ou na piscina ou a torrar ao sol ou a fotografar locais bonitos e comidas fantásticas. Então, mostraríamos tudo ao mundo, nos Blogs, no Face e no Insta, quiçá até no Tweet, atualizando ao minuto a nossa felicidade, o nosso tom dourado, o nosso ar descansado de stress e preocupação.
Depois chegaria o dia de voltarmos ao trabalho, alegres e contentes, descansados, bronzeados e em tal modo zen que nada nos afetaria durante semanas por mais que nos atazanassem o juízo. Acordaríamos sem ser necessário despertador, cheios de motivação, vontade redobrada, dispostos a trabalhar horas a fio em prole de nós e de outrem sem nunca esmorecer, deprimir ou entristecer.
Só que não...

domingo, 23 de agosto de 2015

Silhueta


Sair bem cedo e chegar já quase noite, a rotina dissipou-se, as preocupações desapareceram, os horários não importam, o cansaço não se sente. Foram estradas e caminhos, gentes e locais. Cães a ladrarem à nossa passagem, bom dia senhor, boa tarde rapazes. Serras, vales, cabritos a saltitar. Gritos de aves, um coelho a fugir, o mato a restolhar, a brisa a secar-nos o suor. As gargalhadas, os ecos à nossa passagem, um céu imenso, o rio ao fundo, por vezes o mar. Quilómetros de brincadeiras, outros tantos de pensamentos. Decisões, resoluções... Sou leve, sou uma silhueta, sou eu. Estou feliz.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Burra teimosa

Todos os anos me acontece o mesmo.
Todos os anos tomo a resolução de no ano seguinte não cometer o mesmo erro.
Todos os anos volto a fazer a mesma merda!

Voltei ao ginásio após um mês de pausa...

Mal me consigo sentar, mal me consigo levantar. Tossir é doloroso, mexer os braços é um suplício. Até as mamas me doem...
Xiça!

"Figo"

Figo é o seu nome, claro, ou não fosse o cão supostamente de guarda de uma casa com três futebolistas, a minha. 
Para cão de guarda faltou-lhe o perfil. A boca grande e os dentes afiados ainda vá que não vá, mas o porte mais para o gordo do que para o atlético, os olhos meigos e as lambidelas que dá a toda a gente, fazem dele o Labrador mais meigo e bonacheirão que conheço. 
Veio com 9 meses e já latagão, para estimular a responsabilidade de MaisVelho, tarefa em que não teve sucesso, sendo que MaisVelho não é apegado a animais, muito menos a responsabilidades, tinha no entanto uma forte apetência para roedor. Roeu macieiras e pereiras com 60 anos, cercas, redes, roupa e sapatos, tapetes, brinquedos, roseiras e hortênsias. Desenterrou ainda duas buganvílias enormes e vários arbustos, o que lhe valeu um apartamento com quarto e sala contígua. Tudo o que cai naquele AP é roído, incluindo vários recipientes para comida e água, brinquedos e mantas. Agora como do chão e o bebedouro é de cimento. 
Figo é um doce, são aí uns 40 kgs de cão, mas pelos vistos, é muito revoltado por ter de viver no seu AP e todos os santos dias, quando vai dar a sua voltinha, larga a correr quintal fora, usando as patas e o focinho para abrir as portas dos galinheiros e dos patos da vizinha que amanha o quintal de Mamãe. Ora, a bicharada de duas patas sai para o paraíso e devora as couves, os feijões verdes e as alfaces da senhora. Obviamente, está logo o caldo entornado. Pois eu, tenho uma cana e todos os santos dias antes de ir para o trabalho, ando pelo quintal fora a reunir suas excelências, os das penas que comem os verdes da vizinha e a distribui-los pelos seus quartinhos no condomínio. Sempre sonhei ser pastora, vá. 
Quanto a Figo, quase posso jurar que lhe vejo um sorrisinho irónico no canto das beiças, o sacana, quando olho para ele já deitado de barriga para o ar à espera das festinhas que lhe faço antes de ir embora. 
Parte-me o coração ter de lhe fechar a porta do AP, mas caso contrário arrisco-me a chegar a casa e não ter casa...

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A cobra

Íamos a pedalar por cima da ponte, ali entre Pedrogão Grande e Pedrogão Pequeno e parámos para espreitar o rio Zêzere lá em baixo. Foi quando a vimos, chamámos-lhe de imediato "a cobra". Isto é só uma parte, pois a puta da cobra vai do rio até lá acima às casas, tão grande que nem a consegui apanhar toda.


Ora ali estava um belo de um desafio, disse um. Dasse! Só gente doida, pensei, aquilo parecia o Alpe d'Huez da volta a França, eu não vou conseguir, disse eu logo. Eis senão quando, dei por mim atrás deles à procura do caminho para subir a cobra e a pensar "Ora, eu consigo, eu consigo, eu consigo"

Conseguem vê-los lá em baixo na ponte?
E agora, mais perto, já vêm? Pois...
Eu disse-lhes que partia um pouco mais acima para lhes tirar fotos a subir e depois acompanhava-os, mas não, assim não valia disseram eles, tinha de partir lá de baixo... Aí fui eu... Dasse!
E ponham "Dasse" nisso, que ela era inclinada e comprida como um raio, em calçada romana e com alguns buracos. Até eu fiquei surpreendida, que por vezes menosprezo as minhas capacidades, mas consegui mesmo subir o caraças da cobra sem desmontar e sem parar. Claro que cheguei lá acima sem vontade de tirar fotos, o coração a querer saltar pela boca e as pernas tremiam-me tanto que tive de parar um pouco para descansar e beber toda a água que levava comigo. Se me tapassem a boca finava-me ali mesmo.

Mas tenho de confessar, não me cabe uma palha no cu. Eu e a minha máquina nova somamos e seguimos.

(Desculpem-me o superego, isto passa. Há momentos em que pequenas vitórias nos sabem como pão para a boca...este, por coisas cá minhas, foi um deles)

domingo, 16 de agosto de 2015

Aí está ela!

Apresento-vos a minha nova Black Jaquina da Silva Cube com roda grande. 
Estou cada vez mais apaixonada :) Ando a mostrar-lhe umas paisagens lindas.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Acampamento cigano

MQuando a filharada do meu grupo de amigos era pequena, achámos giro dar-lhes a conhecer esta experiência maravilhosa que é acampar. Pois....
Formigas, aranhiços e pó ao pequeno almoço, assim como tomar banho quase em público e ouvir os peidos dos outros, cozinhar num fogareiro e fritar ao sol da tarde numa barragem do interior, é do melhor.
Este ano tive sorte, estou a trabalhar e fui das ultimas a chegar. Cheguei e o estaminé já esta todo montado, agora é só ligar o descomplicador e entrar em mood cigano. Vai ser só "cortir" 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sou uma nódoa!

Das dúvidas que por vezes me assolam, uma delas é saber se na realidade as pessoas em alguma altura da vida delas têm mesmo a capacidade de  mudar como dizem que fazem. E não é fisicamente pois isso está mais do que provado, a essência está lá, mas ao longo da vida vamos  variando de aparência. A minha questão tem mesmo a ver com a atitude. Os genes ditam uma parte, os ensinamentos familiares ditam outra e o restante é ditado pela própria forma de ser e pelas circunstâncias que a influenciam. Será que um mentiroso alguma vez passa a dizer sempre a verdade, será que um burlão, por muitas lições que leve da vida, alguma vez conseguirá deixar de o ser e será que uma pessoa boa e doce alguma vez passará a ser maquiavélica?
Tenho muitas reservas quanto a estas apregoadas mudanças pois o que me é dado verificar é que por mais influências e lições de vida, por mais estudos e aprendizagens e por mais vontade que as pessoas tenham, estas mudanças não duram mais que um par de semanas, no máximo um mês e logo vem à tona a verdadeira essência de cada um. Mais suave e a medo no início, mas tal e qual o de sempre ao fim de meses após a decisão da mudança.
Existirá por ventura uma ou outra exceção, claro está. Poderá por acaso ser a minha pessoa uma delas, uma vez que tive uma educação tão esmerada e me tornei uma nódoa?
Mamãe é uma boa cozinheira e fez questão de ensinar as filhas e incentivá-las nessa área. Diz ela que eu interiorizei muito bem seus ensinamentos, eu cá não sei, mas uma coisa era certa, gostava de cozinhar, de inventar, de empratar e a coisa saia-me sempre bem.
Pois tenho de vos confessar, eu tive a capacidade de mudar! Deixei de gostar da cozinha, deixei de inventar e empratar e a coisa passou a correr muito mal. Esquivo-me da cozinha sempre que posso. Não faço ideia do que terá acontecido ao gene, à educação e influência familiares, o que é certo é que neste momento a minha preocupação é ser rica para poder contratar uma cozinheira. Além disso, também se foi o gene das limpezas, do gosto pelas plantas, pela bricolage, pelas pinturas e pelos bordados.
Aliás, escafedeu-se-me mesmo o gene de Dona de Casa. Sou uma nódoa.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sou afinal uma infanto-juvenil e gosto

Li o primeiro livro e vi o filme em dois dias. Já tenho ali o segundo e o terceiro para devorar a seguir.
Não são nenhum Ulisses é certo, mas são interessantes, frescos e leves para os dias de relax no verão. Chamem-me infantil que eu não me importo.



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Era uma vez uma lagartixa

Era uma lagartixa assim entre a cor da terra e o cinzento, às pintas, comprida, esguia e com uma cauda fininha e umas patas com cinco gadamunhos horripilantes. Muito feiosa mesmo. 
Achava-se no entanto muito esperta e passava a vida a esconder-se e esgueirar-se por entre folhagens, muros e tudo o que a pudesse salvar de gatos, cães e outros bichos predadores, inclusive humanos que a achavam um réptil feio e repugnante e tentavam constantemente caçá-la, esborrachá-la. Era uma vida difícil a dela, mas ela sabia que nunca haveriam de a caçar, ainda haviam de a ver um dia. 
O seu grande sonho era nem mais nem menos tornar-se um jacaré enorme e robusto que assusta-se tudo e todos e a fizesse uma poderosa vencedora. 
Sendo exímia corredora e possuidora de grande arte e engenho lá ia sobrevivendo, muitas vezes à custa da vida de outras lagartixas mais fracas do que ela. Nunca tinha dúvidas e raramente se enganava, aliás, tinha mesmo a certeza que nada a podia deter. Seria um enorme jacaré no submundo das lagartixas. Então, comia todas as aranhas e insectos que conseguia apanhar, era vê-los de costas e pumba, lá marchavam mais uma bichezas. Cada vez mais matreira e refinada tentava a todo o custo subir na hierarquia das lagartixas. Por vezes via-se ao espelho e na loucura da ilusão conseguia até ver o seu corpo a tornar-se quase quase num enorme jacaré. Somava e seguia, confiante de que com o tempo atingiria o seu intento.
Cega naquela luta, esqueceu-se porém de que a sua cauda era enorme e esta ficou entalada e partiu-se. Distraída a olhar a cauda que apesar de partida ainda mexia pisaram-na, esborracharam-na, esfodaçaram-lhe aquelas patas pessonhentas. Não se finou, ficou no entanto moribunda o raio da bicha.
A ver se ela aprendeu que uma lagartixa nunca chega a jacaré.

A irmã da dita cuja lagartixa pessonhenta.
(retirei a imagem da net, não consegui fotografar a verdadeira)



domingo, 9 de agosto de 2015

Meia-noite

Domingo. Fim de férias. Apetece-me gritar. Quer dizer, não é bem gritar mas fazia-me bem dizer um palavrão ou outro, sei lá, mas asneiredo não é coisa que um Gaja fina e educada como eu diga assim de ânimo leve (que ideia...)
Fim de férias é lixado para não dizer fffffdido

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O meu pau de selfie

O que eu vi de paus de selfies nestas férias dava para fazer um verdadeiro canavial nas traseiras de casa. Era paus de selfie no mar, na piscina, nos areais, nos restaurantes, nos paredões. Uma pessoa mexia-se para qualquer lado e estava logo a levar com paus de selfie na cabeça. Pois é, o pau de selfie é a verdadeira estrela deste verão. 
E eu, claro, não quis estar demodée. Eu, Gaja Maria, também tenho um pau de selfie e super original. 
Eis o meu pau de selfie:



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O meu barco pirata

Ontem à noite fiz-me ao mar no meu barco pirata. 


Não que quisesse voltar aos saques, mas sim porque me apetecia navegar. Fui até à popa de onde soprava uma brisa fresca que sabia tão bem depois de um dia abrasador. Queria perscrutar o horizonte na esperança de me cruzar com Cuca, a Pirata e trocar dois ou três barris de rum por outros de pólvora seca. Desde a última vez que zarpámos para saquear um barco com contentores que rumava a Portugal que veio a tempestade e não só nos encharcou até à alma como também nos molhou toda a pólvora que ficou inutilizada. Restaram-nos vários barris de rum que nos servem para troca mas que a minha tripulação teima em gastar. Neste momento estão em grande algazarra ali no convés, após terem esvaziado mais um.


E, no entanto, estou sóbria, quero manter-me sóbria e aproveitar os últimos momentos desta derradeira viagem antes de voltar definitivamente a terra. Não sei quando voltarei a partir, talvez só lá para setembro...

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Só para o estilo

Sim, porque ondas não há, fato não é preciso porque a água do mar está quente e eu não sei fazer nada com a prancha a não ser ficar dentro do mar agarrada a ela. Além disso tive de despir logo o fato que MaiNovo estava a chamar-me tola e cheio de vergonha. Anda uma mãe a criar um filho e a ensinar-lhe cenas e quando tenta que ele lhe ensine cenas a ela é isto...
Mas digam-me, tenho estilo, não? Não ok, eu perdoo-vos :)))



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Querido diário

Reina a calmaria. 
Aqui onde me encontro, nada se mexe. O mar não mexe, o vento não mexe, eu não me mexo. Além da caminhada de 10 kms pela praia a ver as vistas logo de manhãzinha, nem consigo mexer-me o resto do dia, o calor é mais que muito e suga-nos as energias. Além de ficar de molho e quieta a ler à sombra é difícil mexer-me. No primeiro dia li um livro, no segundo li outro. Não tenho bike! Estou a ressacar.... Não tenho bike! 
Ontem a caminhada na praia, ao invés de ser para as praias do lado direito da casa, foi para as do lado esquerdo onde há uma praia de nudistas. Bom, a quantidade de saladas que havia para ali a badalar.... Giro, mesmo giro é ver homens e mulheres todos nus a jogar com as raquetes, há para ali coisas tão engraçadas aos saltos.... Também é lindo ver os homens a dormirem de lado com os tomates entalados nas pernitas, assim virados para trás e as mulheres a apanharem sol de perna aberta.... Lindo de se ver. Nada contra claro, a paisagem é um espectáculo. 
Ontem à noite estivemos a jogar as cartas e a beber gin's na varanda. Estavam 30 graus e as bichezas da noite morderam-me as pernas, os braços e tudo o mais que conseguiram. Escusado será dizer que não dormi a noite toda pois passei o tempo a coçar-me. Quase li outro livro e por isso estou meia azamboada da cabeça, nota-se? 
Bom querido diário, vou besuntar-me toda de protector e ver se vejo os gajos nus. Sei lá, para dar alguma ação aos meus dias de calmaria. Inté.