terça-feira, 28 de agosto de 2018

Sim, sim, comecei

A dieta. Nem sei muito bem, mas se a minha marmita do almoço continha apenas é somente um "petite" bife de frango, enrolado e recheado com meia fatia de fiambre e meia fatia de queijo, dourado no forno com azeite e limão e três, apenas três palitos de batata frita e ainda e apenas um pêssego e uma gelatina zero calorias e se às três da tarde estou esganada com fome que já nem vejo.... Não, não comi o palito que fechava o "petite" rolo, mas sim, aparentemente comecei a dieta.

Sim, sim GM #1



Eu, que já fui uma organizada compulsiva, acabo de decidir que me enervam os organizados compulsivos. Credo! Vou chegar a casa e vou tirar tudo dos seus lugares, já não posso com listas, listinhas e listonas, listas de listas, listas de listas de listas, pastas e sub pastas, aplicações, exceis e outras organizações. E depois é taças, tacinhas e taçonas em crescente, tampas em decrescente, toalhas por cores, cuecas por tipos, meias por tamanhos, livros em degradé…
Nossa! Que violência.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Sim, sim GM

Acabei de decidir que estou gorda e vou fazer dieta.
Talvez amanhã que hoje é dia de confraria.... A do pastel de nata.
Ah! Amanhã também não que tenho o jantar de aniversário da cunhada...
Ummm! Segunda-feira...
Sim, segunda-feira é que é!

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Compram-se asas


Pois que isto das chamadas férias não me serviu de grande coisa e me encontro de novo invadida por um estranho cansaço e desprovida de paciência para enfrentar as merdices da vida. A vida havia era de ser apenas vivida, ponto. Sem um cérebro para nos atentar e um corpo para nos lembrar que temos certas peças que já não funcionam tão bem. Ao olho nasceu-lhe uma gordura, à barriga nasceram-lhe uns sinais, ao joelho deram-lhe umas dores. Aos que me rodeiam nasce-lhes tudo quanto é de mau a à minha cabeça, essa, nasceram-lhe umas dúvidas e umas angústias e até umas tristezas que teimam em me atazanar. Haviam era de nos nascer umas asas, mas no corpo, que na cabeça já as temos. Umas asas que nos levassem de certos lugares para fora quando as coisas ficam feias. Umas asas que nos levassem para planícies verdejantes com céus azuis e uns ribeiros para refrescar e umas flores para perfumar os ares. Umas asas que nos fizessem voar lado a lado com outros seres alados em noites repletas de luas brilhantes e em que as pessoas que estragam isto tudo, fossem transformadas em animais felpudos, com patas de veludo, dóceis e sem língua, claro. Sei que me decidi há pouco por um novo ano vida nova, mas no final de contas, depois do fogo de artifício tudo ficou igual. As asas estão me a falhar e as resoluções não conseguem voar. Porque serão alguns sapos tão indigestos e alguns dias tão longamente curtos? Raios partam que se me acabaram os chocolates e as bolachas e me falta o tempo para pedalar….

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

A olho

Há uns tempos Mamãe foi passear e não encontrando nada digno para nos presentear, aparece cá em casa com uma tablete de quilo. Ui!!! Todo um quilo de chocolate para devorar. Ora, nada mais adequado para a minha pessoa, pois claro, que era do negro e apenas a minha pessoa é apreciadora de tal iguaria. Pois que novecentos gramas marcharam quase de seguida ficando uns míseros cem gramas por ali a cirandar que no verão há outras cenas mais doces para degustar. Passeando pela despensa dei com os olhos neles e nada como interiorizar o sentido de que "nada se perde tudo se transforma". E eu transformei! Misturei uns ovos, um pouco de açúcar, manteiga, cem gramas do dito, juntei um pouco de magia, tudo a olho, claro e "voilà! " une petite mousse au chocolat. Minha, só minha, toda minha!



terça-feira, 21 de agosto de 2018

Dói dói

Pois que isto do trabalho dói.
Tirando a parte do fresquinho do AC, pode doer sim, especialmente quando a uma segunda-feira arrancas ao fim do dia a cento e duzentos a hora para uma linda praia perto de ti para rever uma amiga acabadinha de chegar do Norte  e acabas refastelada na esplanada até ao pôr do sol com uma bebida qualquer e a pôr a escrita em dia. Maravilha das maravilhas. Só de ver a azáfama das gentes, do mar para a toalha e da toalha para o mar e a corrida ao gelado e à bebida fresca, a desmontagem do estaminé  e o carregamento do mesmo pelas famílias praia acima, carregados até aos olhos com uma panóplia de cenas de praia mas felizes que só eles, uma gaja fica invejosa. Pois dói, dói quando na terça-feira acordas depois de uma noite quente e mal dormida e verificas que ao invés de voltares à esplanada, tens de ir pegar no batente.
Raios! Porque é que me fizeram linda e não rica...

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Isso de voltar ou não onde já fomos felizes

Podia até passar o dia numa praia da moda a fazer raios X a quem passa, mas isso é coisa que raramente acontece porque na praia, ou estou pasmada a contemplar o mar, ou quedo-me quieta e de olhos fechados a sentir o sol a estalar-me o sal do mar na pele e a ouvir o marulhar das ondas como que envolta num hipnotismo insane. Não, nada, mas nada paga a paz, o cheiro a maresia, a areia grossa debaixo dos pés, o correr a espantar o grupo de gaivotas pousadas na praia, todas viradas para o mesmo lado e o chapinhar nas ondas que beijam o areal vazio de algumas das minhas praias do Oeste.
Sem redes, sem internetes, sem cafés e cá em baixo, bem em baixo, rodeada de amigos como á trinta anos atrás, as gargalhadas, as memórias contadas e partilhadas a quatro,  seis ou oito, o almoço de pernas cruzadas á chinês debaixo dos guarda sóis, a sesta da tarde, as brincadeiras na água, o pôr do sol e a caminhada de volta no fim, até lá bem acima, de volta á realidade.
Já nem me lembrava bem como eramos felizes com tão pouco, nesta praia outrora quase deserta. A vida andou e desandou, desesperou por vezes, mas voltou. Estamos voltando a sítios onde fomos felizes e onde voltamos a ser.
É que há praias no Oeste que têm cascatas de água.....

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Isto das tascas blogosféricas

Tenho lido por aí que os blogues morreram.
Não sei bem, mas na verdade, não me parece que seja uma pausa de verão esta pasmaceira em que se encontra a blogosfera em geral.
Há muito que se tem vindo a assistir a várias mortes de tascas, tasquinhas e até grandes casas, casas de boas leituras e muitas das que não morreram ainda, estão praticamente moribundas. Terão seus donos partido para outros locais longínquos deixando suas tascas ao abandono? Terão, ao invés de terem tascas de rua, partido para outras, em centros comerciais cheios de gente, ou mesmo partido para a criação de megastores? Terão perdido a inspiração, a vontade de escrever?
Não sei, mas terão certamente outros pontos de interesse, outras motivações para onde partiram com toda a certeza.
Pessoalmente, confesso que o mesmo se passa comigo. Acuso o desgaste  e a saturação, a falta de interesse e inspiração, a falta de sentido para a coisa e a falta de tempo para fazer a canjica rala que alimenta esta micro tasca. Não sei se a hei-de fechar, se apenas fecharei as janelas e deixe a porta entreaberta, mas por ora aqui ficará, ainda, moribunda como tantas outras.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pronto, já podem matar-me se quiserem

Diz-se por aí que no mundo virtual, todos criam personagens bonitos e bons e felizes.
Pois eu admito aqui e agora que sou uma péssima mãe, péssima filha, esposa, irmã e amiga. Colega de trabalho então, até sou capaz de ser uma autêntica bruxa. Já andei a conduzir e ao telefone, já passei traços contínuos vezes sem conta e ando quase sempre em excesso de velocidade. Já matei animais, especialmente aranhões, melgas e lagartixas e faço-o de novo e sempre que o consiga fazer a uma distancia considerável. Já roubei fruta em quintais alheios e uma vez até roubei uma braça de uma planta, a dona viu e queria chamar a polícia, quase a matei à má língua. Dei umas palmadas nos meus filhos e fiz bullying a uma vizinha quando era garota. Já menti, já omiti, custa-me pedir desculpa, sou do mais arisca que pode haver e não gosto cá de beijoquices. Sou teimosa e refilona que só visto, orgulhosa então, deve haver poucas como eu. Sou egocêntrica e tenho dificuldade em colocar-me no lugar dos outros. Quando embirro com alguém ou alguma coisa, não vejo um palmo à frente do nariz.
Não vivo do blog porque sou burra que nem uma porta e não só porque não quero, mas porque não tenho capacidade para tal. Não sou rica porque não tive a esperteza nem de casar com um homem rico nem de ascender na profissão. Não sou linda, nem alta, nem boa como o milho e simpática é só às vezes. Não aprecio velhinhos nem criancinhas birrentas.
Resumindo e concluindo, não ando aqui para enganar ninguém nem aqui nem na vida real. Dissimulada é o que não sou nem um bocadinho, mas até gostava. Mesmo! É que isto de morrer de morte matada não há-de ser fácil.
E pronto! Assim sendo podem então matar-me, mas aviso já que sou dura de morrer.
Já morri de amor, de desgosto, já morri de dor e de tristeza, já morri de várias outras mortes e voltei sempre a nascer.
Sei nadar, sei fugir a correr e de bicicleta, sei body combat e já não tenho vesícula. Por isso, vejam lá como é que me matam, ok?
Até!



P.S. Vejam lá bem isso que eu até sou gira e fixe e sei fazer algumas coisas mais ou menos ok? Ah! E gosto de animais e de algumas pessoas e choro nos filmes, sou trabalhadora, amiga de quem é meu amigo e muito leal. Bom, pese embora tudo o que disse ali em cima, sou até bastante prendada. Reconsiderem isso do matar-me, vá.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Saber ler...

Era o que eu queria fazer ao pensamento do segurança que vive na gurita da fábrica perto de minha casa. O que pensará ele ao ver-me voar na lomba mesmo frente ao seu portão praticamente todos os dias, faça sol ou faça chuva, um dia a correr, no outro de bicicleta e no outro de carro, depois de novo de bicicleta, de novo a correr e depois de carro para lá e para cá num sem parança sem explicação. Eu sei que eu bem o vejo a espreitar quando eu passo praticamente a gritar Ahhh! lá vem ela, a maluquinha. Vou começar a fazer-lhe fixes para que ele tenha mesmo a certeza que eu não bato bem da bola.


A praia hoje às 7 da tarde estava brutal!


terça-feira, 7 de agosto de 2018

Destes dias de verão

Dos quarenta graus não me lembro, mas lembro-me das sardinhas e dos pimentos regados com azeite e vinho e a broa a acompanhar. Lembro-me das ventoinhas a soprar vento por cima da mesa. Lembro-me da música dos anos 80 e 90 em altos berros naquele quadrado de pátio, dos baldes de água atirados a uns e a outros, das mangueiradas á queima roupa e dos gins a passarem de mão em mão. Lembro-me dos pés descalços a chapinharem no chão, da dança frenética, das gargalhadas, da roupa a secar na varanda. Lembro-me dos telemóveis enxarcados em cima da mesa e lembro-me de me sentir fora de contexto e retraída mas depois lembro-me de me soltar e entrar nos jogos. Lembro-me de dançar, lembro-me das piadas de sempre, das brincadeiras de sempre, das gargalhadas de sempre. E lembro-me agora, ao ver os vídeos daquele dia, que embora cada um á sua maneira, ainda somos felizes. E amigos. Vai pra lá de trinta e muitos anos......

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Calores

O calor atrofia-me o espírito que quer voar e não consegue. O ar está denso e quente, impede-me de respirar e não me  permite voos. O calor para-me o corpo, impede-me o sono e o descanso. O calor derrete-me o pensamento. Estou parada no tempo e no espaço como se isso fosse alguma vez possível....
Mas! E porque existe sempre um mas, vivo no Oeste e afinal de contas o nevoeiro e o fresco voltaram. É bom viver no Oeste.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Outra vez

Quis o destino, irónico que só ele, que eu finalmente compreendesse porque raio me calha, todos os dias, por vezes até várias vezes e em vários locais, a última meia folha de papel higiénico do rolo. Não, não é porque os outros se estão literalmente cagando para mim e ou para os outros que vêm a seguir, ou  porque apenas o digníssimo próprio cu lhes interessa. É porque o destino assim quer. Ele que que eu aprenda de vez que, pese embora haja muita merda que se limpa até que o algodão não engane, algumas vezes faz-se merda que não se consegue limpar....

P.S. Desculpem o baixar do nível.
Por favor substituam a merda por cocó e o cu por rabo. Ah! E o cagando por defecando.
Agradecida.

A última meia folha do rolo de papel higiénico!

Tiro e queda, calha-me sempre.
Só pode ser um sinal divino.