sábado, 29 de novembro de 2014

Hoje estou feliz

Ainda não fiz a árvore de Natal, ainda não comprei um único presente, quase não tenho comer em casa pois não tive tempo de ir às compras, as arrumações foram a correr, a roupa depois de secar voltou a ficar molhada pois esteve no arame até à noite, os gatos estavam enregelados e esfomeados pois ficaram na rua até eu chegar.
Ainda assim, hoje estou particularmente feliz. Estou feliz porque a pedalada hoje demorou mas foi a quatro, a esposa de um dos compinchas das pedaladas, aos 50 anos e depois de uma conversa que tivemos há uns tempos sobre um vazio cá dentro resolveu fazer uma viragem na vida dela e comprou uma bike. Hoje foi a terceira vez que pedalou e a primeira fora de estrada pelos pinhais. Eu e maridão fomos ter com eles à Nazaré para onde eles já tinham ido uma hora antes e fizemos o caminho de regresso todos juntos, devagarinho, sempre a incentivá-la e apoiá-la. Chegou cansada mas feliz e com vontade de repetir e eu sinto uma enorme alegria por vê-la feliz e a dar a volta à sua solidão, ao seu desalento e a fazer algo por ela própria...

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Aí que hoje eram de chocolate...

Da confraria do pastel de nata....

Sexta-feira é...

O dia!
O dia em que para muitos acaba a semana de trabalho, a véspera do fim de semana e do regabofe, o dia da confraria do pastel de nata, dia de limpeza, dia de não fazer jantar, dia de montes de coisas.
As sextas-feiras são propícias ao devaneio, aos planos de fim de semana, à loucura...
Não sei, só sei que á sexta-feira pespega-se e propaga-se tamanha alegria e contentamento entre as pessoas que só se me aflora à ideia uma grande roda de gente de mãos dadas a dançar e a cantar o giroflé.
As sextas-feiras, além de serem tudo isto e mais alguma coisa, por vezes ainda são 13 e agora também são Black! Ein?? Black Friday??

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Será panca, estará demente, pois juízo não é certamente...

Look domingueiro


Jersey - Ekoï
Pintas pretas - lama Moor do Spa da esquina / pinhal

Calções e pernitos - Ekoï
Sapatos de encaixe - Scott
Meias - nem sei, mas não são do chinês ok?
Pintas pretas - lama Moor do Spa da esquina / pinhal

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Um dia ainda mato estes gatos

O meu Zé, o gato, ou talvez a Maria, a gata, mas essa é tão asseada, não sei, mas algum destes queridos e fofos animais mijou na caixa da árvore de Natal que estava guardada na dispensa por baixo da escada e que por sua vez já tinha esgatanhado e feito um buraco, de onde vinha um fedume que nem vos digo nada...
Filha-da-mãe dos bichos!
A um mês do Natal e com 15 familiares que vou ter cá em casa para a Consoada e Dia de Natal, comecei a pensar nos preparativos deparando-me com uma árvore ensopada em mijo de gato. Imaginei logo o pessoal a entrar pela porta das traseiras, mas a saírem logo pela outra julgando que lhes ía dar para jantar o próprio do "bacalhau sueco" já putrefato.
A árvore, essa, está na rua, á chuva a ser lavada e a ver se o cheiro passa, quanto aos gatos, já pensei em mil maneiras de os assassinar e esquartejar fazendo das patinhas, das orelhinhas e das caudas, enfeites para a própria da árvore. Vá, digam que ter animais é maravilhoso...

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Nem sei se ria ou se chore...




Sim, sou competitiva e depois?

Não, nunca atalho um caminho para ganhar, não sou graxista, não invento trapaças nem estratagemas para tirar vantagem em relação aos outros, acho até que nem teria essa esperteza, muito menos derrubo os adversários à falsa fé, mas sim, sou competitiva e gosto de ganhar.
A adrenalina do dar tudo por tudo para vencer. o gosto e o orgulho de o conseguir ou por vezes a frustração da derrota, tudo faz parte daquele friozinho na barriga gerado pela competição. Fui formatada assim, o que vou fazer?
Não sei medir o quão o sou, julgo que apenas o suficiente, mas sou competitiva no trabalho, no desporto e na vida em geral. Tento ainda ensinar aos meus filhos como se lida com a competitividade e ainda mais importante do que isso, falamos muitas vezes de como se lida com as vitórias e com as derrotas. Ser humilde nas vitórias e tirar ensinamentos das derrotas é das coisas importantes para se ter em mente.
Ter um objetivo pelo qual se luta com brio, garra, vontade e muita determinação, faz com que a nossa vida faça sentido. Certo?

domingo, 23 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eu já tive uma cozinha branca

Era linda, toda branquinha, armários brancos, por dentro e por fora, pedra branca, rara que só ela, azulejo em branco com um leve apontamento em preto, chão de tijoleira branca raiado a cinza, candeeiro branco, tudo se conjugando numa harmoniosa e divinal auréola branca. Aliás, quando construí a minha casa há muitos anos atrás, quis tudo branco, como se o branco fosse o nosso lema, o nosso mantra da felicidade. As portas e os rodapés brancos, paredes brancas, móveis brancos...
Fomos tão felizes na nossa casa branca. A luz entrava a rodos nas nossas coisas todas brancas, iluminando os nossos dias, deixando-nos muito positivos, muito esperançosos, muito bonitos no nosso interior e felizes, imensamente felizes. Na altura, vejam bem, que até tive uma gata branca e um cão branco e castanho. O cão não condizia  assim muito bem com o resto da casa, mas não encontrei um Springer Spaniel todo branco, o que haveria de fazer?
Um dia no entanto, fui reparar na minha cozinha branca, toda suja de bolacha, o chão cheio de papa, os rodapés todos quilados de carrinhos e brinquedos, os móveis amarelados e riscados, a luz já não refletia nas paredes porque os putos gostavam de dormir no escuro, a auréola estava lixada e o mantra que se quilhasse, cansei-me do branco  enfermaria de hospital, coisa insípida e desprovida de cor. Mudei tudo!
As paredes são agora de um amarelo pálido, os móveis castanhos e pretos, a cozinha outrora branca é agora wengue e castanho. Ai c'horror!! Lixei a auréola, dei cabo do positivismo, esfodacei os reflexos de luz... E agora que vocês já sabem, serei concertezamente banida da sociedade, tornar-me-ei uma outsider, uma marginal do blogo-mundo e do outro também. Estou deveras desgraçada aqui no meu sub-mundo  das casas não brancas.
Mas garanto-vos, pode até não parecer, mas eu já tive uma cozinha branca...

O que eu fui fazer à minha cozinha linda branca...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Não gosto de não gostar


De certas pessoas
De pessoas que nunca falam nem de pessoas que falam demais
Do Natal, da Passagem de Ano e do Carnaval
De coisas que antes gostava
De cerveja
De gente que arrota
De gente que se sente feliz a prejudicar os outros
De ser espontânea e de falar o que me vai na alma antes de pensar
De mim e deste meu feito de merda

Há coisas que me intrigam

Que eu receba no e-mail as Notícias ao Minuto, até agradeço que sou moça para ler as gordas e até umas ou outras magras, que eu receba a ementa semanal da churrasqueira cá da terra, ok, que me dá imenso jeito, que receba a lista de peixes frescos a sair na peixaria do lado, vales de desconto dos N sítios onde já fiz compras, promoções ou publicidade de tudo quanto é passeio, desafio ou prova de btt, ok, que eu gosto de saber essas coisas.
Já 10 mails por dia do José Esteves que não faço a mínima ideia quem seja ou como descobriu o meu e-mail e que a julgar pela quantidade de XXX Cuidado ao abrir no assunto, suponho seja tudo pornografia, chateia-me solenemente e até ando para o mandar à merda.
Mas.... mas e os mails da LINDOR????
Porque raio passei eu a receber mails da Lindor?
Terei eu de me conformar que estou entradota na idade e que tenho de começar a tomar conhecimento sobre certos assuntos que não escolhem dia nem hora, muito menos idade para aparecerem??

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Nem sei que título houvera de dar a isto

Haveria ela de um dia se decidir a comer bananas, esse fruto divinal e saciante de propriedades intrínsecas ao desportista. Grandes fornecedoras de energia, potássio, fibras e autênticas fontes de várias vitaminas, uma banana por dia nem sabe o bem que lhe fazia, se fazia... Além de prevenir cãibras , alimentar, ser fácil de comer rapidamente, caberia lindamente no bolso do jersey, na mala do ginásio, no saco da marmita, se caberia...
Pois que seriam então bananinhas em vez de pão com queijo, bolachas ou maçãs, barras energéticas ou mesmo batidos de frutas, autênticos cocktails vitaminicos para manter seu corpinho franzino de menos de 50 kgs, que por vezes não se alimenta o suficiente para tanta actividade desportiva...
Haveria ela, no entanto, de esquecer o pormenor de que a banana, tanta banana, lhe causaria uma certa prisão, um enfartamento estomacal, um entupimento intestinal.....
Comam bananinhas comam....

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Isto dos blogues serem só blogues outra vez

Pois é, depois de se ter um, nunca mais a nossa vida é a mesma coisa, essa é que é essa.
Acredito que para alguns, blogues são só blogues mesmo, que se criam para passar o tempo ou para diversão, criam-se personagens, alter egos, "eus" que não são verdadeiros "eus", mas que até gostariam de ser... Muitos até nem trazem nada de novo ou nada de bom, mas a maioria traz-nos conhecimento, divertimento, alarga-nos os horizontes, faz-nos conhecer pessoas e lugares, perspectivas diferentes das nossas sobre certos assuntos, opiniões que desconhecíamos, assuntos que até nem nos interessavam mas que de repente aparecem com outra dimensão. Sim, os blogues têm a importância que queremos dar-lhe, são aquilo que fazemos deles e muitos, muitos mesmo, têm um pouco de cada um. Cada blog é praticamente um ser vivo, um pedaço do seu dono.
Gosto disto dos blogues.

Isto dos blogues serem só blogues

À conta de isto serem só blogues, uma certa Jaquina deixou o emprego e vive do dito cujo e de toda a sua envolvência. Já outra Jaquina e do seu é só um blog, viu ser descoberto o seu jeito para as letras, outra para a cozinha e ainda outra para a fotografia, outras duas ou três, viram os seus animais ficarem famosos.
A umas quantas Jaquinas, o blog salvou da solidão, da depressão, outras há que ganharam amigos, amostras de produtos, fins de semana em hotéis....
A muitas Jaquinas serve para destilarem o seu veneno anonimamente já que se o fizessem na vida real, ao invés de na virtual, eram achincalhadas e banidas da sociedade. Outras ainda, dão informações muito válidas, ideias, divulgam negócios, explicam e ensinam, desabafam, gritam e choram, eu sei lá. Muitas que dizem que isto são só blogues, acabam por poupar no psicólogo, no médico, nos livros e em muitas outras coisas. E depois... E depois trocam-se postais, cartas, presentes de Natal, atribuem-se cabazes, criam-se correntes solidárias, ajudam-se crianças, animais, pessoas...
E ainda dizem que isto são só blogues????

Não fosse ter chovido no fim de semana


E eu não teria estado em casa à lareira tanto tempo e cansada de estar tanto tempo em casa à lareira, não teria dado atenção à TV e não teria visto finalmente que o anúncio  da Fanta, aquele em que eu 
choro de tanto rir a ver e ouvir meu MaiNovo a cantá-lo, sem que eu entenda patavina do que dizem. Ainda assim, acho-o tão engraçado. Não fosse ter chovido no fim de semana e eu não teria visto que afinal o filha-da-mãe do anúncio tem legendas e que agora sim, somos dois a cantá-lo. As lágrimas caem-me pela cara abaixo de tanto rir enquanto cantamos uma merda sem jeito nenhum.
Algo não vai muito bem por aqui para os meus lados...

Nota: Não recebi litros, resmas ou paletes de Fanta para dizer isto, ein? Eu até nem gosto de Fanta!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Os pais dos filhos

No dia em que soube que a pequena Margarida não resistiu e em que a ténue linha que a ligava à vida se quebrou, tão pequenina, tão inocente, tão frágil que nos faz sentir quão injusto é este mundo, vieram à minha memória momentos por que passei e que penso muitos de nós passámos com os nossos filhos. Momentos de desespero, momentos de dúvida, momentos de dor e tristeza. Momentos de culpa, momentos de impotência, momentos vazios e apáticos aos quais dificilmente conseguimos reagir, mas que é suposto. Vieram à minha memória lembranças de casos onde nem sempre os heróis são os filhos, mas muitas vezes são os pais, esses que supostamente tudo devem saber, fazer, ultrapassar. Sim, os pais, quem os protege, quem os defende, quem os incentiva, ajuda e ensina a ultrapassar tamanhas perdas, tamanho sofrimento. Quem os condecora e os elogia, quem os enaltece, quem os reconhece pelo facto de todos os dias fazerem o melhor que sabem e podem pelos filhos? Esses que movem montanhas, esses que morreriam todos os dias para salvar os filhos se preciso fosse. Sim, esses, os pais dos filhos.

domingo, 16 de novembro de 2014

Croque Monsieur

Eu vi a luz, eu vi o caminho, eu vi o meu futuro finalmente a dar um passo, um passo de gigante, um passo mais, para resolver um dos meus problemas. MaisVelho tem um amigo que é cozinheiro num hotel algures na Holanda e ao vir de férias mais não deve ter feito do que cozinhar para os amigos, deixando-os entusiasmados para eles próprios darem aso às suas mãozinhas, até aqui praticamente inoperacionais no que à cozinha diz respeito. Mas hoje, hoje finalmente, filho querido do meu coração (avé seu amigo cozinheiro) cozinhou para "nosoutros" cá em casa e está cheio de ideias para outros cozinhados. Só me resta rezar para que agora arranje uma namorada que trabalhe numa engomadoria (é assim que se diz?) e então, então é vê-lo entusiasmado a passar-me a roupa a ferro. Vou investir nas amizades deste meu filho, ó se vou.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Quem é amiga quem é??


1001 maneiras de usar lenços, cachecóis ou écharpes. 
Acho que vou ter de tirar férias para aprender isto tudo...



Mas porque, Meu Deus, porque??

Ainda gostava de saber porque me inscrevi eu na confraria do pastel de nata.... Essa coisa horrível todas as sextas-feiras no sítio do costume.....


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cabelos? São (eram) cerca de doze, compridos...

Dizem do outono que as folhas amarelam e caem e que as árvores ficam nuas, despidas... Pois amarela, pois caem, pois ficam, mas e não é que também caem os cabelos às pessoas que também se sentem nuas e despidas? Deste outono e de todos os dias ter de lavar a cabeleira por causa do ginásio e do capacete que uso quando pedalo, sobraram-me aí uns treze  cabelos que lavo, penteio, seco e prendo super cuidadosamente para fazer desporto. Entretanto na segunda-feira ao penteá-lo depois do banho caiu-me mais um, pelo que agarrei na tesoura e cortei três. Na terça, não satisfeita pois quase me caiu outro, fui buscar a máquina de tosquiar o cão. Mas o frio, ai o frio, pensei.. Desisti, peguei na tesoura e cortei mais três. Sobraram, portanto, ainda cerca de doze, seis curtos e seis compridos, finos, delambidos e periclitantes cabelos que nem sei o que lhes faça. Rápido, escondam-me tesouras, tesouras de podar, tesouras do peixe, tesouras dos frangos, máquinas de tosquia, facas e afins cortantes, senão eu vou-me a eles... aos meus doze cabelos.



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Petição pública mas não muito

Vá lá, é só uma ajudinha, uma pequena contribuição para um arca e um frigorífico novos, que o secador de cabelo já comprei, as lâmpadas também, assim como a bateria para o carro e as telhas da garagem que estavam partidas, mais a floreira da varanda que metia água, mais a lenha para a lareira, que a verba para o aquecimento eléctrico é curta, mais...
É que a minha arca congeladora deu em criar mais gelo que o próprio Alasca em pleno inverno, só lhe falta mesmo ter focas e pinguins. Sim, porque quebra gelo já tem, não em forma de navio, mas sim em forma de Gaja Maria, armada de picareta, martelo, raspador e outros 20 apetrechos que tenho sempre à mão de cada vez que tenho de a abrir. É o frigorífico? Tenho uma autêntica nascente de água, um fontanário, quiçá uma jorrante e luminosa fonte lá dentro... Ali vão nascer certamente alguns girinos, rãs e mais tarde robalos, que eu sei. Ainda se fosse uma nascente de petróleo, ainda vá que não vá, está bem que ficaria com a cozinha toda preta ao invés de inundada, mas pelo menos ficaria tão rica que não mais teria de a limpar...
Vão ser reparados, pois vão, mas digam-me, um combinado de arca mais frigorífico novinhos em folha é que ficariam mesmo bem, não era? Vá lá, uma ajudinha,,,

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Bolinhas voltou a falar

Após ter perdido o piu, não cheguei a saber porque, 100 € e uma bateria depois, o meu bolinhas azul voltou a roncar. Bom, o gajo bebe que nem uma sanguessuga, eu sei, mas adoro quando carrego no acelerador e ele até voa. Não se pode ter tudo...
Já maridao esteve no seu melhor como sempre. Deixou-me no trabalho de manhã, tratou de chamar o mecânico, comprar a bateria, pagar e ainda me foi deixá-lo ao trabalho antes de eu sair, nem sequer se esquecendo de colocar lá dentro o saco do ginásio. Aí se este gajo me falta....

O Atlas

Não sei porque me deu para fazer tal coisa do demo, mas um dia destes dei comigo a limpar e arrumar as estantes e os livros, um a um... 
À medida que os fui tirando, fui recordando que cada um deles, em contando histórias, juntos contariam apenas uma, a minha própria história. Desde as enciclopédias ás coleções sobre animais, povos e continentes que ganhei do meu pai quando aprendi a ler, aos livros sobre os acontecimentos no mundo, algumas obras que fui instigada a ler, os romances da minha adolescência, os inúmeros livros sobre a II Guerra Mundial, que me fascinou durante um período da minha vida e que devorei à velocidade da luz, os thrillers e os mistérios, a coleção da Agatha Christie e a do Sherlock Holmes, dos quais ainda hoje sou fã. Todos, mas todos contam fases da minha vida. 
Até que encontrei um, aquele que eu mais desfolhei, aquele que mais me fascinou, aquele que acabei por saber de trás para a frente, de tanto o ter manuseado, devorado. Um atlas. O atlas. O meu atlas! É curioso, que de entre tantos livros, fosse este o que mais gostei. Um atlas, agora de capas gastas e folhas velhinhas que o meu pai me comprou, ainda eu não sabia ler.... Esse sim, foi o livro da minha vida, mostrou-me e contou-me coisas que eu queria saber, saciou-me a curiosidade, contentou-me a mente durante alguns anos. Embora hoje esteja desatualizado e até já tenha comprado um novo para os meus filhos (está novo) este livro, guardá-lo-ei religiosamente, até que desta vida me vá. 
E não digam que sou maluca, ok?

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Maria radical




Em abono da verdade vos digo...

Isto já são muitos anos a virar frangos. P'raí desde 1920 não sei, mas apesar dos frangos que já virei, sendo que até alguns virei-os mal, outros nem por isso, muitos virei-os até muito bem, eu cá não sou nada nem ninguém. Sou apenas e só uma viradora de frangos.


Bom dia e boa semana só se for para vocês

Que eu já fiquei a pé logo de manhã e a segunda-feira....
A bolinhas não lhe apeteceu o ingrato, depois D o ter posto a brilhar este f de semana, de tão lavado e aspirado. Para a próxima fica surrento durante dois anos para aprender. Agora, há uma coisa que não me sai da cabeça. O que terei eu deixado ligado na porcaria do carro???

domingo, 9 de novembro de 2014

Nostalgia

O barulho da chuva a bater nas janelas,os pingos a deslizarem até ao  chão e a fazerem rios na varanda. Céu cinzento, carregado, pesado da água que vai deixando cair, a mim parece-me que chora... A preguiça toma conta de nós e a cama outrora gelada emana o calor dos nossos corpos entrelaçados, é difícil sair dali. Gosto deste momento, com a persiana e a cortina abertas, deitada a contemplar o céu... Durante cinco minutos, claro, pois mais do que isso, faz-me sentir que estou a desperdiçar o meu dia.
Salto da cama, pedalo uma hora com os rolos na garagem e a música a bombar nos ouvidos, nem sequer oiço o barulho da máquina de secar com a roupa às voltas lá dentro e que vou ter de engomar mais tarde. Os gatos têm a porta da rua aberta e nem se atrevem a sair, lá fora chove e está frio... O almoço em família e a conversa animada, o fim de tarde à lareira, os pés quentinhos, o futebol a dar na tv e os gatos aninhados no sofá. As castanhas assadas, o pão quente com queijo fresco e compota, mais tarde uma sopa e o domingo está passado...
Mas a mim e durante todo o dia, imagino-me no monte, com uma imensidão de verde à minha volta e as casinhas pequeninas lá em baixo. Imagino o eco das eólicos nos ouvidos e o dos pássaros e fugirem à nossa passagem e os meus compinchas a tagarelar.  A mim, imagino-me com as pernas cheias de lama e as lágrimas a escorrerem-me pela cara por causa do frio, imagino-me a entrar num café, equipada à ciclista e a pedir uma cola e um pastel de nata, reforço do Bttista, imagino-me a sorrir enquanto pedalo, imagino-me a respirar aquela ar puro e imagino-me a chegar a casa e a despir a roupa enlameada na garagem e a correr para o duche quentinho e a sentir-me feliz, tão feliz. Sim, vou voltar a pedalar, durante a semana no ginásio, no próximo fim de semana na rua, com ou sem chuva.. 

sábado, 8 de novembro de 2014

3, 2, 1, Partida!

Podem começar a postar as vossas wishlists, mais as ementas para a consoada, mais as fotos das vossas casas com decoração natalícia. A Popota já apareceu na TV, o Shopping já está decorado como manda a tradição, as lojas estão repletas de adereços para o efeito e as pessoas, essas, já andam a ver onde vão gastar o seu dinheiro. A ver se não me esqueço de me manter afastada destes sítios nos próximos dois meses... Já disse que me apetecia hibernar nos próximos tempos?

Nem quero lembrar-me do regabofe que foi o ano passado com a árvore e os gatos.....


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Aqui no coração

Muitos me têm morrido. Outros quase me morrem antes mesmo de terem nascido. Alguns morrem-me em determinado momento, aquele momento em que a empatia se esfuma, em que o abraço esmorece e a palavra já não sai espontânea. Poucos renascem depois de me terem morrido, ainda assim, alguns teimam em me renascer, desilusão após desilusão. Alguns ainda há que vivem aqui no meu coração, juntamente com  as palavras, as de carinho, de incentivo e motivação, de amizade e de amor. Essas estão aqui, juntinho a mim, todos os dias da minha vida. Sinto-me grata.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Emburradas!

Ando para aqui de mal com a minha pessoa. A minha pessoa e eu, eu e a minha pessoa. Tão emburradas, tão emburradas, que por casa já acham que estou doente, pois desde a maratona de domingo que não sento o cu na bike nem ponho os pés no ginásio. Em tratando-se de mim e da minha pessoa, compreendo-os, está prestes a tornar-se um caso de internamento.
Tenho andado aqui a torturar-me, quase a auto-flagelar-me de tanto perguntar à minha pessoa se vale a pena eu meter-me nestas coisas das maratonas de btt. Primeiro, estava tão mas tão cansada, que apesar de até ter curtido, queria ter dado mais de mim mas simplesmente não consegui, Não sei se treine mais para nunca mais me sentir assim ou se arrume os sapatos de encaixe e segundo, de tão preocupada comigo própria que ía, passei por um amigo que estava caído no chão, uma queda grave, e nem sequer o vi... Não me perdoo, não perdoo!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Smartphone, o irmão inglês do Alzheimer

Já fui, em tempos idos, uma Senhora Gaja que sabia muitas coisas. Além do dia e hora da primeira menstruação, o do primeiro beijo, o dia em que provavelmente fiquei grávida e outras merdices que não interessam a ninguém, nem a mim mesma, sabia números de telefone, datas de aniversário, o dia da constituição da República e até mesmo o ano do descobrimento do Brasil. Nunca esquecia um nome, uma cara e reconhecia um local em Santa Coisa do Assobio assim que o visse.
Entretanto fui enchendo o meu disco rígido de porcarias e surgiram as agendas electrónicas e os telefones inteligentes.
Não mais esta alma do Senhor soube números de cor ou datas de aniversário, muito menos a da Constituição da República ou o ano da descoberta do Brasil. Esta alma nunca mais soube porra nenhuma pois como não preciso de exercitar a memória, fui esquecendo muitas coisas importantes. Umas que nem sequer me dou ao trabalho de colocar no disco rígido, agora atulhado de lixo, outras que tento colocar mas não consigo.
Agora vejo caras que até me parecem familiares mas que não consigo localizar no espaço e no tempo. Datas, locais ou nomes, são coisas que dificilmente consigo memorizar. E grave, grave, foi quando outro dia não me lembrava do ano de nascimento dos meus filhos. Engasguei-me, pensei quatro vezes, baralhei-me toda e depois queria fazer contas de cabeça e nem isso consegui, bloqueio total.
Tenho cá para mim que o Smartphone e o seu irmão Alzheimer se uniram para me tramar, só pode...
Ou isso, ou quando se começa a não conseguir apagar todas as velas do bolo, por serem tantas e tudo deixa de funcionar...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A problemática do foda-se

Esqueçam os posts sobre o tempo e o S. Pedro.
Esqueçam os posts fofinhos sobre o mês de novembro que está a começar.
Esqueçam os posts sobre as terríveis segundas feiras.
Não! Eu hoje quero é falar sobre a problemática do "foda-se"
Isto de conviver muito com homens começa a fazer-me compreender a perfeição, a versatilidade, a multi funcionalidade da palavra foda-se!
Ora, foda-se é uma palavra que se utiliza para coisas boas, para coisas más, para coisas assim-assim e em toda uma parafernália de frases e situações. Aliás, frase ou situação que não tenha um foda-se, não é uma frase ou situação em condições, o foda-se é uma palavra que traduz todo e qualquer sentimento que possam imaginar. Oiço foda-ses amiúde e em situações tão opostas e variadas que já acho que o foda-se é uma palavra sobejamente útil. Experimentem lá um foda-sesito, a ver se não sentem um alívio tamanho e uma resolução imediata para o vosso problema.
Estou até em crer que o foda-se está para mim neste momento como um jardim cheio de flores está para as outras pessoas.
Por vezes dou até comigo a pensar: "Mas... mas não falta qualquer coisa nesta frase?" Estranho não?
E perguntam vocês: "Mas com que tipo de gente é que tu te dás Gaja Maria?"
E respondo eu: " Eia pois é, que raio de gente tão mal formada, esta com quem me dou, foda-se!!"

domingo, 2 de novembro de 2014

Juízo Gaja, juízo!

Muito obrigada a quem desejou as melhoras do meu tendão de aquiles.
Acreditem, hoje depois de calçar os sapatos de encaixe para mais uma maratona, não mais me lembrei da dor no pé.
Lembro-me sim, de como estava a tremer de frio à espera da partida e de me arrepender mil vezes de me meter nestas coisas. Lembro-me sim, de me sentir tão mas tão cansada nos primeiros 10 kms que até parecia que tinha levado com uma marreta. É que isto, depois de uma semana intensa de trabalho, de ir para a night na sexta feira, ter a casa cheia de gente para o almoço de aniversário de MaisVelho no Sábado e fazer uma maratona de btt no domingo e ainda por cima andar com insónias é coisa para deixar uma gaja assim mais para os 50 do que para os 40, de rastos.
Ainda me passou pela cabeça esvaziar um pneu e ir de assistência até à chegada, mas só passou e puf! esfumou-se, eclipsou-se, evaporou-se num ápice que desistir não é palavra que faça parte do meu vocabulário. A classificação ou o tempo não eram importantes pois havia prémios monetários em jogo e as cavalonas estavam lá todas para lutarem por eles, por isso decidi ir na boa a curtir. E o que eu curti a fazer aqueles single tracks cheios de curvas e contra-curvas e troncos de árvore e pontes de madeira por cima de valas e descidas loucas onde um descuido é a morte do artista pois de um dos lados era um abismo com muitos metros e do outro um monte em pedra. Isso sim, é curtição, adrenalina pura, coisa para me fazer esquecer de tudo, até da dor no pé, até do cansaço, até do arrependimento. O gozo que me deu fazer aquilo.
E lá cheguei eu ao fim, suja, cansada, toda amassada mas feliz por ter superado mais um desafio.
E isso é coisa para me dar um alento extra,venha de lá essa segunda feira!

sábado, 1 de novembro de 2014

E eu de andas


Uma gaja vai finalmente fazer a tal saída com as amigas que há meses andava para acontecer. Uma gaja quando sai do casulo sem ser de sapatos de encaixe quer ir gira. Uma gaja acha que ir gira é calçar saltos altos, muito altos, assim tipo andas. E lá vai ela de andas, praticamente em pontas, portanto. Merda de ideia!
Enquanto janta e não janta, a coisa vai, que sentada as andas não incomodam, mas, e porque há sempre um mas nestas coisas, depois do jantar e de uns copitos, uma das minhas amigas quis ir a uma festa de Halloween no castelo de Porto de Mós, lindo não é? Não, pois não é! Gajas sobem o empedrado a pé até ao castelo, e eu de andas. Vai daí chegam ao castelo e começa a chover sendo que a média de idades na festa rondava os 17 anos, e eu de andas. Ora, gajas com mais de 40 sentem-se deslocadas no local, claro e resolvem ir embora descendo o empedrado do castelo agora escorregadio e perigoso até ao carro, e eu de andas. Tropecei, escorreguei, torci os pés, disse uma data de asneiras mas consegui chegar até ao carro, quase em braços, é certo, mas consegui.
Mas uma gaja que anda para sair com as amigas há tanto tempo não pode ir logo para casa, pois não? Pois não e ainda vai até à disco night apreciar as vistas e abanar o esqueleto, e eu de andas....
Não abana muito porque já não havia contições, mas circula por ali em pé durante algum tempo. Pois....
Dei cabo de um tendão de aquiles e encontro-me para aqui, de patinha no ar que mal consigo andar, a fazer gelo. E amanhã é dia de maratona... 
Não terá uma gaja já idade para ter algum tino na córnea, não??

Estava lindo o castelo