No dia em que soube que a pequena Margarida não resistiu e em que a ténue linha que a ligava à vida se quebrou, tão pequenina, tão inocente, tão frágil que nos faz sentir quão injusto é este mundo, vieram à minha memória momentos por que passei e que penso muitos de nós passámos com os nossos filhos. Momentos de desespero, momentos de dúvida, momentos de dor e tristeza. Momentos de culpa, momentos de impotência, momentos vazios e apáticos aos quais dificilmente conseguimos reagir, mas que é suposto. Vieram à minha memória lembranças de casos onde nem sempre os heróis são os filhos, mas muitas vezes são os pais, esses que supostamente tudo devem saber, fazer, ultrapassar. Sim, os pais, quem os protege, quem os defende, quem os incentiva, ajuda e ensina a ultrapassar tamanhas perdas, tamanho sofrimento. Quem os condecora e os elogia, quem os enaltece, quem os reconhece pelo facto de todos os dias fazerem o melhor que sabem e podem pelos filhos? Esses que movem montanhas, esses que morreriam todos os dias para salvar os filhos se preciso fosse. Sim, esses, os pais dos filhos.
E somos também quem lhes falha, quem lhes erra...sinto-me tão frustrada...como mãe...queria ensiná-las a sonhar, a planear...a acreditar...mas não me deixam e assim cresce esta revolta dentro de mim.
ResponderEliminarPodes crer Suri, quando sonhamos ser mães não é nada assim que imaginamos....
EliminarMas, nem sempre os pais dos filhos "movem montanhas"...
ResponderEliminarHá pais e pais, há filhos e filhos.
Mas, percebo essa linha ténue. Um dia quando tiver um filho, ou dois, ou três, essa linha ténue não vai ser apenas uma linha, vai ser um novelo...
Verdade! Há pais e pais, há filhos e filhos e era aí que eu queria chegar...Aos filhos, muitos os protegem, já aos pais...
EliminarÉ das tarefas mais árduas, mas será também das mais compesadoras (e não, não me refiro a questões financeiras, naturalmente)!
ResponderEliminarNa ...maioria dos casos e de uma forma ou de outra é compensadora sim, mas das tarefas mais difíceis que já tive até hoje
EliminarEssa reflexão faz-nos refletir mais uma vez quão injusta e cruel é a perda de um filho.Como entrega de amor sem limites, em todos os momentos, mesmo assim não ser suficiente, não ser nada que os possa salvar! Não se recupera jamais um pedaço de alma amputado.
ResponderEliminarBeijinhos
Pois não.... nem quero imaginar. ;)
EliminarEu acho que é inerente à condição de pai e de mãe, quando se é a sério. Para mim, verdadeiros heroís são pais que têm filhos com deficiências profundíssimas e conseguem fazê-los e, sobretudo, ser felizes também.
ResponderEliminarÉ mesmo. Esses sim, também são os meus heróis :)
EliminarEu cá acho que todos os pais (aqueles que verdadeiramente o são) são heróis. Os meus são! e eu espero um dia conseguir ser também ;)
ResponderEliminarPara mim os meus pais sempre foram os melhores do mundo porque me proporcionaram uma vida feliz.
ResponderEliminarDepois de ser mãe confesso que a maternidade é muito mais complexa e muito menos linear do que imaginava. É uma tarefa compensadora sim mas muito exaustiva e intensa...
Todo o 'investimento' que se deposita nos filhos não é certamente fácil de 'compensar', compreender ou preencher aquando de uma perda :|