terça-feira, 26 de setembro de 2017

Garrano

Vejo-me.
Vejo-me livre e feliz a cavalgar por entre colinas, sinto a liberdade, o prazer, o vento nas orelhas, sinto os cascos a chapinhar no mar enquanto galopo na praia, galopo sozinha, galopo acompanhada. Galopo,  troto, lado a lado com os outros, por vezes uns à frente, outros atrás, quase sempre no mesmo sentido. Crinas ondulantes, olhos focados, pelo brilhante, vejo-me correndo algumas vezes a mudar de direção, outras a voltar para trás, algumas a ser guiada mas nunca me vejo fechada numa cerca, contrariada, obrigada, amordaçada.
Sou um garrano selvagem e indomável mas estou um pouco cansada de ser eu.

16 comentários:

  1. Aproveita, que mal dês conta, tás sentada à lareira a contar as tuas histórias. E que bom será, se as tivermos para contar. Ou não?

    :-))

    ResponderEliminar
  2. Lareira, adoro, histórias, são mais que muitas, só não sei se terei a quem as contar :) Beijocas Non

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. SE não tiveres a quem as contar, escreve-as, agora está na moda. Já estou a ver o título a destacar-se numa prateleira perto de si - Histórias de uma Gaja ou As pedaladas de uma Gaja ou Uma Gaja com pedalada ahahahaha

      Eliminar
    2. Isso é que é imaginação :)) vou guardar a ideia eheheh

      Eliminar
    3. Bem podes começar a alinhavar, a tomar notas. Tens jeito prá coisa. Histórias não te faltam. Sei que irei rir à gargalhada, emocionar-me muitas vezes, outras até chorar, com a certeza de não estar a ler má ficção, antes realidade um nadinha ficcionada (convém)
      :-))

      Eliminar
    4. Ficcionada sim, sou fã e também do humor mas há muito que perdi a graça. Já lá vai o tempo em que ria até me doerem as bochechas e ganhava soluços das parvoices que dizia. Olha, é um bom exercício para praticar este de voltar a rir assim :))

      Eliminar
    5. Nunca se perde a graça, apenas deixamos de encontrar motivo para rir. Vai-se ficando mais séria, mais analítica, mais ciente que, afinal, o mundo não é um lugar assim tão idílico, como um dia pensamos. Acho que crescer é também isso. Como não gosto, ás vezes ainda contrario e rio até me doer a barriga e quem não gostar que não olhe.
      :-)


      :-))

      Eliminar
  3. .. é por "isto" ( o texto) que insisti no retorno da "senhora das palavras". Ainda bem que voltou.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Vamos lá ver se elas, as palavras não me atraiçoam Carlos.
      Boa noite

      Eliminar
  4. Respostas
    1. A sério Laura, adoro imaginar-me a correr na praia de crina ao vento :)

      Eliminar
  5. Um tratado de como se pode dizer imenso num pequeno texto.
    Abraço

    ResponderEliminar
  6. Curiosamente é assim que eu te vejo: indomável!

    Abraço, GM :)

    ResponderEliminar
  7. A voo de pássaro também não se deve ir mal, hein.? :)

    ResponderEliminar

Quem quer pensar comigo: