Se há pessoas que gostam de guardar apenas
para si os seus problemas, outras há que que se sentem bem a partilhá-los.
A minha colega de trabalho por exemplo, que
tem cancro da mama e vai ser operada em breve para retirar parte de um peito, contou
apenas a 5/6 pessoas por aqui e não quer que se lhe fale do assunto. Sei que
está a sofrer calada e sozinha, mas foi a opção dela e todos a respeitamos.
Pena não podermos dar-lhe palavras de apoio e conforto, mas se é assim que se
sente bem, que assim seja então.
Tenho uma outra conhecida de longa data que
há cerca de 2 meses descobriu uma doença rara no sangue e desde então tem
estado no hospital. Ela publica tudo no Facebook, coloca fotos do evoluir do
seu estado e conta em género de crónica os tratamentos que lhe fazem, o que
sente, o que pensa. Fala de saudade, de esperança, da alegria quando as filhas
a visitam, fala de amor, de dor, de sofrimento e de luta… E todos os que são
seus amigos, acompanham e dão força, muito carinho e estão com ela em
pensamento. Sente-se bem assim e talvez isso a ajude a não se sentir só e até a
curar-se.
Não sei…
Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Lá está,
sou mediana, não gosto de extremismos.
Nem sou de proclamar os meus problemas aos 4
ventos (isso é que não mesmo), nem de os fechar numa concha hermética que dali
não sai nada, mas não sei…
Cada pessoa é uma caixinha de surpresas.
Eu tenho o hábito de fechar-me numa concha... Não o faço por mal, mas tenho este mau feitio de não levar as minhas coisas para cima das coisas dos outros. Nem ser a coitadinha.... eu nem sei se me estou a fazer entender... o meu cerebro também está numa enorme confusão, mas isto passa.
ResponderEliminarCada pessoa é unica, e temos mesmo de respeitar cada um de nós :)
Beijinho gaja :)
A pior dor é aquela que temos de esconder/disfarçar.
ResponderEliminarHá momentos em que a vida nos coloca à prova e nem sempre temos a capacidade
imediata de aceitar o que nos acontece.
Surge a pergunta inevitável mas sem resposta"Porquê eu"?
Depois nem tudo se consegue partilhar,temos receio dos olhares de "pena"
do preconceito, o nosso próprio medo sobre a incerteza do amanhã faz nos "despedir"
a cada dia .
Não espalho aos sete ventos o motivo da dor, mas falo dela para me ajudar a aceitar
e seguir em frente.
Porque cada pequena vitória hoje é o caminhar para vencer a batalha por isso temos de abraçar o tempo porque ele não pára.
Beijinhos:)
Há alturas em que o mais fácil é estar protegido na concha... O olhar dos outros nem sempre é de ajuda, e quando tens um problema grave de saúde, a última coisa que queres é que olhem para ti com pena...
ResponderEliminarNunca passei por uma situação tão complicada mas acho que sou mais como tudo, nem 8 nem 80.
ResponderEliminarAcho que só passando por uma situação assim, é que sabemos como vamos reagir, mas não sou apologista de contar a meio mundo, mas não guardo tudo só para mim.. sou como tu!
ResponderEliminarbeijinho Gaja Maria
Acho que cada um encontra a sua forma de reagir e a fonte da sua força...às vezes contar é uma forma de tirar de dentro de nós um pouco da energia negativa que a causa da dor acarreta...mas há coisas que conseguimos contar e outras de que por mais que nos ajudasse não conseguimos sequer falar...e depois ainda por cima somos seres únicos e como tal reagimos todos de forma diferente...!
ResponderEliminarA diferença é a característica mais interessante na nossa espécie. Cada qual tem o seu "modus operandi" na forma como reage. Eu tenho dias...umas vezes no 8, outras no 80 mas normalmente fico-me pelos 40.
ResponderEliminarBeijinho
falar de problemas pessoais nunca foi meu apanágio, guardava tudo para mim, e esperava que o tempo curasse. há pouco tempo atrás libertei-me deste processo e sou mais fácil de "ler", mas mesmo assim, só com algumas pessoas. por isso, não é fácil dizer que método será melhor para aliviar dores!
ResponderEliminarEu sou de me fechar na concha. E, muitas vezes, só passados anos é que falo em certos assuntos.
ResponderEliminar