sexta-feira, 19 de junho de 2015

Ó diabo!

Há uns tempos vi o filme "Still Alice" (muito bom) e desde então não me sai da cabeça esta p@ta desta falta de memória  que por vezes me ataca, mais o nome de um certo alemão que andou a inventar doenças. Nada de grave para uma pessoa que já não vai para nova, mas arrepiante para quem já teve toda uma agenda telefónica na cabeça, não em formato retangular, claro, mas embutida na própria da memória.
Além de números de telefone, dezenas que sabia de cor, não me escapava uma cara, um nome, um local, uma música e muitas outras coisas, que de tão inúteis fui decidindo apagar aqui do chip. Não devo ter apagado o suficiente, já que está tão cheio como uma abóbora menina, pouco mais cabendo que tenha interesse, ou não. 
Julgo que a invenção de certos auxiliares de memória, como smartphones, agendas eletrónicas e tablets tenham contribuído para tal e também acredito que eu não esteja só nestes medos, muitas pessoas se queixam deste mal e isso não significa que tenha o dedo do tal alemão. Deixámos há muito de exercitar os neurónios o que os tornou  preguiçosos e quando necessitamos que funcionem, mandam-nos dar uma volta estando a banhos numa qualquer praia do cérebro dificilmente querendo dar-se ao trabalho.
Atualmente, sei 3 ou 4 números de telefone, locais só me lembro dos mais famosos, caras, aquelas que vejo todos os dias. Nomes então, esqueçam lá isso, algumas caras e nomes são-me familiares mas não consigo localizá-las no espaço e no tempo. Ontem, corri tudo no escritório à procura de um brinco que achei ter perdido e quando cheguei a casa lá estava ele, descansadinho no seu sítio, eu nem sequer o tinha posto, fui só com um...
Bom, nunca esqueci os filhos na escola ou no carro e sempre soube o que se faz com um telefone ou como se usa um tampão, mas com isto dos alemães, nunca se sabe...

19 comentários:

  1. Tenho uma teoria diferente.
    Acho que tudo se deve ao stress e à vida acelerada que todos levamos.
    Será só abrandar que a capacidade de registar informação e retê-la volta a aprimorar-se.

    Mas isso nunca vai acontecer!
    Rssss

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    1. Gostava que acontecesse, mas acho difícil, é muita agitação, muitas preocupações. As nossas vidas só acalmam quando formos velhinhos e aí já não há memória que nos valhe :))

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  2. Deixa, não te apoquentes, eu, em solidariedade, estou assim como tu. Esquecida
    Kis:=>}

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  3. Não fui ver o filme. Estou demasiado próxima da personagem para conseguir vê-lo sem ficar abalada.

    Beijos, GM. :)

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    1. Compreendo Maria. Muita força nessa luta. O filme é muito comovente sim e um doce retrato dessa doença. Um grande abraço

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  4. Adorei esse filme, acho que ninguém lhe fica indiferente!
    E também fiquei assim uma bocadinho preocupada com a "falta de memória que por vezes me ataca", mas um amigo (que é médico) disse-me algo que faz sentido. Preocupante não é quando te esqueças onde estão as chaves, preocupante é quando não te lembras que aquilo são umas chaves.

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    1. Sim, devemos estar atentos, mas as pequenas falhas de memória que nos atacam por vezes acabam por ser normais devido à vida que levamos. Não vale a pena stressar :))

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  5. Vou contar-lhe um segredo que vai gostar de saber (aliás, provavelmente já sabe e não é segredo nenhum).
    Mas fica aqui partilhado entre entusiastas (termo politicamente correcto para evitar dizer bolinhos) das pedaladas.
    As falhas de memória desse tipo associadas ao processo de envelhecimento são normais. O cérebro perde algumas capacidades mas ganha outras. acima dos 65 anos, uma percentagem razoável passa destas falhas normais para estados patológicos associados ao tal Sr. Alemão !

    Mas o segredo é este: o exercício físico (não todo, sobretudo o do tipo aeróbio) está identificado como um factor que tem um efeito benéfico na cognição (incluindo memória). Leva até à formação de novos neurônios !!!
    Isto tem sido estudado em populações de idosos e quanto mais cedo se tiver começado com a actividade física mais eficaz o efeito em retardar o declínio cognitivo.

    Há muita bibliografia sobre isto e nem toda de fontes sérias. É bem sabido que os media têm tendência para tornar algumas descobertas científicas em panaceias.
    Em todo o caso, fica aqui alguma bibliografia (títulos e respectivo website). Boas notícias para nós, os pedalantes por vales e serranias.

    Enjoy

    ARTIGO PARA LEIGOS DA HARVARD MEDICAL SCHOOL

    Regular exercise changes the brain to improve memory, thinking skills

    http://www.health.harvard.edu/blog/regular-exercise-changes-brain-improve-memory-thinking-skills-201404097110


    ARTIGOS CIENTÍFICOS DE REVISÃO

    Physical activity, brain plasticity, and Alzheimer's disease

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23085449


    Exercise counteracts declining hippocampal function in aging and Alzheimer's disease

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22750524


    Physical activity and brain plasticity in late adulthood

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23576893



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    1. Obrigada João L. pela visita e pela explicação. Os artigos são esclarecedores e está mais que visto que devo ter neurónios para dar e vender :)) Exercício físico é das coisas que não faltam na minha vida e não são só as pedaladas, faço outros exercícios aeróbicos, o desporto faz parte da minha vida e enquanto puder, não vou parar. Se algum dia não souber para que serve a minha bike é que é caso para preocupação :))) Também pedalas portanto. Boas pedaladas :)

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    2. Pedalo pedalo. E cada vez mais com o passar dos anos.
      Se quiseres dar uma vista de olhos no site em baixo acho que vais gostar de algumas fotografias das serranias por onde pedalo (Lousã, Açôr, Estrela). É um privilégio viver nesta zona. E pode ser que sirva de incentivo para umas pedaladas pela serra da Lousã :)

      http://bateoventosopraachuva.blogspot.pt

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    3. Que espectáculo!! Vou já ver. Também já pedalei na serra da Lousã e adorei :)

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  6. onde está "bolinhos" no comentário anterior deve ler-se "tolinhos"

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    1. Tolinhos das pedaladas e dos bolinhos aplica-se mesmo a mim :)))

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  7. Tu não me digas nada...
    Eu assisti o que é ter alguém bem pertinho de nós e o alemão a levar a melhor, dia após dia, ano após ano.
    Como tal (e mesmo já tendo passado tantos anos) está bom de ver que ao assistir ao filme (que gostei mesmo muito) foi uma choradeira pegada.
    E também sou das que vive atormentada que as faltas de memória (e esquecer-me do que ia fazer à cozinha e coisas que tais) sejam o alemão a chegar.
    Haja esperança (como referiu o João L.) que alguns exercícios poderão ajudar a atrasar a chegada desse maldito!

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    1. É isso, no fundo nem vale a pena estarmos a preocupar-nos antecipadamente. Toca mas é a mexer e a fazer exercício, há momentos em que todos os neurónios são poucos :))

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  8. Os esquecimentos cada vez são maiores, porque isto de querer guardar tudo na mesma caixa, dá cabo dos GB e nós nem nos damos conta. Não sou muito de cismar com isso (tomo mais apontamentos e pronto), também que me adiantava!?

    Beijinhos Gaja e uma boa semana para ti

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  9. Não vi esse filme mas acho que com o passar do tempo acumulamos muita informação e depois ficamos seletivos, não esquecidos ;-)

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  10. O meu marido já viu o filme e gostou muito. A minha memória tb me preocupa. Ainda hoje, estacionei mesmo ao lado de uma pessoa que falou comigo mostrando que me conhecia bem. Tive que lhe perguntar de onde nos conhecíamos. Que vergonha!!!

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  11. O filme é muito bom. Eu chorei baba e ranho durante mais de metade do filme (mas também não é preciso muito de um filme para me pôr a chorar).
    Isto hoje em dia com tantos auxiliares de memória estamos a dar muito descanso aos neurónios. Uns minutos de exercício mental por dia ajudam bastante a prevenir a preguiça dos neurónios :P (depois de fazer um projecto sobre o declínio das funções cognitivas na minha primeira licenciatura arranjei logo uma catrefada de livros de sopa de letras, palavras cruzadas e outros exercícios do género aqui para casa, mas nunca ninguém se lembra deles. A última vez que lhes mexeram foi depois de terem visto o filme que falas no post :D).
    E além disto foi como disseram aqui nos comentários o exercício físico ajuda e bastante os nossos ricos neurónios :D
    Acho que tu com tanta pedalada estás mais que safa :D

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