quarta-feira, 26 de julho de 2017

O mar morreu

Os meus vizinhos ingleses estão agora mais calmos e dormem a manhã na cama. Um desperdício digo eu. O escritor já deve ter terminado o livro, toma o pequeno almoço calmamente com a esposa na varanda tal como nós.  Cumprimentamo-nos com um aceno de cabeça pois continuo sem saber que raio de língua falam eles que mais me parece um ladrar estranho, não pesco um telho, norueguês ou finlandês quem sabe. E o mar morreu, praticamente nem se mexe. Houve-se um leve ondejar que gosto de ouvir ainda na cama com a porta da sacada aberta e a olhar o céu, acalma-me os sentidos, embala-me a alma. Da piscina nem quero ouvir falar, ao sol abrasador não consigo estar, vou até à praia caminhar. Estas férias já caminhei uns sessenta quilómetros e li quinhentas páginas de livros. Aliás, cá em casa fomos todos mordidos pela mosca tzé tzé e nem um braço nos apetece mexer. Quem diria que me ia tornar numa apreciadora do nadismo.

8 comentários:

  1. Há uma centelha hitchcockiana nas entrelinhas dessas férias ;)

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  2. Aproveita o descanso, logo, sem dares por isso, voltas às correrias e ao não sobra um tempinho para mim.

    Beijocas

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  3. Eu também sou apreciadora...mas de vez em quando. Boas férias.

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  4. Nadismo é muito bom. :) O mar não morre, apenas descansa. Gosto dele assim, mansinho.

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  5. Dolce fare niente :D tão bom! E colocar a leitura em dia... tão bom.

    Beijinhos,
    O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin'

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  6. "Apreciadora do nadismo"! Que beleza de expressão, GM. Eu digo
    O que a mosca faz à gente / que fica que nem se sente!

    Bj.

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