O tempo, outrora lento, vagaroso e enervante, às vezes calmo
e tranquilo, outras tantas vezes a correr que nem um louco, ansioso de viver em
plenitude, amedrontado por um eventual e dramático términus que pudesse surgir
inesperado e repentino.
O tempo, que nos marca a pele e a mente com sulcos profundos
de palavras e sentimentos. O tempo, fértil em acontecimentos que nos traça no
corpo e na face a passagem, a viragem dos dias e dos anos e nos traz
ensinamentos sem fim.
O tempo traz-nos a chave, a chave que nos fecha ou abre a
alma, a chave que nos faz tomar decisões e adoptar atitudes, a chave que nos
traz a sabedoria do tempo vivido.
A minha chave, a chave que o tempo me trouxe, cala-me cada
vez mais as palavras, modera-me as atitudes, modifica-me os pensamentos,
apazigua-me os sentimentos. A minha chave tornou-me mais dura, mais fria, mais
calada, secou-me as lágrimas, empedrou-me o coração e alargou-me a visão. Já
não vejo só coisas boas, aliás, vejo até muitas coisas más.
Quando foi que o tempo me trouxe esta chave?
Gostaria que tivesse sido diferente, mas esta é a minha
chave, a chave que o tempo me trouxe.
Tu hoje minha querida gaja maria, não está nos teus dias.
ResponderEliminarAmanhã, é um novo dia.
Beijinho :)