Ela pode até decidir, lá dentro dela, que a partir de agora será diferente. Pode até calar-se, ou pode começar a falar mais, pode dourar os cabelos com raios de luz, ou pode prendê-los num carrapito como quem prende as emoções. Pode comprar um vestido de flores bem curto, ou então bastante comprido, usar um chapéu que até é a cara dela, ou aqueles óculos de sol que escondem os sentimentos dos olhos. Pode escolher o caminho e evitar as pedras ou o musgo húmido e escorregadio, afastar os gravelhos que a fazem tropeçar, vestir o seu melhor sorriso, limpar a alma de passados e escancara-la aos futuros e ir seguindo, pelo caminho mais largo e mais seguro. Haverá talvez um desvio aqui, uma travagem ali, ultrapassagens, inversões de marcha uma recta de aceleração, mas, no final de contas, onde chega, nada é diferente.
E a do quarto esquerdo mantém-se quieta, o do primeiro direito soma e segue sempre na frente e os do rés do chão sempre iguais a si próprios. Sem surpresas. Até a do terceiro andar, que parecia ter-se mudado para o quinto, não passou da entrada.
Há coisas que nunca mudam por mais que se tente.
A essência é como o karma.
mas também há coisas que mudam
ResponderEliminarque bom teres voltado :)
Até concordo Ana, aos poucos a vida vai transformando as pessoas e as coisas, no entanto, acho que a essência está lá, mas vai-se adaptando :)
EliminarÀs vezes, é o nosso olhar que precisa de mudar. :)
ResponderEliminarOlá, GM. :)
Olá Miss Smile, Sim, por vezes insistimos em ver tudo com o mesmo olhar de sempre. Temos sim, de tentar olhar dase novo e de outra forma e as vezes que forem necessárias :)
EliminarBem vinda GM
ResponderEliminarNada de errado em preferir a estabilidade à mudança
Beijinho
Pois não Magui, nada de errado :) e trocar o habitual pelo incerto nem sempre dá resultado.
EliminarBeijinho