terça-feira, 17 de novembro de 2015

Sem título

Dez horas.
Finalmente cheguei ao sofá, abri o blog e uma página em branco para escrever. Caramba, tanto espaço para tantas letras e não tenho nada para dizer. Hoje não se passou nada de especial, não pensei em nada de grandioso, não disse nada de espetacular, ninguém me disse nada de interessante, o mundo não explodiu, não me aconteceu nada engraçado, não tive azares nem sortes. Não, nada a dizer...
Bom, pensando bem, podia até dizer que estava um nevoeiro cerrado quando fui para o trabalho e que começou a dissipar-se ao longo do caminho, deixando-se ser atravessado pelos raios de sol mostrando-me uma imagem linda. Podia também dizer que o meu dia foi super produtivo, e que tinha tanto que fazer mas consegui dar conta de tudo, trabalhando sob stress eficazmente de forma a conseguir estar despachada ás 18 para ir ao ginásio e ainda vi o pôr do sol da vidraça do gabinete. Também podia dizer que estava com tanta energia que fiz duas aulas seguidas de cycling sem sequer parar durante o intervalo e podia ainda dizer que fiquei muito feliz quando cheguei a casa e o marido tinha feito o jantar. Tantas coisas boas que o meu dia me trouxe...
Ah! E afinal tenho uma coisa para dizer. Não há casas, não há carros, nem roupas de marca, nem sapatos, nem ouro, nem férias paradisíacas, nem fama nem sequer todo o dinheiro do mundo que paguem o estarmos vivos e termos saúde.

20 comentários:

  1. Ultimamente e exatamente isso em que acredito:nao há nada que pague a vida e a saúde. Sem isto tudo o resto não acontece.

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    1. Isso sim é o nosso euromilhões. Vida e saúde. E nos tempos que correm podemos dizer que é mesmo uma benção :)

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  2. E não tinhas nada para dizer, olha se tivesses?

    ahahahahah

    Boa noite GM
    Pelos vistos até a enxa_queca passou, num dia em que não aconteceu de interessante, importante, fantabulástico etc etc

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    1. No fundo, basta olhar com olhos de ver. Muitas vezes há coisas que nos passam ao lado mas se estivermos atentos, vêmo-las muito claramente. Beijinho Noname ;)

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    2. E foi o que fizeste, e saiu-te um post bem bonito

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    3. Por falar em olhar com olhos de ver, só agora vi que o post não tinha título :)) Continua sem

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  3. Bem, eu só digo a sorte que temos em ter o dedo grande do pé a mexer.
    Kis:=>)

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  4. É verdade! saúde essa palavra que nunca ou quase nunca se lembramos, mas que é o mais importante. Qual euro milhões qual quê? sabes que quando se trabalha em hospitais, se olha para o lado e vê tanta miséria, tanta desgraça, tanta gente que só pede, não ter dores,poder andar sem ajuda, poder viver uma vida com dignidade, uiiiiiiiiiiiiii amiga, aí a gente vê!! e não é necessário trabalhar nesses sitios, às vezes basta olhar em nossa volta, no nosso bairro, no nosso prédio, nos nossos amigos, na rua, sei lá. Hoje ía na rua e vi um sr novo de cadeira de rodas a andar num passeio e como sabes, neste país nada está preparado para deficientes motores, mas dizia eu, esse sr ia no passeio e queria atravessar, eu estava parada num cruzamento à espera de vêz, reparei que o transito em sentido contrário estava a parar, parar porque mais acima havia uma passadeira para a qual o tal sr queria ir, mas tava dificil por a altura dos passeios. Então do primeiro carro saiu o condutor, nisto já tudo se tinha apercebido do que se estava a passar, saiu um outro sr e foram os dois ajudar o sr deficiente. Eu fiquei emocionada, mas feliz por ver que ainda há pessoas boas. E o sr lá foi e nós também, É nestas alturas que damos valor à vida e ao que temos.
    Desculpa a extensão do comentário :)

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    1. Pequenos pormenores que de tão ocupados que andamos nem damos por eles. Em momentos como esse é que nos apercebemos do bem que temos e que tantas vezes desvalorizamos que é ter saúde e viver. O resto são peanuts.
      Beijinho Nina

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  5. Mas olha que gosto muito quando não tens nada para dizer :)

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  6. "duas aulas seguidas de cycling"??? Ok, vou só ali morrer de vergonha por estar de rastos com uma hora de zumba. :)

    Agora a sério. Tens toda a razão. Ter saúde não tem preço.

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  7. Tens razão, nada que pague estar vivo e termos saúde.
    Adorei ler-te e acredita, foi bálsamo para mim.
    Beijinho.:)))

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    1. Obrigada Semblante :)
      Ando numa de positivismo. Beijinho :)

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  8. terminou dizendo tudo: "Ah! E afinal tenho uma coisa para dizer. Não há casas, não há carros, nem roupas de marca, nem sapatos, nem ouro, nem férias paradisíacas, nem fama nem sequer todo o dinheiro do mundo que paguem o estarmos vivos e termos saúde."

    Beijinho*
    MR<3

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