A minha (teoria sobre) doçodependência

Tirem-me tudo. Tirem-me o pão, os molhos, croquetes e rissóis  pezinhos de coentrada, moelas, patês e outras coisas do género, mas não me tirem o chiclate, a bolacha, a bela da fatioca de bolo ou outras coisas doces a seguir às refeições, ao lanche, ao serão... (Shiuuu, mas a minha 3ª gaveta da secretária no trabalho, assemelha-se a um certo corredor de hipermercado)

Consigo controlar as quantidades, mas não consigo, "não comer", ou, se consigo, é com um esforço praticamente sobre humano e sou tipo toxicodependente a ressacar, só me apetece matar alguém...

Tenho cá para mim que sofro mesmo de doçodependência.

Ora, esta doçodependência teve sua origem em vários factores:

1 - Porque tenho um trauma de infância

Passei anos de castigo à mesa por não comer, só gostava de frango assado e caldo verde. Então, foi quando me iniciei na arte de comer doçaria variada. Para chamar a atenção e para dizer que afinal até como algo...

2 - Porque tenho um trauma de adolescência

Todas as minhas amigas adolescentes tinham cu e mamas avantajadas, o que chamava a atenção dos rapazes. Ora, eu não tinha nada dessas coisas, então, continuei a comer doces para ganhar cu e mamas, mas o que aconteceu foi que apenas ganhei bóias na cintura e barriga. Cu e mamas... nada!

3 - Porque tenho o trauma dos 40

Enquanto as minhas amigas de 40 ficam alapadas no sofá e em suas casas no quentinho,  a fazer comidinha, a arrumar e limpar as coisinhas e a tomar conta de maridos e filhos, eu não me tiro do ginásio e não quero saber de cozinhar, limpar e mimar. Então, devoro doces como se não houvesse amanhã para justificar toda esta actividade física e para "não ter tempo" de limpar, cozinhar, etc....

Basicamente tenho duas verdadeiras razões para comer doces: Por tudo e por nada!

Conclusão concluida:

Eu não sou gulosa, eu tenho é traumas, coitadinha :-)