terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um autêntico filme de terror!


Estava previsto temporal para este fds. Temporal é favor…

Dia 1 - sábado
Não preguei olho toda a noite com o barulho do vento e coisas a bater e chuva e tudo o mais.  A força do vento e o seu barulho eram tão fortes que sempre pensei que quando me levantasse nem persianas nas janelas tinha. Mas bom, às 8 da matina já nada me segurava na cama e levantei-me. Fiquei assustada. Não havia eletricidade, não havia água quente, não havia rede da Vodafone, não havia net, não tinha como fazer um CAFÉ!
Além de incomunicável com o mundo não tinha onde fazer ou aquecer qualquer coizinha para comer ou beber e esquecer o meu desalento. WTF!
Andei por casa a cirandar, vesti-me, fui até à mercearia. Fiquei então a saber que não havia eletricidade num raio de muitos kms à nossa volta, havia muitos pinheiros caídos, estradas cortadas, portões, muros, chaminés e painéis solares derrubados, telhados esfodaçados e cadeiras e mesas de jardim no meio da estrada. WTF!!!
Estava a tirar o carro da garagem para ir procurar algum sítio para beber um café, liga maridão que tinha saído para os jogos de futebol com seus alunos e que não chegaram a acontecer, claro!
- Não saias de casa, põe o carro da garagem e fica quieta. Eu vou ter de voltar a pé, os pinheiros estão a cair que nem palitos do paliteiro, para as estradas! Não se consegue passar.

WTF!! Nesta altura já estava a fazer beicinho e prestes a matar alguém, caso entretanto encontrasse vivalma.
Pelas 11.30 veio a luz, corri a ligar a máquina e a fazer um café! Uf! Melhorei! Estava a ressacar e já nem eu própria me podia aturar. Logo a seguir foi-se de novo. Então e o almoço??? Mas o que é que vamos comer, cá em casa é tudo elétrico… Lá vai esta alminha para casa de mamãe fazer as pataniscas de bacalhau com arroz de grelos no fogão a gás.
Se não fosse a garrafinha de tinto que abri para me aquecer a alma, por esta altura já tinha cometido um homicídio…
Bom, durante a tarde a luz veio, foi, veio e foi-se de vez. Continuámos sem TV, net, rede telefónica… Acendi a lareira, coisa que não faço há anos, desde que tenho aquecimento, mas não era para o frio, era para a alma. Acendi uma vela, pusemos música a tocar no telemóvel e assim ficámos eu, maridão e mainovo, deitados no chão em frente à lareira a curtir.
Mais tarde, coloquei a toalha de mesa no chão, grelhámos chouriço, linguiça, alheira, salsichas á lareira, mais uns queijinhos, umas batatas, uma vinhaça, jantámos. Voltou final e definitivamente a luz. Tv e net ou telefone, nada. Vimos filmes atrás de filmes e fomos dormir, cansados de tanta ação….

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