quarta-feira, 10 de abril de 2013

Filhos Super!


Quando decidi ser mãe, encomendei filhos Super. Super lindos, super dóceis e bem comportados, super inteligentes, super amigos dos pais, respeitadores…. Super, portanto!
Mas, como o produto nunca vem conforme a encomenda, durante esta aventura alucinante de ser mãe, em que verificamos que o botão “dóceis e bem comportados” não funciona, enfrentam-se problemas, dúvidas e dificuldades. Muitas dúvidas, muitos problemas e imensas dificuldades…
E dos profissionais a quem recorri, todos me aconselharam:
- Esqueça a “Mãe Amiga”, seja apenas “A Mãe”!
Se houve coisa com que sonhei quando quis ser mãe, era ser a “Mãe Amiga” dos meus filhos, mas não, deveria então, perante tais comportamentos, guardar um pouco mais de distância, adoptar uma postura, não ao nível dos filhos, mas um pouco acima e não dar tanta confiança, para que passa-se a ser respeitada por eles.
Bom, este sábado fui levar MaiNovo  a um aniversário e começámos a conversar. Diz-me ele que a mãe da M. é que é bué da fixe porque é uma "Mãe Amiga" e que se põe ao nível deles e a quem se pode contar tudo porque ela ri-se e é muito compreensiva…
Caiu-me tudo!
Então uma pessoa anda aqui há anos a esforçar-se para ser “A Mãe” em vez de dizer e fazer o que acha certo mas não resulta e depois depara-se com uma situação destas???
Das 2, uma. Ou eu não me apercebi que este meu filho trazia o tal botão que o outro não tinha, o do “gostar de ter uma Mãe Amiga e respeitá-la” ou então, os profissionais sempre tiveram razão e se eu tenho sido a Mãe Amiga, as coisas teriam sido bem diferentes. Teriam sido Piores? Teriam sido melhores?
Ai que me sinto baralhada.
Mas porque é que os miúdos não trazem os ditos botões e Manual de Instruções???







5 comentários:

  1. eu queria ter tido uma amiga amiga, embora a minha tem dias que quer outros dias que não se interessa outros dias que só gosta de chatear e deitar abaixo. agora sou eu que quero é distância, ou é ou não é, ter uma mãe que não ajuda quando temos problemas antes pelo contrário só sabe deitar abaixo, não é mãe é um obstáculo. Agora que as minhas coisas estão a compor-se já vem toda contente a ver como estou e como não estou. enfim, ninguém escolhe os filhos e ninguém escolhe os pais.

    desculpa o desabafo*

    isto para te dizer, é muito difícil

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  2. Uma vez tive uma discussão "dos infernos' com a minha mãe por causa das filhas das amigas... Claro que houve mal-entendido de ambas partes mas eu, que nesse dia estava em versão fera, ataquei logo: eu sou como sou, nunca serei a filha perfeita (como as filhas das amigas) porque eu não sou perfeita, ponto final. E a minha mãe também não. Não a comparo com outras mães, logo não admito comparações com outras filhas!

    Não tenho filhos, mas se tivesse, também não seria a mãe perfeita... Receio, até, que criasse pequenos monstros! :-)

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  3. Pois é, minha querida.. Este assunto dá pano para mangas. Cá em casa, somos os "pais amigos" e temos chatices (não de comportamento, nem coisas de maior), e quando é preciso somos apenas "os pais"! Eu acho que estas coisas têm sempre a ver com as personalidades dos miudos. A minha mais velha nunca nos deu problemas de maior.. Eu digo sempre que não sei o que é uma birra, porque pura e simplesmente, ela nunca fez nenhuma. Mas quando começa a passar das marcas, por vezes basta só um olhar mais sério e ela atina-se.. Com o mais novo não sei ainda o que me espera..
    Resumindo: conhecemos os nossos filhos o suficiente para adoptar um comportamento padrão? O sermos pais amigos funciona cá em casa.. Por enquanto..

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  4. complicado. Eu sou apologista que devemos ser sobretudo pais. Os amigos vêem depois. Mas como ja li aqui, depende muito da criança e do comportamento dela.
    Os meus ja me tiram do serio e acredito que se Eu deixar eles esticam-se a valer :))

    Estou em aprendizagem e ainda ha tanto por descobrir. Um dia de cada vez, sempre tentando fazer o melhor.

    Gostei do post.

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  5. Pois é, complicado... Uma coisa temos de ter sempre em conta, não há filhos perfeitos nem pais perfeitos, tudo isto é uma constante aprendizagem de ambas as partes e nós os pais, apesar de sermos adultos e ser suposto sabermos das coisas, nem sempre isso acontece. Há que reconhecer e tentar melhorar, todos os dias e os filhos também. Só espero que os meus, apesar de todos os percalços, se tornem uns adultos ás direitas e sejam felizes com as suas escolhas, já que apesar de nós tentarmos mostrar-lhes os caminhos certos, nem sempre eles os seguem. E gostava muito que eles um dia se lembrassem de mim como uma mãe, pelo menos, algo amiga. :D

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