Quando decidi ser mãe, encomendei
filhos Super. Super lindos, super dóceis e bem comportados, super inteligentes,
super amigos dos pais, respeitadores…. Super, portanto!
Mas, como o produto nunca vem
conforme a encomenda, durante esta aventura alucinante de ser mãe, em que verificamos que o
botão “dóceis e bem comportados” não funciona, enfrentam-se problemas, dúvidas
e dificuldades. Muitas dúvidas, muitos problemas e imensas dificuldades…
E dos profissionais a quem
recorri, todos me aconselharam:
- Esqueça a “Mãe Amiga”, seja apenas
“A Mãe”!
Se houve coisa com que sonhei quando
quis ser mãe, era ser a “Mãe Amiga” dos meus filhos, mas não, deveria então, perante tais comportamentos, guardar
um pouco mais de distância, adoptar uma postura, não ao nível dos filhos, mas um
pouco acima e não dar tanta confiança, para que passa-se a ser respeitada por
eles.
Bom, este sábado fui levar
MaiNovo a um aniversário e começámos a
conversar. Diz-me ele que a mãe da M. é que é bué da fixe porque é uma "Mãe Amiga" e que se põe ao nível deles e a quem se pode contar tudo porque ela ri-se
e é muito compreensiva…
Caiu-me tudo!
Então uma pessoa anda aqui há
anos a esforçar-se para ser “A Mãe” em vez de dizer e fazer o que acha certo mas não resulta e
depois depara-se com uma situação destas???
Das 2, uma. Ou eu não me apercebi
que este meu filho trazia o tal botão que o outro não tinha, o do “gostar de
ter uma Mãe Amiga e respeitá-la” ou então, os profissionais sempre tiveram
razão e se eu tenho sido a Mãe Amiga, as coisas teriam sido bem diferentes. Teriam
sido Piores? Teriam sido melhores?
Ai que me sinto baralhada.
Mas porque é que os miúdos não
trazem os ditos botões e Manual de Instruções???
eu queria ter tido uma amiga amiga, embora a minha tem dias que quer outros dias que não se interessa outros dias que só gosta de chatear e deitar abaixo. agora sou eu que quero é distância, ou é ou não é, ter uma mãe que não ajuda quando temos problemas antes pelo contrário só sabe deitar abaixo, não é mãe é um obstáculo. Agora que as minhas coisas estão a compor-se já vem toda contente a ver como estou e como não estou. enfim, ninguém escolhe os filhos e ninguém escolhe os pais.
ResponderEliminardesculpa o desabafo*
isto para te dizer, é muito difícil
Uma vez tive uma discussão "dos infernos' com a minha mãe por causa das filhas das amigas... Claro que houve mal-entendido de ambas partes mas eu, que nesse dia estava em versão fera, ataquei logo: eu sou como sou, nunca serei a filha perfeita (como as filhas das amigas) porque eu não sou perfeita, ponto final. E a minha mãe também não. Não a comparo com outras mães, logo não admito comparações com outras filhas!
ResponderEliminarNão tenho filhos, mas se tivesse, também não seria a mãe perfeita... Receio, até, que criasse pequenos monstros! :-)
Pois é, minha querida.. Este assunto dá pano para mangas. Cá em casa, somos os "pais amigos" e temos chatices (não de comportamento, nem coisas de maior), e quando é preciso somos apenas "os pais"! Eu acho que estas coisas têm sempre a ver com as personalidades dos miudos. A minha mais velha nunca nos deu problemas de maior.. Eu digo sempre que não sei o que é uma birra, porque pura e simplesmente, ela nunca fez nenhuma. Mas quando começa a passar das marcas, por vezes basta só um olhar mais sério e ela atina-se.. Com o mais novo não sei ainda o que me espera..
ResponderEliminarResumindo: conhecemos os nossos filhos o suficiente para adoptar um comportamento padrão? O sermos pais amigos funciona cá em casa.. Por enquanto..
complicado. Eu sou apologista que devemos ser sobretudo pais. Os amigos vêem depois. Mas como ja li aqui, depende muito da criança e do comportamento dela.
ResponderEliminarOs meus ja me tiram do serio e acredito que se Eu deixar eles esticam-se a valer :))
Estou em aprendizagem e ainda ha tanto por descobrir. Um dia de cada vez, sempre tentando fazer o melhor.
Gostei do post.
Pois é, complicado... Uma coisa temos de ter sempre em conta, não há filhos perfeitos nem pais perfeitos, tudo isto é uma constante aprendizagem de ambas as partes e nós os pais, apesar de sermos adultos e ser suposto sabermos das coisas, nem sempre isso acontece. Há que reconhecer e tentar melhorar, todos os dias e os filhos também. Só espero que os meus, apesar de todos os percalços, se tornem uns adultos ás direitas e sejam felizes com as suas escolhas, já que apesar de nós tentarmos mostrar-lhes os caminhos certos, nem sempre eles os seguem. E gostava muito que eles um dia se lembrassem de mim como uma mãe, pelo menos, algo amiga. :D
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