Surpreendida

Fui educada sob os princípios da religião católica, andei na catequese e fiz todas as comunhões, não porque alguma vez tivesses ouvido o chamamento de Deus, mas porque assim os meus pais quiseram  Não me fez mal nenhum, até pelo contrário, mas assim que pude opinar e decidir, cortei esses laços por discordar de muitas coisas, demasiadas.

Casei-me no entanto pela igreja, baptizei os meus filhos, assisto a missas nos funerais, baptizados e casamentos e gosto de ir a Fátima. Lá é paz, é respeito, é vontade, é sacrifício, é o acreditar, o renovar de todos os sentimentos mais puros que temos dentro de nós, cada um a sua maneira, com as suas convicções, as suas fés, sejam elas quais forem. Mas só isso.

Este domingo, um pouco contrariada lá fui assistir à cerimónia da 1ª comunhão de 96 crianças onde estava o meu familiar.

E não é que a parte em que estive desperta (estava tão cansada, que quase me deixei dormir) me surpreendeu?. Foi uma cerimónia linda e até me comovi. Cantaram, bateram palmas, leram passagens interessantes da bíblia,  todos tinham uma flor na mão e estavam vestidos a rigor. O sermão foi adequado e curto e as letras das músicas eram projectadas na parede para todos poderem cantar. Uma missa dos tempos modernos, portanto. Vejo que afinal tem havido uma evolução e fico contente. Se os miúdos perceberam o propósito da coisa, eu não sei, mas lá que estavam compenetrados no seu papel, lá isso estavam. 

Foi bonito sim!