Era uma vez a Maria.
Maria tinha um caldeirão.
Nesse caldeirão colocou algumas
coisas más como a maldade, a teimosia, a desonestidade, a ingratidão, o cinismo,
a inveja, a hipocrisia e a insegurança e deitou-lhe o fogo para que nunca essas
coisas existissem dentro de si.
A Maria tinha também um quintal.
Nesse quintal semeou a bondade, a
gratidão, a honestidade, a alegria, a frontalidade. Semeou também a sinceridade,
o amor e a amizade para que florescessem e habitassem no seu coração.
Mas um dia o caldeirão
transbordou e derramou sobre o seu quintal algumas sementes que não tinham sido
queimadas.
E Maria tornou-se uma pessoa.
Uma pessoa por vezes boa e outras
vezes má.
Uma pessoa que, como todas as
outras, não é perfeita.
Uma pessoa…
Uma pessoa com os seus medos, as
suas dúvidas, os seus erros, uma pessoa que nem sempre tem as atitudes
correctas ou toma as decisões certas.
Uma pessoa que reconhece que não
é perfeita e que todos os dias tenta colocar de volta no caldeirão as coisas
más e voltar a semear as boas.
E Maria sabe.
E Maria quer.
E Maria gosta que as pessoas
gostem dela e esforça-se, mas algumas não gostam.
E por causa de algumas dessas
pessoas, Maria fica triste e importa-se e preocupa-se e com outras não, ou
decide que não.
É assim a vida da Maria.
E talvez a de muitas Marias….
Há tantas marias neste mundo...também eu sou as vezes uma delas.
ResponderEliminarGosto da parábola. É a parábola do que se chama, "a condição humana".
ResponderEliminarA Maria é humana. Profundamente humana.
E por vezes erra (o que é errar, no fundo?).
E quer corrigir onde acha que errou.
E isso é um ciclo permanente.
Os sábios antigos chamavam a esse ciclo, samsara.
A Maria é humana, apenas humana.
E isso é bom.
Boa noite, Maria! :)
Gostei muito destas tuas analogias. A vida é assim para muitas Marias, mesmo não sendo Marias de nome, mas sendo pessoa em constante interação com outros.
ResponderEliminarBjs e boa semana
Gostei imenso do texto... parabéns!
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