Visão desoladora

Hoje fomos pedalar e queriámos dar uma voltinha pela nossa mata, a mata fresca do verão, cheia de eucaliptos e pinheiros cobertos de hera verdejante e riachos e mesas para pic-nic onde cheira a verde e há recantos fantásticos e mágicos, que a partir da primavera se enche de casais e crianças a passear, almoçar, a dormir a sesta à fresca e por aí fora.
A estrada encontra-se encerrada desde o temporal. Já lá vai tanto tempo que sentimos uma grande revolta por ainda não terem limpo a estrada das árvores caídas.
- Ah e tal, os carros não passam mas de bike não deve haver problema, contornamos os obstáculos.
Bom, não estão bem a ver, parece um filme de terror! São dezenas e dezenas de árvores caídas para a estrada, nem se conseguia ver onde esta se encontrava. Acho que vai demorar anos até a nossa mata voltar ao normal.
Tivemos de fazer o caminho todo a carregar as bikes por cima e por baixo das árvores. Estou aflita dos braços por causa do esforço. É fantasmagórico, desolador, uma perda irreparável...