domingo, 31 de julho de 2016
A gente
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Imortais
Nestas férias por terras de Espanha somos oito, quatro filhos e quatro pais e gastamos ao todo bastantes horas a tirar fotografias. Vira daqui, vira dali, na piscina, no mar, o por do sol, as construções na areia, a espuma do mar, as acrobacias na piscina. Só os rapazes, só as mulheres, o grupo todo, á noite, de manhã, as bebidas que bebemos, as coisas que fazemos, quase tudo o que vimos. Foram também algumas as horas que usamos para colocar algumas dessas fotos no Instagram, no Facebook ou no blog. Mas mais do que os comentários ou os likes ou os símbolos que recebemos em troca, vamos levar os momentos e as imagens gravadas na alma e no coração e até no corpo bronzeado e um dia, quando formos todos velhinhos, talvez doentes ou solitários , as fotografias vão ajudar-nos a lembrar como fomos felizes.
Sim tiramos muitas fotos (tenho milhares de todos estes anos, juntas dão para contar a minha vida). Não, não nos esquecemos de viver apesar de tirarmos muitas fotos. São para mais tarde recordar.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Voando
segunda-feira, 25 de julho de 2016
quinta-feira, 21 de julho de 2016
A caixa
terça-feira, 19 de julho de 2016
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Interregno
Josefina navegava em águas turvas, profundas e perigosamente revoltas. O vento estava contra e soprava cheio de pujança e de cada vez que Josefina enfunava as velas para seguir o seu caminho, as rajadas empurravam o seu pequeno barco para trás arrastando-o para mais longe de terra firme. Vagas enormes e assustadoras começavam a varrer o convés. O céu deixava passar alguns feixes de luz por entre as nuvens mas adivinhava-se chuva e trovoada.
Josefina corria das velas para o leme e do leme para as escotilhas tentanto proteger em vão a sua preciosa carga. Aparentemente era uma luta inglória e já se adivinhava o inevitável, mas Josefina sabia que iria vencer mais uma tempestade e que em seguida, amanhã ou depois, o céu ficaria limpo, o vento amainaria, o sol brilharia ainda com mais luz e o mar ficaria calmo e aveludado permitindo a Josefina levar o seu barco até terra firme.
Não tinha no entanto naquele momento, tempo, disposição, inspiração ou vontade de registar os acontecimentos no seu diário de bordo. O tinteiro entornara toda a tinta, o papel estava molhado e as palavras haviam sido levadas pelas ferozes ondas do mar. Ficaria portanto provisoriamente sem registo, esta fase da sua viagem.
terça-feira, 12 de julho de 2016
Praticamente nua
Caí na cama num sono profundo e comecei logo a sonhar. Uma prima que quase só vejo no Facebook apareceu-me na casa de banho a pedir comida. Não sei como foi lá parar nem porque raio me estava a pedir comida mas dizia ela que era uma corrente que não podia ser quebrada e que em seguida havia de ser eu a fazer o mesmo. Coisas de sonhos. O que é certo é que por duas vezes acordei e duas vezes adormeci e lá continuava eu a encher a marmita dela com o meu jantar.
Com toda esta azáfama acabei por não ouvir o despertador e só quando o marido abriu a janela já pronto é que acordei. Os minutos que se seguiram vocês já imaginam, mas nos entretantos sei que cheguei praticamente nua ao trabalho. Pois que enquanto conduzia, vestida claro, passei o caminho todo com a mão direita dentro da mala á procura do batom , como aliás faço todos os dias, mas desta feita não encontrei o filho da mãe. Doze longos quilómetros de viagem e nada.
É que uma gaja sem batom é como um jardim sem flores. Se bem que é apenas e só um gloss de tom neutro, faz parte de mim e não sei chegar a lado nenhum sem ele. Sinto-me nua.
Também sei que não se conduz a fazer coisas estranhas, mas o que é procurar um batom na mala perto de certas coisas que alguns condutores fazem?
Chegar a qualquer lado assim nua é que não. ...
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Dez de Julho de dois mil e dezasseis
Haja alegria. Amanhã logo se vê, mas por agora a euforia domina o povo.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
O Matuta
Sedentos de alegria
Era uma vez uma pequeno país, lindo, tão lindo, cheio de sol e de mar mas onde o governo era desgovernado, os bancos caíam para o lado que nem periclitantes castelos de cartas, o sistema de saude era de bradar aos céus e o da educação praticamente um caos. Mães suicidavam-se com filhos ao colo, presos filmavam raves nas cadeias, corrupção era coisa do dia a dia e microfones eram atirados á água.
Mas de repente já ninguém queria saber de lutas e reivindicações, pois aquele era o melhor país do mundo e nada nem ninguém viesse cá falar de certas merdas.
Estamos na final do Euro de futebol!
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Não me canso de vir aqui
Fui aos meus lugares de eleição, aqueles que me trazem paz e muita felicidade e me organizam os pensamentos.
Nunca me canso de os ver....
domingo, 3 de julho de 2016
Qui pro quo
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Também a mim
Pego na caneta e num papel. Sim, gosto de escrever de caneta em punho e em papel, ver as letras a formarem-se nas linhas, a mão a escorregar na folha, riscar, fazer esteriscos, escrever mais abaixo, voltar acima, riscar mais um pouco, voltar a escrever e cada vez que leio, acrescentar mais um ponto, uma vírgula, uma palavra. Só depois passo para as teclas e vejo o texto ir surgindo no écran, como que um filho que conheço tão bem.
Escrevo sempre a azul e a folha, pode ser uma qualquer. Um papel que está para ir para o lixo, um caderno, uma agenda, um ticket de compras, gosto simplesmente de escrever nem que sejam listas de compras mas, também a mim, não me apetece. Da caneta não sai nada, do papel não chegam letras refondas e azuis, das teclas apenas faturas, encomendas, guias e ficheiros sem fim. Mails então, são aos milhares para responder e dar seguimento......
Vontade zero!!
Raios partam se amanhã não vou comprar uns 20 kgs.