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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Tudo o que não sou


Reconheço-lhe o passo rápido e seguro de quem sempre sabe para onde se dirigir.
Reconheço o perfume intenso e adocicado, a aparência sempre impecável, a altivez no olhar a voz dominadora.
Reconheço-lhe a atitude assertiva todos os dias e a toda a hora, as palavras decididas, precisas e objetivas e a presença de quem, onde chega se faz notar. E se tal não acontecer por isso fará, pois, o centro das atenções ninguém lho tira, tudo o resto ficará em sua sombra e a pensar que sim, ou que não.
“Todos os dias saio de casa como se fosse o meu último dia” diz ela, “ Faço, digo, ajo, vivo. Tudo como se fosse a última vez…sempre!”

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Novo capítulo

É nos calidos dias de Outono, cinzentos e com pouca luz que penso mais na vida. Não sei por que razão me sinto tão desfazada dela, quando ela, a vida, me tem trazido tantas coisas boas. Talvez eu até faça por isso e mereça cada acontecimento, cada pessoa que ela me traz, mas uma coisa eu sinto, nunca estou suficientemente certa de que sou digna delas. Sei que poderia sempre fazer mais, dar mais, falar, rir, abraçar, amar..
Mais e melhor!
Talvez até, quem sabe, eu devesse trazer verão aos dias de Outono.

P. S.
Este fim de semana fui com a minha bike de comboio até ao Norte visitar uma amiga que o blog me trouxe. Saí de casa era verão, quando cheguei tinha passado uma tempestade que tudo deixou fora do sítio e era pleno Outono....

quarta-feira, 28 de junho de 2017

O que eu fui encontrar

Ao ver fotos antigas por aqui perdidas no meu telefone. Fotos de Góis e Pedrogão Grande onde durante alguns verões acampei lá um fim de semana e dei uma pedaladas.... Já fui lá tão feliz.
Que nostalgia.... Que triste, agora tudo queimado.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Madrugadas

O sino da igreja repica as seis da manhã e eu já acordada. Chateia-me não conseguir aproveitar a noite para dormir, no entanto aprecio aqueles momentos em que posso dar largas à imaginação e ao pensamento sem ter de o cortar a meio porque tenho isto ou aquilo para fazer. Tenho calor, empurro a roupa com os pés , dá - me o frio volto a aconchegar-me. Na ombreira da porta vislumbro os contornos da Rosa Maria e do Zé, os meus dois gatos, sentados à espera que um de nós se levante para lhes dar o Pires de leite. Somos de hábitos. Tomara que cheira-se a café acabado de fazer. Mas não. Espreguicei-me lentamente e dei largas ao pensamento.
Hoje vai ser um bom dia.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ilhas

Um pedaço de chão rodeado de água, pejado de altas montanhas e vales plenos de águas cristalinas e planícies verdejantes. Nuvens, sóis e luas. Tempestades. Uma pessoa é uma ilha!
Sei de ilhas onde sempre brilha o sol e, na minha barcaça, remo calmamente até lá, atraco na enseada e entro ilha adentro.
Sei porém de outras ilhas, onde chove dias consecutivos e onde troveja amiúde, o que torna difícil a atracagem da minha barcaça. Há pois que aguardar que os trovões cessem, que a chuva amaine e o sol espreite para poder entrar.
E sei ainda de ilhas onde não consigo nunca entrar porque a névoa é tão densa e o céu tão escuro e carregado que não consigo ver sequer a enseada.
Tempos houve em que quanto mais densa era a névoa, mais desejava eu entrar, já neste momento, não me tragam névoas, tragam-me sóis.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Prisioneira, mas só um pouco

O dia acontece lá fora e eu vejo-o da janela.
Através dos janelões da sala onde trabalho posso vislumbrar o céu, algumas árvores e arbustos e os carros a movimentarem-se na estrada. Absorta no trabalho gosto porém de olhar a janela de quando em vez a ver um pouco do mundo. O céu estava pintado de vários tons de cinza onde nuvens corriam apressadas. A chuva caiu mais uma vez o dia todo deixando rios de água nos vidros distorcendo-me a visão. Ainda mais, já que os meus olhos teimam em não se adaptar á porcaria dos óculos progressivos que já foram diversas vezes arrumados dentro da caixa, mas acabei sempre por nos dar, a eles e a mim, uma nova oportunidade. Esta minha teimosia com tudo ainda me leva á loucura. 
Hoje, na minha janela não se cruzaram passaritos, apenas aviões e pelo dançar constante das árvores parecia-me que estava frio e vento, mas só dei por eles quando saí e alguns pingos me molharam a cara, peguei no carro e parti para a minha segunda vida. A vida depois do trabalho. Aprecio ambas.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Mudar

Acordei a meio da noite muito agitada, a mente confusa de vários sonhos sem nexo, uns mais do que outros, todos a rondar o pesadelo. Com a luz difusa que vinha da escada olhei em volta, estranhei a gata não estar a meus pés enroscada, desci a escada e lá estava ela na sua almofada frente á lareira e ainda bem pois a colcha nova, cuidadosamente dobrada provavelmente não tinha ainda pelos, uma questão de dias. Meu filho dormia no sofá  de luzes acesas e tv ligada, ainda não sabe da conta da luz astronómica que recebi. Sinto que ando a ser roubada! Desliguei tudo e suspirei, amanhã temos de conversar sobre as novas regras cá de casa. Voltei para a cama, passei a mão na colcha e o toque suave e o cheiro a novo sossegou-me. Cheguei-me a ele e aconcheguei-me para voltar a dormir, o som da sua respiração profunda e tranquila sossega-me. Uma palavra porém não me saía da cabeça. Mudança.
Mudamos sem nos apercebermos, mudamos porque assim queremos, por vezes porque tal nos é imposto ou  porque determinadas circunstâncias á mudança conduzem.
Mudar os nossos lugares, as nossas pessoas, a casa, o carro, a profissão, a atitude, a imagem, a vida, mudar seja lá do que for. Umas mudanças agradam-nos, outras nem por isso, mas uma coisa é certa, mudar alarga-nos os horizontes, os conhecimentos, a visão que temos das coisas e das pessoas. A mudança enriquece-nos. Acima de tudo dá-nos esperança e motivação. Mudar é positivo.
Adormeci.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ainda os laços

Laços que unem, que acompanham vida fora e que se vão partindo...

Contei-vos aqui como fiquei triste com a doença da palmeira de minha mãe que foi apanhada pela praga de escaravelhos. Nada a fazer, teria de ser cortada faseadamente e no fim arrancada a raiz com uma draga pois é uma palmeira com muitos anos e tem raízes enormes. A sugestão que me deram na altura em que publiquei o post foi colocar uma nova palmeira no lugar desta. O jardineiro diz que não pode ser, os escaravelhos vão ficar por ali algum tempo e como a maioria das palmeiras da zona estão afetadas, rapidamente a nova ia ser contaminada...
Sei que é só uma palmeira mas não, é muito mais do que isso, é mais um laço que se parte...

Com a doença ficou assim:



O primeiro corte:



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"Underground"

Sala escura, isolada, de fumo enevoada
Folhas rasgadas de palavras sentidas, de prosas gritadas
Sentimentos mudos, corações esquecidos, vidas estilhaçadas, mundos partidos
Ao fundo a aparelhagem debita novos sons, novos beats, que com sorte, tornar-se-ão hits
Microfones ligados, cigarros mal apagados, sentidos alterados
Copos cheios, copos vazios, lãmpadas sem luz
Corpos cansados, debotados que esta vida seduz
Vivem de noite, vegetam de dia
Alimentam-se de sonhos e de ódios no seu dia a dia
Estranhos, alienados, diferentes e afastados
Underground!
Um mundo em cuja porta não quero entrar e onde nas janelas não me permitem espreitar...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Ora arranquemos lá com isto

Não fosse o último dia de dois mil e quinze me ter levado o meu cão e eu estar com ele no pensamento, esta teria sido mais uma viragem de ano cheia de alegria e muita esperança. 
Era um bom cão, o meu, de olhos meigos, pelagem quase branca, e umas patorras enormes. Cinquenta quilos de cão. Tão tonto que ele era, todas as manhãs corria que nem louco pelo quintal de orelhas ao vento e depois vinha deitar-se a meus pés para as festinhas do dia. Já me morreram três cães, todos já velhinhos, todos me fizeram falta, todos me fizeram sentir um pouco mais vazia. Custa-me a partida dos meus animais.
E agora que estive a procrastinar todo o santo dia e até já estou cansada de não fazer nenhum, arranquemos lá com isto do novo ano. Amanhã, por coisas cá minhas, é dia de pedalada até Fátima.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Nos teus passos

Nos teus passos eu sigo.
Atrás de ti, á tua frente, ao teu lado...
Nos teus passos eu vejo o sol, eu vejo a lua e as estrelas
Nos teus passos eu rio, eu choro, eu acredito e confio
Nos teus passos eu vivo, seguindo-os de olhos vendados
Aos teus passos eu junto os meus e juntos caminhamos já lá vai quase uma vida
Venha a chuva, venha a tormenta, venha tudo o que tiver de vir
Os teus passos e os meus são um só.