sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Agora a sério


Este que está a terminar foi um ano dos difíceis. Começou mal, continuou mal. Tão mal que quis terminá-lo e começar um novo em julho. Não resultou. Continuo a tentar encontrar-me no meio da confusão, quando já tenho idade suficiente para não me perder. Mas não vale a pena enumerar o que correu mal a nível pessoal, profissional e familiar, isto é, a todos os níveis, portanto, mas sim, vale muito a pena, encaixotar e arrumar a parte do ano mau e lembrar o que de bom aconteceu e que, ainda assim, foi tanto.
Pese embora os acontecimentos barra contratempos, Mamãe sobreviveu, Sogro sobreviveu, as minhas relações afetivas sobreviveram. O meu corpo, pese embora as alterações, sobreviveu, já a minha alma, ah, a alma, com algumas ajudas, cá vai andando, periclitante uns dias, cheia de certezas da vida em outros.
Fui à bênção das pastas de MaiNovo e vim de lá inchada de orgulho. Meu MaisVelho está finalmente a encontrar o seu caminho e a ganhar juízo e nada me deixa mais feliz do que isso. Tenho tentado ser maior todos os dias. Faço das tripas coração para apoiar a família em momentos difíceis, mas não tem sido fácil pois faço-o à minha maneira, a qual é, digamos, peculiar, e me deixa sempre um amargo de boca. Fiz o que mais gosto. Percorri doze aldeias históricas a pedalar e mais a Costa Vicentina, conheci melhor Fafe, Amarante, Póvoa, Mondim e Caramulo, tudo ao pedal. Pedalei por muitos outros lugares no Norte, no Centro e no Sul do país, num total de quase seis mil quilómetros, conhecendo pessoas e terras, vendo paisagens que enchem o coração e vivendo emoções indescritíveis. Percorri outros tantos quilómetros de avião e conheci Praga de lés a lés. Este ano andei numa roda viva, no fundo talvez a fugir de mim. E dos outros. Andei numa luta pessoal constantemente. Os meus dois eus debateram-se como nunca, e eu quis desaparecer, fugir, partir para outro lugar muitas e muitas vezes, mas fiquei, vou ficando, fico sempre e agora os meus eus estão mais calmos e mais tranquilos. Conquanto se mantenham assim, está tudo bem.
Sou pessoa de esperanças e de novas oportunidades. Sou pessoa de lutas. E por tudo isto estou pronta para mais uma época natalícia, em paz, junto da família e aguardo um novo ano cheio de tudo.

Desejo-vos a todos um Feliz Natal e um Novo Ano cheio de coisas boas.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Mal Dormida

Eu já desconfiava, derivado da proximidade da minha amiga insónia, que não me larga desde que travei conhecimento com a minha pessoa, que tinha problemas com o sono e o sono comigo. Veio então a confirmar-se pelo relógio inteligente que dorme comigo. Sim, além dos telefones, agora há relógios cá com uma esperteza que até o sono nos controlam. Sou gaja de tecnologias eu.
Esta noite o meu sono foi classificado com 56 pontos. Posto isto, o tal do relógio esperto, manda-me deitar mais cedo, não beber água antes de dormir e devido à má qualidade respiratória, manda-me fazer uma dieta saudável para não engordar o pescoço... O gajo até já me disse também que não durmo profundamente, que acordo muitas vezes, que respiro mal... O parvo! Como se eu não soubesse que era uma mal Dormida e que ando tipo zombie.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Coisas da gaja

Se eu tivesse o dom da escrita, fazia agora aqui um texto todo bonito sobre as cenas das mulheres e escrevia os prós e os contras de certas coisas que são inevitáveis nas nossas vidas, colocava dicas e conselhos para minimizar os efeitos e nomes de tratamentos e tudo e tudo.
Se eu fosse uma verdadeira lady, não falava do assunto e disfarçadamente abria a janela, despia o casaco ou ia até à rua apanhar ar.
Se eu fosse uma gaja certinha ia ao Dr. Google pesquisar tudo sobre o assunto e o que deveria fazer que fosse melhor para mim ou dirigia-me ao médico especialista para pedir conselhos e umas cenas para tomar e acabar com isto.
Mas não, não sou nada disto, serei portanto uma labrega e só quero vir queixar-me do raio destes calores que vão e vêm como se fossem comboios que não fazem greve e que me fazem querer despir ou meter a cabeça de baixo da torneira. Fonix!

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ando aqui muito ocupada

A tentar perceber em que raio de lugar vim eu parar.
Quando pedi aos ET's que me levassem era no intuito de me deixarem num lugar cheio de pinta, afinal....



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Aqueles momentos esquisitos

Em chegado o momento de besuntar as peles para disfarçar as marcas da idade, descaimentos, manchas, olheiras, pés de galinha e assim, desatei a ver tutoriais de auto maquilhagem como se não houvesse amanhã. Além do bb cream, máscara de pestanas e eyeliner, gaja que passa a vida a pedalar de cara lavada para não haver cenas a escorrer dos olhos e das peles, não sei propriamente como aplicar e onde os tais betumes e afins. Adquiridos os artefactos que faltavam, hoje foi o dia da experimentação...
Digamos. Não correu mal. Nem bem. A mim parece-me que levei um murro em cada olho mas ninguém deu por nada de diferente em mim. Afinal, para quem é caixa de óculos, os olhos nem se vêm, além disso não deve ter resultado mesmo. As grelhas ainda cá estão.

P. S. Onde se lê grelhas, são gelhas ok?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Pisca pisca

Não, não é a canção da outra, é mesmo uma reclamação aos senhores que fazem os carros que agora mandam tudo sem piscas. Vejam lá bem, carros tão caros e com defeito...
Não, o problema é dos carros defeituosos e não dos automobilistas que mudam de direção, param, fazem marcha à ré e se estão marimbando para quem vem atrás ou mesmo à frente. Piscas? Que raio é isso? Se ninguém faz porque carga de água hão - de fazer os que vão à frente da minha pessoa??. Bom, e posto isto, se por ventura estiverem parados no meio da estrada à espera de mudar de direção sem os piscas a funcionar, não se admirem se levarem comigo por detrás. Eu, uma gaja ensonada, a uma segunda-feira de manhã, sem café ainda no bucho e pitosga. Ah pois!!
Ainda não aconteceu porque sou moça com poder de adivinhação e reflexos mega rápidos mas poderá...