segunda-feira, 10 de maio de 2021

16/2021 - Estranha forma de ser

Pese embora a ansia de desconfinar, respirar liberdade e viver, agora dou por mim ainda enclausurada e a ir á janela ver a rua. Há coisas que não entendo...

Da gaveta dos projetos, resolvi tirar um há muito ansiado e finalizei os preparativos. Se os astros e a terra e mais as gentes sem viroses se alinharem, lá para o final do mês voltarei a partir para mais uma aventura de bicicleta. Aí sim, estarei no meu elemento...

Temo que o verdadeiro Kadafi tenha baixado na minha bola de pelo fofinha. Pois que meu Kadafi, o gato, tem vindo a revelar dupla personalidade. Quando estou presente vem todo dengoso pedir mimo e aninhar-se que nem um anjo para longas sonecas, mas quando viro costas, transforma-se em diabrete. Um autêntico destruidor de jarras e arranjos florais, roedor de fios e dedos e unhadas nas cortinas é mato, apesar de cuidadosamente aparadas. Desconhecedora de que tal gatinho bebé soubesse voar, deixei peixe a tomar de sal e enquanto fui colher salsa ao quintal, o sacana do patudo apoderou-se e roeu uma das postas.... Ainda vou ter de arranjar um ATL...

Um dia destes decidi ver pessoas e forcei-me a entrar numa loja para ver as modas. OMG, com certeza adormeci e acordei  numa outra dimensão qualquer que não a minha. O que é feito das t-shirts e blusas pela anca, encolheu tudo?? E porque é que as calças de repente são à boca de sino ou largas e à meia canela? Céus! Os modelitos agora só tapam mesmo as mamocas e deixam tudo quanto é pele amostra? É desta que vou ter mesmo de procurar lojas para mais de cinquenta? Recuso-me terminantemente a aceitar tal coisa...

Hoje decidi não calçar meias (não perguntem) tenho os pés gelados, pode? Onde está a primavera e o que fizeram com ela?