Mostrar mensagens com a etiqueta A grande viagem. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A grande viagem. Mostrar todas as mensagens

domingo, 6 de maio de 2018

O meu mar

Se os dias em que pedalei pela serra foram fantásticos, se vi montes, se vi vales, se andei acompanhada do cântico dos pássaros, se passei riachos e aldeias, se me achei, me reencontrei, se a minha paz se engrandeceu, se a minha alma se recompôs, voltar à minha praia e ao meu mar dá-me sempre anos de vida. O sol voltou e eu fui vê-lo. Estava lá, tal e qual e à minha espera...



quarta-feira, 25 de abril de 2018

E prontus!

Um dia já lá vai pela GR 22 a  rota das aldeias históricas, primeira etapa Castelo Novo - Idanha - Monsanto já está. Foi abrir e fechar cercas, passar rios, dizer adeus às vaquinhas e às cabrinhas e pedalar com um calor do caraças. 29 graus, chega? Adoro estas aldeiazinhas típicas

domingo, 1 de abril de 2018

Countdown


Aquele friozinho na barriga já começou. O frenezim e a ansiedade de pensar em tudo, de preparar tudo para que mais um sonho se concretize é uma sensação inexplicável e só passa quando chegar o dia de partir para mais um enorme desafio, mais uma grande viagem e acima de tudo, mais uma aventura.
Faltam 22 dias.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Lembranças de Santiago

Como em tudo nesta vida, o tempo vai suavizando os acontecimentos, sossegando as emoções e apagando certos pormenores até então presentes em nós todos os dias. Há no entanto momentos que nos ficam gravados nos recantos da memória e vai não vai, a nossa cabeça vai buscá-los. Das memórias que me acompanham constantemente, uma delas é sobre a grande viagem a Santiago onde conclui o quão pequenos e relativos são os nossos próprios mundos, apesar de os acharmos os maiores e mais importantes de todos. Numa enorme montanha, cada um de nós não é mais do que uma das pedras e há egos tão, mas tão grandes, que uma montanha não chegaria para os albergar.
Momentos houve em que ía focada no meu próprio sofrimento, nas minhas próprias dificuldades, nas minhas dores nas pernas,  no pó, no calor abrasador ou no suor a escorrer-me para os olhos, no peso dos alforges e nos quilómetros que ainda me faltavam para chegar, quando avistava outros peregrinos, a pé, carregadíssimos, coxos, e com aquele calor a caminharem apoiados nos cajados mas que continuavam a andar, cheios de vontade e determinação e a sorrir nos desejavam "Bon Camino". Noutro lugar deparei-me com um cesto de limões e garrafões de água à disposição de quem passa-se, noutro ainda, numa fonte estava um casal a encher garrafões de água e assim que nos aproximámos afastou-se para que saciássemos a sede e molhássemos a cara e depois... depois veio a Labruja e eu não podia com a minha bike tão pesada para subir aquelas pedras até lá acima e alguém ma levou. Chamei-lhe o meu anjo da guarda e nesse momento jurei a mim mesma que iria recordar-me para sempre daqueles momentos e do que eles me ensinaram.
E é por tudo isto que quando oiço alguém apregoar o quão maravilhoso é e os outros não, me sinto estranhamente alienada e num outro mundo....





terça-feira, 20 de junho de 2017

Voltei, voltei... voltei de lá!

Foram 480 kms de aventura, de calor, de camaradagem, foi o espírito de mosqueteiro, isto é, "um por todos e todos por um". Foram cinco dias de felicidade, de desafio, de dificuldades ultrapassadas, dia a dia, pedalada a pedalada.
Não sei se cheguei mais serena, se mais inquieta, não sei se encontrei o que procuro ou se vou continuar na minha luta. O que eu sei é que seguramente cheguei diferente. O que eu sei é que as lágrimas que me saltaram dos olhos assim que cheguei finalmente à praça em Compostela vieram do coração. Foram lágrimas de alegria, foram de felicidade, foram de gratidão e superação. Foram também de alívio, que já me doía o cú e as pernas e as costas e tudo e mais alguma coisa.
Há experiências, há pessoas, há situações que nos tornam melhores.
Sim, cheguei uma melhor pessoa, cheguei seguramente mais forte e com outra perspetiva de vida.