quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Até já

Esta que vos escreve vai fazer uma pausa por tempo indeterminado. Poderá ser muito ou muito pouco, logo se vê, mas as portas e janelas deste blog vão estar corridas até que me canse de ter o mail às moscas por falta de comentários, ou até que esteja mortinha por saber de vós ou até que me dê uma vontade enorme de escrever as parvoíces de  sempre.
Até já.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

No coração do Alentejo

Fui com amigos do centro ao encontro de amigos do Norte, pedalar entre ruínas e castelos ali por terras alentejanas. 
A noite foi boa nas festas de São Mateus em Elvas, mas a partida na manhã seguinte foi debaixo de uma chuva constante e fresca, bastante húmida por sinal que me chegou quase às entranhas, mas nem ela me demoveu de dar início a mais uma aventura bem-disposta e em boa companhia. A roupa havia de se nos secar no pelo. E secou.
Em direção a Estremoz, onde pernoitámos, passamos por várias ruínas e vários castelos onde subimos e mirámos a paisagem. Castelo de Elvas, Forte de Santa Luzia, Capela Nossa Senhora da Ajuda, Ruinas da Ponte da Ajuda onde entrámos em Espanha, terra de “nuestros hermanos”. Em seguinda dirigimo-nos ao embarcadouro no porto de Vila Real de Olivenza, onde, bikes e pessoas passaram de barco para Jorumenha, rumo à fortaleza e ao Castelo de Vila Viçosa, depois Borba e finalmente, após noventa e cinco kms, a Estremoz. A paisagem é alentejana pois claro, entre castelos e fortes, são planícies a perder de vista, cheias de oliveiras e vacas, muitas vacas, ai que bicho tão grande e com cornos. MEDO!
O dia seguinte amanheceu cinzento mas sem chuva e o sol lá havia de dar um ar de sua graça até que veio para ficar.
Abrindo e fechando portões, muitos, tivemos vários encontros com vacas e toiros, cabras e ovelhas. Quilómetros de tomates (tão bons), hectares e hectares de oliveiras e sobreiros. Visitámos os Castelos de Estremoz, Veiros, Barbacena e Fontalva. E veio então a super subida ao Forte da Graça e o término da viagem bem perto do Aqueduto da Amoreira, de novo em Elvas.
Diz-se dos alentejanos que são lentos, é verdade, muuuiiitttooo lentos, mas simpáticos, vá. Diz-se que ali é uma pasmaceira e não se passa nada, é verdade, mesmo, diz-se que há planícies sem fim, é verdade, mesmooooo. Diz-se que é tudo plano, mentiiira!

E foi assim, mais uma super aventura de bicicleta, que me deixou com vontade de voltar ao Alentejo.

(A ordem das fotos é aleatória)




























terça-feira, 17 de setembro de 2019

Acerca de mim



Voilà mes amis!


Sem capacete, sem sapatos de encaixe e sem lycras.
O pior mesmo foram os saltos altos que isto de andar em pontas já não é para mim. Ao fim de uma hora pediram substituição e eu substituí-os.
 Ah! E o soutiã de colar. A meio do dia puf! Pochete com ele. De resto, primeiro estranhei-me mas depois encarnei a personagem. Só voltei foi a respirar à noite quando tirei o fato que foi comprado cinco quilos antes.
Até.

Lycras

Quando se fala em mulheres no ciclismo,  a maioria dos homens imagina mais ou menos isto:

~

Existem alguns sites e páginas carregadinhos com fotos destas mas eu não sei bem se elas, as moças,  existem pois as ciclistas que eu conheço são mulheres absolutamente normais, corpos mais ou menos atléticos é verdade, mas não se maquilham para pedalar nem têm aparência nem corpo de modelos. São desportistas e a preocupação é pedalar. Ponto.
Ainda assim, muitos homens quando vêm mulheres a pedalar de lycras coladas ao corpo, demoram a ultrapassar, tiram as medidas, mandam piropos e quando vão de carro, olham pelo retrovisor demoradamente para ver o resto, quase, quase até se espetarem no carro da frente.
Tenho pois a dizer-vos moçoilas, que as lycras são lixadas e também deixam os corpitchos dos gajos em V, rabinhos rijinhos e pernocas musculadas, bem à vista. Se gostam de tirar medidas, vão para o ciclismo, ok? Há exemplares deveras interessantes.


Peter Sagan, coisa mailinda!

Mas por favor senhores, quando estiverem a tirar as medidas às moças ciclistas, lembrem-se que isto, que é o prato do dia, não é agradável às nossas delicadas vistas, as lycras são lixadas para todos e portanto, tudo quanto é pele descaída sobressai.... Cuidem-se e deixem-se de merdas.



segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Enquanto o sol não chega


Enquanto me quedo pasmada e embalsamada, a olhar a bruma pela janela e a respirar o fresco e a humidade que vão entrando devagarinho refrescando a sala, não penso, não pestanejo, não me mexo. É, de resto, o que fazem os que estão embalsamados. Não basta ser segunda-feira, acontecimento que me deixa prostrada, mas que eu até aprecio como se de um novo recomeço se tratasse, este será mais um, deste novo ano que começou em setembro. Uma nova semana, um novo recomeço, uma nova tentativa que chega cinzenta. Baralhada e confusa. As palavras presas debaixo da língua sem que mas deixem soltar. A vida não chega para mim. Os dias e as pessoas não chegam para mim. Nem eu.
Sim, esqueci-me de tomar os comprimidos!

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Deixai-os brilhar

Há gente tão boa, tão perfeita, tão assertiva, tão tudo, que por mais que façamos nunca chegaremos aos seus calcanhares.
Não sei se deprima, se apanhe a minha auto estima do chão e me reduza à minha insignificância ou se cague nisso (pardon my French) e me mantenha aqui, apagadita, no meu low profile a deixá-los brilhar...

AHAHAHAHAH



Nem comento, deixo à vossa consideração :D:D:D




terça-feira, 10 de setembro de 2019

Minha gente!


Achei recentemente cinco quilos que alguém perdeu. 
Tão parvas estas pessoas, perdem tudo!

Não sei bem como foi isto acontecer que eu não sou de achar nada que seja dos outros, mas enquanto andei aqui quase a finar de ansiedade e depois perneta e distraída a fazer mapling durante uns tempos e a comer que nem uma lontra todas as gordices que me traziam, vou a ver e pimba. Cá estavam eles agarradinhos a mim.
Posto isto, decidi que esta cena dos estereótipos não haveria de me vencer, que eu ainda estava linda e tirando a largura de costas e o perímetro abdominal, até já possuía uma petite bunda redondinha, coisa que nunca tinha tido. Achei mais um. Quilo, claro. 
Esta gente não é parva, é estúpida mesmo, em vez de guardarem as suas coisas, não, perdem para os outros acharem. 
Bom, digamos que aquela cena da perimenopausa diz o doutor, também não abona a favor se bem que eu não deva preocupar-me pois as mulheres mais cheeinhas têm menos sintomas, diz ele. 
Pois, e se ele diz eu sou gaja para acreditar.
Tudo muito lindo sim, não fosse isto tornar-se um caso de praticamente vida ou morte. É que quando estou vestida mal consigo respirar. Sei lá, a roupa aperta-me, dá-me ideia que encolheu e o ar não passa. Pois. E se eu não respirar, caio para o lado, certo? Certo!
Vida ou morte pois claro.

Uuooohhh! Pensei. Espera lá que isto agora já é a sério e eu tenho de fazer alguma coisa.

Gente:
1- Vou ao nutri do ginásio?
2- Como apenas umas folhitas de alface durante uns tempos?
3- Faço exercício físico como se não houvesse amanhã?
4- Ou … mando alargar a roupa?



segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Côja – Portas do Açor



Tenho de vir aqui dar-vos conta que esta Gaja que vos escreve, uma cota de mais de cinquenta que não sabe fazer crochet mas devia, ensandeceu de vez.
À força de querer se alimentar de aventuras e desafios por vezes calham na rifa situações extremas de loucura como foi a de sábado passado. Desafio NGPS, isto é, evento de BTT com navegação GPS e autonomia total, por si só já significa dureza e dificuldade, mas com as condições climatéricas que se faziam sentir nesse dia, a coisa piorou e muito. Não foi por acaso que a maioria dos participantes optou por fazer o percurso mais curto, mas nós não. A ir para tão longe de casa e a fazer, é em grande e em bom, pois claro.
Subir e descer autênticas paredes a pedalar, de manhã, pela fresca e em muitas zonas verdes, foi desafiante e até se revelou maravilhoso, já á tarde, com perto de quarenta graus, quilómetros e quilómetros de serra deserta, ao ponto de se nos acabar a água e a comida no meio do nada, foi desesperante e assustador. Estive prestes a matar alguém, coisa que não fiz por falta de forças e pessoas a quem matar. Salvou-nos um eremita inglês, uma alma penada a viver no meio desse nada, sozinho, que nos encheu os bidões de água fresca. Mas que raio faz ali aquela alma, ainda por cima a dizer “I love this, I love this”. Mas qual love this qual quê, ele já tinha era os miolos fritos de tanto calor e tanto pó, só pode. Quem no seu juízo perfeito, vai viver para ali?
Bom, após inúmeras pragas rogadas e muitas caralhadas, da minha parte, claro, subidas e descidas sem fim ao pó e ao calor, a setecentos e cinquenta metros da meta, um dos meus compinchas disse que ia desfalecer e desfaleceu. Uma bizarma de um metro e oitenta... Barra energética pela goela abaixo, água fresca e vinte minutos de descanso depois, lá chegámos. Carai, que dia!!
Sei que cheguei a casa perto das nove da noite podre de cansaço e ontem dormi o dia todo na praia. Ao menos que me sirva de lição.
Ou não.
Até ao próximo desafio.














quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Primeiro grande amor


A paixão passou, o amor esfriou e a relação murchou..
Anos de paixão foram dando lugar a anos de luta no intuito de minimizar aquela angústia, aquela solidão e os desenganos de ambas as partes. Mas com o tempo as vozes foram-se calando, os abraços foram escasseando, os sorrisos foram-se perdendo. E o coração foi mirrando. Nada mais havia que dissessem um ao outro embora o que os unia ainda fosse maior do que o que os separava, no entanto, um certo momento houve em que um basta tomou forma.
É difícil viver em desamor.
Entretanto, ambos encontraram outras vozes, outros beijos e abraços, outros que os aconchegassem nas noites tristes. Seriam outros amores?
Não, diz-me ela, que o primeiro grande amor nunca se esquece e fica para sempre colado na pele. Dele nasceram frutos e esses frutos são dos dois. O melhor dos dois. Daqueles dois.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Solidão


Pergunto-me por vezes o que é de facto a solidão.
Pode estar-se sozinho e não se sentir só, mas também pode estar-se rodeado de gente e estar desesperadamente só.
Solidão não é estar só, solidão é sentir-se só. Solidão é uma profunda sensação de vazio e isolamento. Solidão é um sentimento, um estado de espírito.
Quer se procure ou não, quer se contrarie ou não, quer se queira ou não, o sentimento de solidão poder-se-á controlar?

terça-feira, 3 de setembro de 2019

xiiiuuu!

Eu não estou aqui!
Depois da rentré no gym com uma aula de body pump, outra de bumbum fit e outra de zumba mais vinte minutos de abs. Morri! Eles andam à minha procura, mas eu não estou aqui!!