Como elas, as cerejas, são as conversas.
Vem uma, depois outra e mais outra e vai-se a ver, lá se foi um saco delas. Num desses sacos descobri, alheia que sou em determinados assuntos, que há grupos de mulheres que se unem para tratar de tudo quanto é assunto que lhes diga respeito. Que assim seja! Ele há grupos de mães, grupos de avós, grupos de mulheres de cabelos brancos, de outras que têm caracóis, as dos cabelos lisos, as da menopausa, as que fazem tricot, as que gostam de decoração, as deprimidas, as ciclistas, as caminheiras, as que fazem dieta, as que têm rugas, as que gostam de escrever, as que Têm cães e quem sabe até as de coisa nenhuma ou as de tudo e mais alguma coisa.
E se as cerejas vêm aos quilos, certa estou de que as conversas também e todos estes grupos têm dezenas, senão centenas de membros. E como não só de curiosidade e sede de saber vive uma mulher, necessário é que haja muuuito tempo e muuuuiita paciência para todos estes grupos. E eu sem ambos e me parece, terei de continuar alheia.