Pessoas boas.

Estamos num mundo cão e egoísta onde é cada um por si e ninguém faz nada por ninguém. Disso temos exemplos todos os dias e eu não me ponho de fora, pois uma pessoa tem de estar atenta ou é pisada todos os dias.

Ainda assim, no meio de toda esta selva, encontram-se pessoas boas.

Até Junho, o meu horário de trabalho era até às 18 h sendo que as aulas no ginásio começavam às 18.30. Tinha de percorrer cerca de 13 kms cheios de trânsito e semáforos e passadeiras que nem uma louca para lá chegar, já ter o malote pronto no carro, trocar de roupa a correr e muitas vezes entrava nas aulas atrasada, ficava ao fundo da sala, não via nem ouvia a professora e muitas vezes já só havia pesos e caneleiras dos mais pesados que nem o Hercules conseguiria levantar.

Eu gosto mesmo é de ficar á frente.

Vendo isto, houve uma alma caridosa a quem passei a chamar vizinha na brincadeira que se apercebeu e todas as aulas me guardava o lugar da frente e me punha lá os materiais necessários.

Fiquei tão grata que passei a dar-lhe bombons no Natal e tornámo-nos amigas.

Penso muitas vezes nela.

E quando tenho quezílias com amigas ou colegas de trabalho, penso sempre nela e tento tornar-me uma pessoa melhor.

Afinal ainda há pessoas boas e que nos inspiram...

Obrigada vizinha Ana!