terça-feira, 31 de maio de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Palavras soltas
Há dias em que as palavras se quedam mudas, ficam presas na garganta, desfazem-se antes de conseguirem juntar-se para formarem frases, prisioneiras de si mesmas e de um feitiço lancado às cegas. Palavras mudas. Palavras presas. E eu que preciso delas para viver quanto mais não seja formadas e alinhadas, á porta, prontas para o que der e vier.
Hoje não será um desses dias.
sábado, 28 de maio de 2016
O que vêm os teus olhos Gaja Maria?
Uma Gaja anda a treinar para umas cenas. Mais um desafio dos grandes, vá e pedala toda a manhã para poder ir bater perna nas lojas. Sim, Gaja que é Gaja pedaladora também gosta de fazer umas comprinhas de quando em vez. Decidi que nao tinha nada para vestir e tinha mesmo de ser hoje. A meio da tarde uma Gaja acha que merece um gelado, dirige-se ao local indicado para o efeito e pede um cone com uma bola carregada de frutos secos crocantes já a lamber os beiços. Diz-lhe a moça que o gelado está um pouco mole, se o pode colocar num copo. Claro, moça, eu quero é devorar um gelado.... Aí está ele.
Uma espécie de psicologia invertida. Acreditem, não me soube nada bem este gelado ao contrário, todo mole...
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Á briga com uma gata
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Há coisas que nunca mudam
Olho a enfermeira nos olhos e sigo-lhe os movimentos rápidos e certeiros. Observo o tamanho da agulha e quero vê-la entrar-me na carne como sempre gosto de fazer. Não me doi nada. Assim como também não me doi nada durante os quase dois minutos em que o liquido amarelo me penetra bem devagar no músculo do braço e segue o seu caminho espalhando anti corpos por mim abaixo. Sou muito resistente á dor dizem e sou mesmo. Não sei de onde veio esta herança e não a questiono mas ainda bem que veio, tem-me poupado imenso sofrimento.
Há um ano fora da validade no total gastei cerca de quatro minutos a levar uma vacina, os restantes três quartos de hora gastei-os á espera. Á espera para tirar o ticket, á espera que me chamassem, á espera que atualizassem a minha ficha no sistema informático.....
Há coisas que nunca mudam.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Perguntas
Nunca nada é tão difícil como perguntas de filhos às segundas-feiras de manhã assim que acabo de acordar. Tão, mas tão difícil que me parece que falam mandarim e eu que até sou de línguas, de mandarim não pesco nada. Respostas então, só lá para as dez horas.
Descobri agora a resposta. Estou a melhorar nos tempos.
sábado, 21 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Mau presságio
Bootcamp
Se nuns dias me conformo com a idade que de facto tenho, noutros teimo que tenho menos vinte anos. Pois.
Fui ao Bootcamp!
Fizeram duas equipas, a outra tinha um rapaz e três miudas novas, atletas de andebol, a minha, duas mulheres com mais de quarenta e duas miúdas que eu não conhecia, mas eu queria ganhar. Ah carago!
Corrida, abanar cordas super grossas, burpees, levantar pneus de tractor e empurra-los, barras com pesos, escadas, flexões, saltos e agachamentos, tudo o mais depressa que eramos capazes e na rua, no cimento. Perdemos a primeira ronda, ah carago que fiquei danada e atirei-me aquilo de unhas e dentes. Caí em cima do pneu, esfodacei uma unha e fiquei com as mãos todas pretas mas conseguimos empatar a segunda ronda.
Hoje estou toda entrevada....
Acho que tenho de ir para casa fazer gelo no corpo todo.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Quando os planos saem furados
De marmita mas em grande estilo, pois claro.
Queria uma assim mesmo em bom pois as de vidro de irem do frio para o microondas acabam por partir e as de plástico ficam todas quifosas (palavra de filho) ao fim de umas semanas. Procurei, procurei e olhem o que encontrei, com divisórias e tudo para a comida não brigar, própria para o frio e microondas, o plástico é ótimo e a cor magnífica, mesmo a fazer "pandã" com o saco. Mandei vir. Pois que veio. .....
Pois que não liguei ao tamanho e pois que afinal e enormérrima e cabe lá comida para um batalhão de gente, eu que como dois bagos de arroz e estou almoçada. Pois que nem me cabe no saco....
O que é que eu faço a isto?
quarta-feira, 18 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
O graal
Impasse
Finalmente tudo entrou em sintonia e a bússola foi reorientada para o novo norte. A velocidade era cerca de cento e vinte para não empatar o trânsito e ao mesmo tempo não infringir as regras. Com tempo e calmamente chegaria ao seu destino e o Cruise control foi ligado para as próximas horas, quiçá os próximos dias ou meses.
Mas não! Nunca o seu Cruise control fica ligado por mais do que umas horas, apenas e só até que alguns obstáculos surgem na estrada e o desvio é inevitável. De sentidos apurados , reflexos de volta, olhos abertos e mente desperta reorienta mais um novo norte na bússola.
Cansada ...
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Hoje cheirou-me a queijo
E não me venham cá dizer
Que a chuva é fixe e é lindo ver chover e é bom para ficar em casa no quentinho a ver séries e a ler e a namorar e a cozinhar. .... É fixe, o carago para não dizer caralho que uma gaja tem uma reputação a manter.
O céu chora, as flores choram, os passaritos escondem-se e eu estou deprimida. Uma neura daqui até à porra das nuvens carregadas de água para mandar cá para baixo. Por amor da Santa que já não se aguenta. Já nem consigo ver poesia em tanta água....
Por este andar estou aqui estou masé a gritar aos quatro ventos o quão me sinto infeliz e a bater nos colegas de trabalho.
Logo quando chegar a casa acho vou andar de bike à volta da sala, fazer piquenique no quarto, acender a lareira e vestir um vestido de alças e calçar sandálias enquanto me empanturro em chocolates e porcarias. Xiça!
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Casa com gente dentro
domingo, 8 de maio de 2016
A capa
quinta-feira, 5 de maio de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Ementa para os próximos dias
Janelas
O meu olhar perdeu-se tantas vezes por estes dias. A minha mente viajou, andou perdida, viu o meu corpo ali sentado naquela cadeira, quieto e concentrado, porém apático e sem alma. A alma sobreboava todas as pequenas luzes, que se apagavam uma a uma e se uniam transformando-se em apenas uma enorme nuvem negra.
Alma essa, muito ocupada a perfurar a nuvem para deixar entrar o sol, reencontrando-se, fazendo com que cada pequena luz voltasse a brilhar e se transformasse em coisas boas. Aos poucos elas foram vindo. Corpo, alma e coração voltaram a unir-se então e eu confirmo, quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. Ou várias.