Se dói, voltar ao trabalho depois das férias... Dói tanto que ainda ando aqui a colar pensos rápidos por todo o corpo e a cabeça ainda está ligada às máquinas....
Mas foi, foi um solzinho na tola e no corpitcho, foi água salgada, foi areia, foi uma vidinha de dondoca sem cozinhar, lavar e passar. Há lá coisa mais boa?
E foi, foi o livro "um sopro de vida" da Clarice Lispector que encontrei numa livraria perto de mim, com o qual me identifico mas que é um total desassossego. Sei agora que sou ainda mais desassossegada do que alguma vez imaginava e que nem a idade me traz a tranquilidade que tanto anseio. Preciso dar mais uma volta à minha vida, isso sim.
Foi, foi a série "The Handmaid's Tale" tão... Intensa, tão forte, mexe tanto cá dentro que quando fecho os olhos ainda vejo algumas cenas.
Foi, foi "A casa de papel" boa, muito boa.
Foram as pedaladas, foi mais um Caminho, o Caminho Poente, Nazaré - Fátima - Casa, 106 kms para acender uma vela e praticamente ser escorraçada do recinto porque tinha uma bike na mão e não podia incomodar os peregrinos.... Triste, muito triste, inconveniente, arrogante e vergonhoso que foi aquilo.
Foi, foi dançar e pular num concerto longe de mim com os amigos.
Foi, mas foi, acima de tudo perceber que preciso de me meter aí nalguma seita ou grupo de terapia ou quem sabe aprender a fazer crochet para que esta inquietação se vá. Já nada me valha, nem férias, nem trabalho, nem diversão, nada. Sou um caso perdido de desassossego e inquietação. Posto isto, resta-me andar aqui, atrás do rebanho até à coisa amainar :))
Se amainar.
terça-feira, 31 de julho de 2018
Até dói
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Entretanto a Oeste
Posto isto, decidi que não ia ficar para aqui a lamentar-me e a bater com a cabeça nas paredes e hoje acordei determinada a contrariar a minha má sorte. Peguei na bike e na mochila com a tralha de praia disposta a parar apenas quando encontrasse sol. Foi ali aos setenta quilómetros, uma da tarde, almocei na esplanada e fiz-me ao areal de bike e tudo. Sei que fui o centro das atenções durante a montagem do estaminé, mas depois vieram as miúdas surfistas e a praia esqueceu-se de mim. Cheguei ciclista, encostei a bike ao pau ao lado do da da bandeira que estava verde, saquei da toalha e num instante me fiz banhista pois trazia o outfit por baixo do jersey e dos calções. Saco do protetor, óculos, livro e tomo umas banhocas no mar. Gente, do melhor. E depois, se levam pranchas de surf, rádios em altos berros, bolas e raquetes, colchões, barcos, porque não bicicletas? Não sei porque não param de olhar..
Depois do gelado fiz-me de novo ao caminho para voltar a casa. Foi um total de cem quilómetros que eu fiz hoje para ter quatro horas de praia. Tinham bastado oito kms para cada lado de carro da parte da tarde que foi quando apareceu o sol nas praias e podia ter tido uma tarde inteirinha de sol. Poder podia, mas não era a mesma coisa...
sábado, 21 de julho de 2018
Sim, cinquenta e depois?
"A pele que habito"
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Alô, alô
Pois posso dizer-vos que aqui por terras do sul há muuuuiiittto sol e mar e calor e até vento. Pessoas então é mato de todas as raças e cores...
Mas por onde andam os Tugas afinal?
Também vos posso dizer que não há protetor que me salve e que a coisa se repete ano após ano. É o filha da mãe do karma e eu voltei a ser prima das lagostas. E sim, voltei a apanhar um escaldão nos pés. Pois... Dizem que o protetor é resistente à água, mentira.... A partir de agora, écran total em toda eu e não há cá facilitansos.
Posso também dizer-vos que tenho levado a chave da praia para a abrir todas as manhãs mas hoje, finalmente, o botão desligou-se e cometi uma loucura, dormi até às 9:30. Yeahh! Palmilho quilómetros pela praia todas as manhãs, não sei para quê, são cenas do meu bicho carpinteiro e de quem adora sol, gosta de apanhar sol mas não consegue estar a torrar. Ah! Só trouxe dois livros, já marcharam.
E prontus! A fotossíntese está quase e tenho de entregar a chave a outros. Eu já vou.
domingo, 15 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
O clube dos fartos desta merda
quarta-feira, 11 de julho de 2018
sardas, sardinhas e pintarolas
Coisa boa mesmo boa das férias dos outros
E deste tempinho de merdunça aqui do Oeste sem ponta de sol é que as pessoas estão sogaditas paradas e quietas algures por outras paragens ou no vale dos lençóis e as estradas estão vazias. Não se vê vivalma à exceção claro, daqueles que como eu adoram o seu trabalho e não arredam pé.
Ai se me apanho de papo para o ar nem que seja num areal ao frio e à chuva.....
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Não sei...
Mas gostava de entender porque há - de a vida complicar-se tanto em certos momentos, porque nos dá e nós tira constantemente, porque nos põe à prova todos os dias. Só espero estar à altura de tanto desafio....