Rejubilemos!

Foi com enorme alegria e rejubilando que Gaja Maria saiu hoje do trabalho, conduzindo o seu bolinhas azul a cento e 200 à hora e com todos os vidros abertos, respirando o ar da tarde como se de um descapotável se tratasse.

Mentalmente viu passar as imagens: panaché, prato de caracóis, esplanada, sol…

Mas bem sabendo o caminho, bolinhas azul dirigiu-se rapidamente para casa.

Verificando Gaja Maria a ausência de caracóis, resolveu atacar no queijo Palhais com pão saloio que sobrara do fim-de-semana (rijo como cornos) e verificando igualmente que não tinha cerveja, Gaja espreme 3 laranjas de pele encarquilhada do quintal de Mamãe e sorve de um só trago aquele néctar dos deuses.

Refastelada na varanda pensou: “Agora o que sabia mesmo bem, era um cigarrito”

NÃO!

Gaja Maria até se assustou com o grito do seu subconsciente que a despertou de tão inebriante e maravilhoso torpor.

“Levanta-te e mexe-te”- ordenou

Um pouco contrariada,  trocou de roupa e dirigiu-se para o ginásio.

Entre caneleiras, barra, halteres, abdominais, pedalar, apertar resistência, alongar, fez de tudo com garra e afinco. O Suor escorre-lhe pela face e a roupa está colada e pegajosa quando termina.

Gaja Maria está cansada mas feliz e o sorriso aflora-lhe os lábios ao pensar que o esforço compensa quando alguém ainda lhe cama “Menina” (de vez em quando, muito de vez em quando, raramente vá!)

É indescritível a paz, a felicidade, e a tranquilidade que Gaja Maria sente ao voltar para casa ao volante do seu bolinhas azul e a cantarolar baixinho as músicas que passam na rádio…

Até amanhã!