Hoje não me disse grande coisa até porque nem tempo tive para olhar para ele. Pareceu-me ouvi-lo sussurrar que as minhas favas guisadas com ovos escalfados eram as melhores do mundo. Fui a correr cozinhá-las, mas já vi que o tipo é muito mentirosos pois cá em casa, além da minha pessoa, ninguém gosta.. :(
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Ei-lo
Hoje não me disse grande coisa até porque nem tempo tive para olhar para ele. Pareceu-me ouvi-lo sussurrar que as minhas favas guisadas com ovos escalfados eram as melhores do mundo. Fui a correr cozinhá-las, mas já vi que o tipo é muito mentirosos pois cá em casa, além da minha pessoa, ninguém gosta.. :(
terça-feira, 30 de maio de 2017
Pinheiro manso
Hoje, empurrado pelo vento forte gesticulava tanto, mas tanto de um lado para o outro que parecia furioso com alguém. De tanto olhar aqueles movimentos quase fiquei hipnotizada. Imaginei-o ainda maior, assustador, a crescer para mim e a proferir palavras que eu não entendia. Desviei o olhar.
Mais tarde voltei a olhá-lo. O sol tornou-o dourado, parecia que bailava, abanava-se suavemente. Para mim ele sorria ao mesmo tempo que dizia "deixa lá isso, não leves tudo tão a peito".
Veremos o que me vai dizer amanhã.
domingo, 28 de maio de 2017
Boa tarde Célia
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Espiga e bruxaria
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Bolhas
sexta-feira, 19 de maio de 2017
La tortura
Trabalhar todas as sextas feiras no antro da confraria do pastel de nata não é bom. Temo ficar com a visão e o olfato definitivamente comprometidos....
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Sopro
Hoje acordei amarrotada, envelhecida, praticamente desprendida, tristemente ausente e desnudada. Desejosa de que a ventania que se fazia ouvir nas frinchas das minhas janelas me arrancasse e levasse para bem longe assim que eu abrisse a porta e saísse para a rua.
Voltaria quando o sol brilhasse e o vento amainasse. Voltaria quando um pequeno sopro o meu coração sossegasse.
Não me levou, mas ainda vai levar.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Vidas
Por entre as vidas eloquentes e intensas, marcantes e especiais, dramáticas ou felizes que há por aí, a minha é só uma vida.
Há quem seja rico, descendente da realeza, conduza um Porsche. Há quem seja especialmente bonito, ou se destaque pela altura, ou saiba escrever, pintar, correr, cantar. Há quem seja bom pai, bom filho ou a esposa exemplar. Há quem trabalhe num lugar de chefia, seja um líder ou tenha algum atributo que faz de si um ídolo ou um exemplo a seguir.
Eu não sou nada nem ninguém e nunca fiz nada de grandiosamente espetacular. Talvez por isso a minha vida seja apenas e só uma vida. Uma vida onde por vezes faz sol e por vezes chove, uma vida ora monótona, ora cheia de sobressaltos. Mas uma vida. A minha.
E enquanto penso nisto, há um pequeno aranhiço a passear-se no meu ecrã.
Um aranhiço é prenúncio de dinheiro não é?
Parece então que a minha vida vai mudar...
domingo, 14 de maio de 2017
Encontro
Olhei devagar, demoradamente, perdi-me no horizonte azul, raiado de montículos de nuvens brancas. Não te encontrei. Nem a mim.
Percorri caminhos apertados e estradas longínquas e sinuosas, quilómetros sem fim. Não te encontrei. Nem a mim.
Corri, nadei, voei, cantei, chamei, gritei. Não te encontrei. Nem a mim.
De súbito abri bem os olhos e vi. Vínhamos os dois, de mão dada pelo areal num passo lento e curto. Os pés descalços a chapinhar na água, as almas nuas de tudo e de todos. Vínhamos os dois, encontrámo-nos um ao outro.
Voltemos então às nossas vidinhas
Muitas lições aprendemos este fim de semana. Que elas nos sirvam para as nossas vidas. Voltemos então a elas...
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Digam o que disserem
Concordem ou não, gostem ou não, acreditem ou não. A fé é mesmo um "pormaior".
Emocionei-me
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Chegou!
Após uma incursão pelo IMTT online, após uma viagem a uma agência documental, após três visitas ao próprio IMTT, uma das quais para descobrir que eu e outra pessoa tinhamos o mesmo número de carta de condução e outra para uma entrevista para provar que a minha permissão de conduzir não era falsa, quatro longos meses depois, após chegarem os registos manuscritos dos arquivos centrais de Évora e dos de Lisboa e de chegarem a conclusão que alguém, algures no tempo tinha cometido um erro, chegou finalmente a renovação da minha carta de condução. Já não estou fora da lei. Yeihhh!
Outras
É nos dias em que me falham as palavras que mais emoções se atropelam dentro de mim. Talvez porque sinta alegria, mas ao mesmo tempo tristeza, talvez porque tente respirar fundo e me falte o ar, talvez porque sinto sol cá dentro e veja a chuva lá fora, não as consiga catalogar e verbalizar.
Recorri ao meu índice de emoções para escolher e lhes dar um nome, percorri-o de alto abaixo e apenas escolhi o último item.
Diz:
* Outras...
Agora sim
Sou uma gaja que está na moda.
Não que tenha comprado uns sapatos da última coleção Jimmy Choo, uns óculos de sol Prada ou uma mala Louis Vitton. Não.
Eu comprei e estou a comer umas bolachas integrais de grãos ancestrais, isto é, quinoa, chia e linhaça. Agora sim, sou uma gaja que está na moda.
E não é que nem são más?
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Filhos de ninguém
Abri a janela de par em par para sorver a brisa fresca da manhã e encher os pulmões de alegria e de esperança. Enquanto ouço o chilrear dos passaritos penso nos filhos de ninguém.
E eu tenho um.
Jurei a mim mesma que este ano não me ia doer quando chegasse o fim do dia sem receber um beijo e um "feliz dia da Mãe" deste meu filho de ninguém.
Não recebi.
E continua a doer. Muito.
Todos os anos me dói. Não só neste dia, mas em todos os dias em que ele teima em ser filho de ninguém...
sábado, 6 de maio de 2017
Fátima
Até amanhã
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Estranha forma de ser
Tenho em mim umas asas que tanto se abrem e me deixam voar qual pássaro tonto em dias mornos de primavera como se fecham e me prendem à terra, quedando-me quieta e quase sem vida.
Tenho em mim umas palavras que tanto saem que se atrapalham umas às outras, como se me prendem e enrolam na garganta sem que as consiga proferir.
Tenho em mim tamanho amor, ansioso por se espalhar e em chegando a hora fica apenas a olhar.
Tenho beijos, tenho abraços, tenho lágrimas à flor da pele.
Tenho calor, tenho frio, sinto alegria e logo um arrepio.
Estranha forma de ser.
quarta-feira, 3 de maio de 2017
terça-feira, 2 de maio de 2017
Agridoce
É uma confusão o que sinto cá dentro, um turbilhão, uma loucura de atitudes boas e más que gira na minha cabeça e me confunde, um conjunto de palavras ditas sem sentir que se esfuma sempre que o ego de cada um fala mais alto. E depois há os outros, aqueles que não falam mas nos mostram o quão estão lá para nós e para os outros.
É uma confusão o que sinto cá dentro e por mais anos que viva nunca vou estar preparada para deixar de me surpreender com pessoas. Umas pela positiva, outras pela negativa.
Achava que sabia ler olhos e corações, decifrar sorrisos. Mas não. O mais engraçado é que já nem dói.