quinta-feira, 30 de abril de 2020
Dia 109 - 46 - Dúvidas
Agora que já vamos ter ordem de soltura, progressiva, é certo, mas que sim, que com as devidas precauções e se tudo correr como previsto lá para junho, estamos desconfinados, será que mantenho a travessia da Nacional 2 de bicicleta com sete pernoitas fora de casa ou cancelo tudo e adio mais um sonho?
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Dia 108 - 45 "Um post por dia até ao fim do corona"
Comecei este post logo de manhãzinha.
Primeiro, escrevi que agora que a quarentena está prestes a findar, me dei conta que neste tempo todo, além de trabalhar, cozinhar, limpar e estar de trombas, não fiz nada. Não li livros, não vi séries, não tirei fotos, não filmei tik toks, não fiz grandes introspeções, não escrevi textos de fazer chorar as pedras da calçada, não meditei sobre a mudança de atitude nem tomei grandes resoluções. Apaguei
Depois, escrevi como estava feliz por iniciarmos finalmente o desconfinamento e embora um pouco a medo e com muito, muito cuidado, paciência e determinação, tudo irá voltar aos seus lugares. Mas depois lembrei-me do teletrabalho, das lays off's, das paletes de desempregados, das pessoas que mal têm dinheiro para comer. Apaguei
Depois... Depois lembrei-me que entretanto vem aí a época de ir à praia. Yupiiii!
terça-feira, 28 de abril de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Dia 106 - 43 "Um post por dia até ao fim do corona"
Usain Bolt
Fui correr. E como sempre que vou correr, faleci três vezes no primeiro quilómetro. Falta de ar, taquicardia, calor, essas coisas, mas depois a coisa, estabilizou, como sempre estabiliza e eu lá continuei. Sete quilómetros, um décimo e qualquer coisa de uma maratona, praticamente nada, portanto, mas uma grande alegria para mim, que correr é uma canseira do caraças. Além do mais, ainda faleci uma quarta vez quando fui atacada pelo Xavier. Afrouxei quando o vi, pareceu-me simpático e fofinho, comecei a passar e assim que ia ao lado dele, o gajo desatou a correr e a ladrar atrás de mim. Quase, quase a trincar-me os calcanhares, fingi apanhar uma pedra e mandar-lhe para o assustar já que não podia fazer mais nada e foi quando ouvi gritar. ''Ai, não faça mal ao meu Xavier que ele é amigo!'' Ui, claro que não lhe faço mal, mas ele é tão amigo que lhe apeteceu trincar-me para me cumprimentar. Gente! Qual Usain Bolt, qual quê, o record dos duzentos metros é meu!
Fui correr. E como sempre que vou correr, faleci três vezes no primeiro quilómetro. Falta de ar, taquicardia, calor, essas coisas, mas depois a coisa, estabilizou, como sempre estabiliza e eu lá continuei. Sete quilómetros, um décimo e qualquer coisa de uma maratona, praticamente nada, portanto, mas uma grande alegria para mim, que correr é uma canseira do caraças. Além do mais, ainda faleci uma quarta vez quando fui atacada pelo Xavier. Afrouxei quando o vi, pareceu-me simpático e fofinho, comecei a passar e assim que ia ao lado dele, o gajo desatou a correr e a ladrar atrás de mim. Quase, quase a trincar-me os calcanhares, fingi apanhar uma pedra e mandar-lhe para o assustar já que não podia fazer mais nada e foi quando ouvi gritar. ''Ai, não faça mal ao meu Xavier que ele é amigo!'' Ui, claro que não lhe faço mal, mas ele é tão amigo que lhe apeteceu trincar-me para me cumprimentar. Gente! Qual Usain Bolt, qual quê, o record dos duzentos metros é meu!
domingo, 26 de abril de 2020
Dia 105 - 42 "Um post por dia até ao fim do corona"
Sorte, fortuna e prosperidade
Enquanto envolvia delicadamente as claras batidas em castelo firme no preparado de chocolate para terminar a mousse e temperava as asinhas de frango para o lanche ajantarado, tudo "discos pedidos", pensava cá com os meus botões na quantidade de grilos que ouvi cantar ontem quando fui pedalar um pouco por aí.
Acho que não ouvia tantos grilos cantar há muito, muito tempo. Imensos a numa grande cantilena o caminho todo. Será do silêncio que os rodeia, será da calmaria, será porque a poluição é menor e eles sobrevivem mais e mais tempo?
Os grilos são conhecidos como símbolo da prosperidade.
São conotados com a sabedoria.
Na China e no Japão, considerados um símbolo de boa sorte, fortuna, prosperidade e vitalidade.
E diz uma lenda que os deuses enviaram os grilos à terra para nos lembrar que devemos ser felizes apesar de tudo.
Só pode ser um bom sinal...
Enquanto envolvia delicadamente as claras batidas em castelo firme no preparado de chocolate para terminar a mousse e temperava as asinhas de frango para o lanche ajantarado, tudo "discos pedidos", pensava cá com os meus botões na quantidade de grilos que ouvi cantar ontem quando fui pedalar um pouco por aí.
Acho que não ouvia tantos grilos cantar há muito, muito tempo. Imensos a numa grande cantilena o caminho todo. Será do silêncio que os rodeia, será da calmaria, será porque a poluição é menor e eles sobrevivem mais e mais tempo?
Os grilos são conhecidos como símbolo da prosperidade.
São conotados com a sabedoria.
Na China e no Japão, considerados um símbolo de boa sorte, fortuna, prosperidade e vitalidade.
E diz uma lenda que os deuses enviaram os grilos à terra para nos lembrar que devemos ser felizes apesar de tudo.
Só pode ser um bom sinal...
sábado, 25 de abril de 2020
Dia 104 - 41 "Um post por dia até ao fim do corona"
Transplante
Encontrei finalmente um lugar condigno para o meu pinheiro-gémeo-de-orquídea e não os consegui separar. Aguardo ansiosamente vê-los crescer juntos, brincar à apanhada, saltar à corta, quem sabe até, jogar à macaca. Talvez um dia destes queiram um quarto para cada um e sair com amigos diferentes e depois vão acabar por separar-se pois talvez um vá para a universidade e o outro queira emigrar. Quem sabe um dia arranjem um amor e acabem por ter filhos. Ou vivam em casa dos pais até aos quarenta, não sei. Pese embora achemos que conhecemos os nossos filhos como um .livro aberto, por vezes eles surpreendem-nos. Veremos.
Bom, depois disto, só me falta escrever um livro. Ou talvez não. Não será uma autobiografia, tudo aquilo que venho aqui escrever? Não conhecem vocês tanto de mim por causa daquilo que escrevo? Está em curso portanto, o livro da minha vida.
Encontrei finalmente um lugar condigno para o meu pinheiro-gémeo-de-orquídea e não os consegui separar. Aguardo ansiosamente vê-los crescer juntos, brincar à apanhada, saltar à corta, quem sabe até, jogar à macaca. Talvez um dia destes queiram um quarto para cada um e sair com amigos diferentes e depois vão acabar por separar-se pois talvez um vá para a universidade e o outro queira emigrar. Quem sabe um dia arranjem um amor e acabem por ter filhos. Ou vivam em casa dos pais até aos quarenta, não sei. Pese embora achemos que conhecemos os nossos filhos como um .livro aberto, por vezes eles surpreendem-nos. Veremos.
Bom, depois disto, só me falta escrever um livro. Ou talvez não. Não será uma autobiografia, tudo aquilo que venho aqui escrever? Não conhecem vocês tanto de mim por causa daquilo que escrevo? Está em curso portanto, o livro da minha vida.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Dia 103 - 40 "Um post por dia até ao fim do corona"
E entretanto já lá vão quarenta dias...
Estou tão cansada....
Resolvi inspeccionar as suculentas que plantei há uns dias. Filhas de filhas de outras filhas que trouxe de uma aldeia na Lousã. Que saudades daqueles passeios serra acima e serra abaixo, dos sobreiros, do cão que faz o pino e dos queijos do fim da rua. Que saudades das gargalhadas e das noites à lareira com os amigos.
Será que vamos lá voltar?
Entretanto, na maior das tranquilidade, as suculentas estão viçosas.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Dia 102 - 39 "Um post por dia até ao fim do corona"
Kit do mal
Caracol é um bicho engraçado. Anda com a casa às costas e
assim, passeia o dia todo super tranquilo, quando vê um spot que lhe agrada
estaciona e põe os corninhos ao sol, dorme uma sesta e tal, não aborrece
ninguém e aí vai ele de novo, na sua vidinha. Mas come as minhas plantas!! E se
como as minhas ricas plantas como se não houvesse amanhã, eu tenho de fazer
alguma coisa, não é? Pois que fui buscar o meu kit do mal, muuhahaha! Granulado
com eles que isto aqui não é o da Joana. Três doses foi o que eu já deitei nas
minhas plantas e senhores caracóis não largam a breguilha, acho até que eles
pensam que é comida e ficam todos satisfeitinhos….
Já o kit do mal que largaram nos humanos está a dar-nos que
fazer ein?
Quando é que isto acabará já que o granulado não funciona..
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Dia 101 - 38 "Um post por dia até ao fim do corona"
Minh’alma
Tão azul e tão
brilhante, tantas vezes cinzenta e periclitante
Uma alma inquieta
e desassossegada, tão ansiosa e atormentada
Tem dias alegres
e felizes, divertidos e hilariantes
Outros tantos
de tristeza, desalentada e desesperante
Uma alma
insatisfeita, desanimada, impaciente e inconformada
Pouco tem de
segura e confiante, é mais escorregadia e inconstante
Minh’alma
teimosa
Minh’alma
cintilante
Minh’alma
apaixonada e desconcertante
Quem me dera...
fosse
diferente
terça-feira, 21 de abril de 2020
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Dia 99 - 36 "Um post por dia até ao fim do corona"
Mitologia
Farouk, foi o nome de um dos meus cães.
Zeus, era o gato.
Diana, é o nome de minha irmã, teria sido Ulisses se fosse rapaz.
Nem sei como escapei...
domingo, 19 de abril de 2020
Dia 98 - 35 "Um post por dia até ao fim do corona"
Respirar
E ao trigésimo quinto dia de confinamento fui vê-lo. Peguei na bicicleta e de mansinho embrenhei-me no pinhal que continua completamente nu devido aos fogos e nu se irá manter durante anos, mas lá fui eu, por entre as dunas já vestidas de verde. Ao chegar soube que ele me esperava, lindo como sempre, vestido de um azul intenso e transparente, calmo, tão calmo, a espuma beijava a areia e o sol fazia-o brilhar. Cheirava a azul e a verde, marulhava baixinho como quem sussurra. O mar. O meu mar. Regressei feliz mas com uma ainda maior certeza que me é difícil viver sem ele ...
E ao trigésimo quinto dia de confinamento fui vê-lo. Peguei na bicicleta e de mansinho embrenhei-me no pinhal que continua completamente nu devido aos fogos e nu se irá manter durante anos, mas lá fui eu, por entre as dunas já vestidas de verde. Ao chegar soube que ele me esperava, lindo como sempre, vestido de um azul intenso e transparente, calmo, tão calmo, a espuma beijava a areia e o sol fazia-o brilhar. Cheirava a azul e a verde, marulhava baixinho como quem sussurra. O mar. O meu mar. Regressei feliz mas com uma ainda maior certeza que me é difícil viver sem ele ...
sábado, 18 de abril de 2020
Dia 97 - 34 "Um post por dia até ao fim do corona"
Apimentar
Não fora a garrafa de Bombeira do Guadiana tinto que quase bebi inteirinha (mais ninguém gosta de tinto cá em casa, os pindéricos) e estava aqui a passar a língua pelas paredes ou a mergulhá-la em água fria com gelo. Estava euzinha, Gaja Maria Chef de Cuisine, a esmerar-me num chili com carne para alimentar as termites cá de casa, quando se descola o fundo do moinho das pimentas e me cai toda uma montanha de grãos dentro do tacho. Passei os vinte minutos seguintes a pescar com uma mini colher, mas nem por sombras consegui tirar metade. Os grão pretos, até achei bastantes, mas os de pimenta rosa e branca, eram da cor da carne, acho que os trincámos todos ao jantar. Eu e restante agregado familiar estamos prestes, não digo a falecer, mas a despejar tudo quanto é garrafa de cenas que se bebem.
Não fora a garrafa de Bombeira do Guadiana tinto que quase bebi inteirinha (mais ninguém gosta de tinto cá em casa, os pindéricos) e estava aqui a passar a língua pelas paredes ou a mergulhá-la em água fria com gelo. Estava euzinha, Gaja Maria Chef de Cuisine, a esmerar-me num chili com carne para alimentar as termites cá de casa, quando se descola o fundo do moinho das pimentas e me cai toda uma montanha de grãos dentro do tacho. Passei os vinte minutos seguintes a pescar com uma mini colher, mas nem por sombras consegui tirar metade. Os grão pretos, até achei bastantes, mas os de pimenta rosa e branca, eram da cor da carne, acho que os trincámos todos ao jantar. Eu e restante agregado familiar estamos prestes, não digo a falecer, mas a despejar tudo quanto é garrafa de cenas que se bebem.
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Dia 96 - 33 "Um post por dia até ao fim do corona"
Das coisas boas disto tudo é poder almoçar em casa e ao ver a primavera pela janela poder ir buscá-la....
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Dia 95 - 32 "Um post por dia até ao fim do corona"
"Puzzle"
Já tinha visto e já me tinha questionado várias vezes para que raio seria toda uma panóplia de apetrechos e como se usariam. Nunca dei assim tanto azo à minha imaginação uma vez que sou moça que usa capacete pedalador muitas e muitas vezes destruindo toda e qualquer possibilidade de ter uma linda cabeleira. Vendo tão difícil quanto longínqua de momento essa minha faceta, resolvi permitir-me por tempo indeterminado toda uma possibilidade fútil e vaidosa. Tenho desafio para uns dias, quem sabe, semanas, quiçá, meses...
Já tinha visto e já me tinha questionado várias vezes para que raio seria toda uma panóplia de apetrechos e como se usariam. Nunca dei assim tanto azo à minha imaginação uma vez que sou moça que usa capacete pedalador muitas e muitas vezes destruindo toda e qualquer possibilidade de ter uma linda cabeleira. Vendo tão difícil quanto longínqua de momento essa minha faceta, resolvi permitir-me por tempo indeterminado toda uma possibilidade fútil e vaidosa. Tenho desafio para uns dias, quem sabe, semanas, quiçá, meses...
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Dia 94 - 31 "Um post por dia até ao fim do corona"
No seguimento do post de ontem, tenho a dizer-vos que isto foi há 15 dias quando ainda achava piada a isto de estar confinada, agora só me apetece estar enroscada no sofá a comer bolos e a beber vinho tinto sem me mexer. Vou pedir a alguém aqui de casa que me traga um guardanapo que tenho as beiças todas sujas.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Dia 93 - 30 "Um post por dia até ao fim do corona"
Hoje faço 4 semanas de isolamento. Sem açúcar, nada de carne
ou pão. A mudança tem sido fantástica e sinto-me espetacular! Zero álcool! Uma
dieta vegan saudável, sem glúten, sem cafeina e 2 horas de exercício físico por
dia em casa. Perdi imensa gordura e ganhei massa muscular. Estou fantástica.
Não faço ideia de quem é esta publicação, mas com certeza
que já faleceu ou está prestes a falecer, seca de corpo e de alma.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Dia 92 - 29 "Um post por dia até ao fim do corona"
Por ora,
esgotadas que estão as ideias brilhantes e a motivação para manter a boa
disposição, incluindo bolos, chocolates e vinho, permitam-me ter um dia menos
bom. Estou oficialmente em modo elefante, isto é, de trombas! Sei o que pensaram quando falei do modo elefante,
empanturrada, gorda, balofa, modo redondo, portanto, mas não, quer dizer,
ummmm, bom, talvez um pouco, mas o que quero mesmo é deitar cá para fora que
sinto uma enorme tristeza por toda esta situação sem fim a vista. Amanhã será
um novo dia, todo o dia. Até amanhã.
domingo, 12 de abril de 2020
Dia 91 - 28 "Um post por dia até ao fim do corona"
Uma Páscoa diferente, esta.
Pedalei vinte e três quilómetros no quintal, estive duas horas a passar roupa a ferro no "ginásio" isto é garagem, ao som da Rádio comercial, o almoço não foi cabrito assado mas peixe e vá lá que houve um folar e um pacote de amêndoas de chocolate, muitos telefonemas e abraços virtuais. Mais um dia passado em casa sem ver ninguém, sem ver o mar, a serra ou o pinhal. Mais um dia...
Já lá vai quase um mês de confinamento e não se vislumbra fim à vista. Está o Luís Marques Mendes a dizer na tv que só haverá uma vacina no verão de dois mil e vinte e um e que até lá não vamos conseguir erradicar o Covid-19 e teremos de manter o distanciamento e viver semi confinados.
PQP, isto é, Puta Que Pariu isto tudo!
Pedalei vinte e três quilómetros no quintal, estive duas horas a passar roupa a ferro no "ginásio" isto é garagem, ao som da Rádio comercial, o almoço não foi cabrito assado mas peixe e vá lá que houve um folar e um pacote de amêndoas de chocolate, muitos telefonemas e abraços virtuais. Mais um dia passado em casa sem ver ninguém, sem ver o mar, a serra ou o pinhal. Mais um dia...
Já lá vai quase um mês de confinamento e não se vislumbra fim à vista. Está o Luís Marques Mendes a dizer na tv que só haverá uma vacina no verão de dois mil e vinte e um e que até lá não vamos conseguir erradicar o Covid-19 e teremos de manter o distanciamento e viver semi confinados.
PQP, isto é, Puta Que Pariu isto tudo!
sábado, 11 de abril de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Dia 89 - 26 "Um post por dia até ao fim do corona"
Hoje atirei-me à garagem barra arrumos munida de aspirador, esfregona, muitos panos e muita água. O contentor de lixo à porta viria a revelar-se pequeno para tanta coisa da qual resolvi desligar-me, cada vez me convenço mais de que não são precisas coisas para sermos felizes e ainda estou para saber como se junta tanta tralha.Terminei ao fim de cinco horas, altura em que revi os amigos e bebemos um copo, cada um na sua casa, claro. O corona traz-nos estas coisas. E sim, comprovo, o filme do qual todos falam, "Milagre da cela 7" faz chorar baba e ranho.
Uma ótima Páscoa para vós.
Uma ótima Páscoa para vós.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Dia 88 - 25 "Um post por dia até ao fim do corona"
Alguém por aí terá um cão que me empreste este fim de semana?
quarta-feira, 8 de abril de 2020
terça-feira, 7 de abril de 2020
Dia 86 - 23 "Um post por dia até ao fim do corona"
As portas da guerra.
Eram oito e quinze da manhã quando saí para a guerra, esta
semana calham-me as manhãs.
Calcei as minhas melhores botas, vesti o look de
trabalho e coloquei o colete à prova de balas por cima assim como cinturão com
as armas. A metralhadora, as granadas, o capacete e até uma calibre 38, just in
case, todas em forma de spray. Fiz-me a ela, a guerra.
O inimigo, não o vi mas senti-o a rondar. Sei que me espreita em cada esquina, mas sigo o meu caminho
que os medos são sempre relativos e têm apenas a importância que lhes quisermos
dar. Embora esteja na linha da frente mesmo à porta da guerra e me apeteça
fazer-me a ele de peito feito, ao inimigo, claro, fiquei sogadita na
trincheira. Aliás, queria ficar sogadita, mas como em todas as guerras, as
coisas complicam-se e o pelotão não escapa à puta da confusão. Sei que,
entretanto, o inimigo vai vacilar e é nessa altura que o vamos aniquilar nem
que seja à machadada. Posto isso, tudo voltará a ser como dantes. Ou não!
Valha-me a estrada para casa praticamente vazia e o almoço
pronto a comer.
Um luxo esta guerra.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Dia 85 - 22 "Um post por dia até ao fim do corona"
Começo finalmente a entender o significado da máxima "viver um dia de cada vez" que tanta tinta já fez e faz correr todos os dias e que até, sou sincera, me enervava solenemente de tão utilizada em todas as situações. Disso, tento agora auto convencer-me, um dia de cada vez, sem pressas, sem sofrimentos por antecipação, sem análises ou suposições, sem desilusões.
Só mesmo vivendo cada dia, o melhor possível.Certo?
P.S.
Coronabunda está de rastos pois esteve o coronadia de ontem inteirinho colada ao coronasofá. Marcharam duas longas metragens, uma delas "o Irlandês que são só três horas, toda a última temporada da Casa de Papel e os dois últimos episódios do "This is us"
Ui, que não há coronarabo que aguente. Hoje, para me coronaredimir foi dar ao coronapedal uma hora nos rolos e mais meia hora de coronacrossfit com MaiNovo. Estou nova. Ai, ui.
Só mesmo vivendo cada dia, o melhor possível.Certo?
P.S.
Coronabunda está de rastos pois esteve o coronadia de ontem inteirinho colada ao coronasofá. Marcharam duas longas metragens, uma delas "o Irlandês que são só três horas, toda a última temporada da Casa de Papel e os dois últimos episódios do "This is us"
Ui, que não há coronarabo que aguente. Hoje, para me coronaredimir foi dar ao coronapedal uma hora nos rolos e mais meia hora de coronacrossfit com MaiNovo. Estou nova. Ai, ui.
domingo, 5 de abril de 2020
Dia 84 - 21 "Um post por dia até ao fim do corona"
coronatelegrama.
Domingo.stop.Vigésimo dia de quarentena. stop. Chuva again. stop.
Já me dói a coronabunda. stop.passei o dia no coronasofá e este até já tem coronacovas.stop. já vi quatro episódios da Casa de Papel. stop. Já olhei quinhentas vezes pela coronajanela e já não há coronapaciência. stop. se ninguém mata esse tal de coronavirus, mato-o eu. stop.
sábado, 4 de abril de 2020
Dia 83 - 20 "Um post por dia até ao fim do corona"
Diz quem sabe das coisas que quando finalmente pudermos sair vai estar a chover a cântaros.
Que chova carago, e que seja a um sábado que eu ponho as minhas melhores galochas e o meu maior impermeável e saio por aí a pedalar até cair para o lado. E ainda paro em duas pastelarias, numa como três pasteis de nata e noutra um rim carregadinho de chocolate e um mil folhas de café. Depois paro nas sandochas de leitão ali para os lados de Fátima e acompanho com um copo de frisante e a chegar a casa ainda paro para beber umas minis pretas como recovery. Hei-de chegar a casa a rasca do rabo e das pernas, mas tomo um banho quentinho e vou sair para beber e dançar até de manhã. De manhã, com a cabeça já limpa e o corpo em alerta máximo, não me vou deitar e vou passar o dia a beijar e abraçar as minhas pessoas e todas as pessoas dos outros que encontrar.
E depois acordei!
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Dia 82 - 19 "Um post por dia até ao fim do corona"
Glicinia
Demos por findas as pinturas dentro de casa e segue-se a lavagem do exterior com máquina de alta pressão. A mim, cabe-me ligar e desligar a água e calafetar portas e janelas.
Posto isto, pude voltar a dar as minhas voltas pelo quintal a hora de almoço, seja de bicicleta ou a pé. Ao passar pela glicínia que meu pai plantou há muitos anos, sobressaltou-me o perfume e voltei-me para a olhar de novo. Ainda não está totalmente florida, mas a primavera já despertou nela o que habitualmente desperta em mim, ou seja, uma vontade enorme de desabrochar.
Demos por findas as pinturas dentro de casa e segue-se a lavagem do exterior com máquina de alta pressão. A mim, cabe-me ligar e desligar a água e calafetar portas e janelas.
Posto isto, pude voltar a dar as minhas voltas pelo quintal a hora de almoço, seja de bicicleta ou a pé. Ao passar pela glicínia que meu pai plantou há muitos anos, sobressaltou-me o perfume e voltei-me para a olhar de novo. Ainda não está totalmente florida, mas a primavera já despertou nela o que habitualmente desperta em mim, ou seja, uma vontade enorme de desabrochar.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Dia 81 - 18 "Um post por dia até ao fim do corona"
Ficus microcarpa
Termites da casa não param de roer tudo o que apanham e a despensa grita por novas provisões.
Ontem depois do expediente tentei ir ao supermercado e depois a outro, mas cada um tinha cerca de vinte ou trinta pessoas à porta, à espera, ao frio e à chuva. Desisti. Hoje tentei de novo à hora do almoço e a coisa até se deu, a fila era grande mas andou rápido. De facto, a espera e a paciência, neste momento, são das maiores qualidades que podemos ter. Ainda corri a outro supermercado para satisfazer um pedido específico de Mamãe e ao passar no corredor, olhei para ele, ele olhou para mim, segui. Voltei atrás, peguei nele, mirei-o de alto abaixo. Trouxe-o comigo.
Tão pouco para alegrar o meu dia.
Termites da casa não param de roer tudo o que apanham e a despensa grita por novas provisões.
Ontem depois do expediente tentei ir ao supermercado e depois a outro, mas cada um tinha cerca de vinte ou trinta pessoas à porta, à espera, ao frio e à chuva. Desisti. Hoje tentei de novo à hora do almoço e a coisa até se deu, a fila era grande mas andou rápido. De facto, a espera e a paciência, neste momento, são das maiores qualidades que podemos ter. Ainda corri a outro supermercado para satisfazer um pedido específico de Mamãe e ao passar no corredor, olhei para ele, ele olhou para mim, segui. Voltei atrás, peguei nele, mirei-o de alto abaixo. Trouxe-o comigo.
Tão pouco para alegrar o meu dia.
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Dia 80 - 17 "Um post por dia até ao fim do "
Se me dissessem que eu um dia ainda iria fazer um bolo de maçã e canela na pausa para almoço de um dia de trabalho e iria comer uma fatia quentinha, eu iria chamar tola a essa pessoa.
Se me dissessem que eu um dia iria trabalhar de manta nas pernas e fato de treino e pantufas, eu iria morrer a rir.
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