sábado, 30 de dezembro de 2017
Mais um recomeço
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Então Gaja, por onde andas, ficaste com a espinha do bacalhau entalada?
sábado, 23 de dezembro de 2017
Feliz Natal!
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Venha de lá esse Natal
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Mas porquê eu, tudo eu...
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Querido Pai Natal
Portei-me muito bem este ano e só venho pedir uma coisinha. Só uma ein? E derivado da minha humildade e falta de ambição bem que podias fazer-me a vontade, OK?
Eu só queria que me trouxesses o Euro milhões, coisa pouca, portanto. Ou a lotaria do Natal vá que eu apostei em várias frentes. E como sou uma pessoa tão boa vou dividir tudo. Sabes Pai Natal... Sociedades.
A ver se é desta que compro a autocaravana, coloco as bikes lá dentro e me ponho no carai ...
Fartinha disto tudo!
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Dois mil e dezassete
Este meu ano de dois mil e dezassete foi recheado de aventuras. Boas. E das coisas incríveis que fiz, uma delas foi aceitar o desafio de sábado passado. Pedalar por Gaia e Porto à noite!
Conhecia pouco e já adorava, fiquei completamente fã.
Pedalámos noite dentro, rente ao rio nas suas duas margens, subimos a miradouros, descemos aos cais, atravessámos a Ponte D. Luís e entranhamo-nos em estradas e ruelas iluminadas e cheias de gente. Da Torre dos Clérigos aos Aliados, da Ribeira ao Palácio de Cristal, das Fontainhas à Ponte do Freixo, Vila Nova de Gaia, Oliveira do Douro.....
Incrível esta aventura onde tive a feliz oportunidade de rever amigos que fiz por causa do blog.
Este ano estou sem sombra de dúvida muito mais rica.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
Com o meu vestido preto, eu nunca me comprometo
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Sim, estou carregadinha de mau feitio
Dezembro, odeio!
Pingo no nariz, pés e mãos geladas, eu que não tenho pele de foca, isto é, sou pele e osso, ando aqui que nem posso com este frio.
E depois.... Depois odeio hipermercados e shoppings e compras e luzes e pessoas. Odeio pessoas e filas para pagar e filas de carros a vinte à hora.
Tenho a despensa vazia e estou farta de ovos estrelados. Não tenho uma única prenda comprada e nem lista delas. Eu que sou de listas. Nem ideias. Eu que sou de ideias. Não quero! Não quero Dezembro. Vou hibernar OK?
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Mato quem as inventou...
domingo, 26 de novembro de 2017
Ai queres ir ver o outono, queres?
Lindo este outono não é? Ali ao fundo, está o maridão à minha espera e eu, eu estou aqui atrás a arfar e a ver se descanso mas disfarçando como quem está mesmo a querer tirar fotografias ao outono.
Mas adiante.
Queria porque queria ir ver o outono à pista e pedalar por aquele tapete de folhas a fora com o rio Lis ali ao lado, coberto ele também de folhas de vários tons, a cidade ao fundo e nós ali, maridão e eu, pedalando de orelhas ao vento a curtir a paisagem.
Eis senão quando, avisto um cãozarrão a brincar com outro pequenito lá em baixo nos campos, Umm, está a brincar, não liga a ciclistas, este. Cãozarrão eriça as orelhas, cãozarrão avista maridão que ía ligeiramente à frente, cãozarrão começa a atravessar os campos em sprint direito a ele e eu, desacelero e respiro fundo, já me safei, ele pedala mais depressa que eu, cão cansa-se e eu passo descansada. Ou não. Cãozarrão descobre que eu vou ali, cãozarrão muda de direção e começa a acelarar direito a mim. Eu vejo que o cãozarrão vai me apanhar e começo a sprintar, cãozarrão está no meu calcanhar a tentar abocanhar-me o pé. Maridão a gritar pedala, pedala que ela vai-se cansar. E eu pedalei, pedalei, já não tinha mais mudanças, nem mais força nas pernas e ele não se cansava. Pensei. Pronto! Vou ser trincada.
Num volte face maridão desacelera e atira-lhe água do bidão, cãozarrão desiste e eu posso finalmentr respirar. Uf! Senhores, tirem-me os cáes das pistas quando eu for a passar. Eu até tenho umas pernas magricelas. Nada para trincar ok?
terça-feira, 21 de novembro de 2017
A bolha
A bolha, a barreira, o muro, a linha. Chamem-lhe o que quiserem, mas é uma espécie de escudo que fui construindo à minha volta, sem saber até, como, ou porquê. Uma bolha através da qual não consigo deixar que passem para cá, ou eu própria para lá. Esta bolha agiganta-se cada dia que passa e apesar do fosso, da distância e da espécie de pedestal onde me encontro, cada vez estou mais certa da necessidade dela. Ela protege-me de quase tudo e quase todos.
Tenho medo no entanto.
Medo que esta bolha me feche em mim....
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Noites
Se noites há em que o sono não chega ou vem tarde e a más horas, a medo, intermitente e pouco conciliador, ultimamente, ataca-me assim que chego ao sofá e eu apago, sentada, de rato na mão e PC nas pernas, o gato enrolado à minha volta. Desde que pedalei até à Serra, onde esvaziei o pensamento, deixei o stress e matei as más energias, que me sinto em paz. Enquanto pedalava por aquela puta daquela subida de dez quilómetros acima, até ao Caramulinho, eu pensei em tudo. Pensei na Maria Isabel, na Teresa, na Paula, pensei no Zé e no Carlos, pensei na família e no trabalho, pensei naquilo que me tirava o ar e deitei tudo cá para fora. Pensei no que estariam eles a fazer enquanto eu me esganava por ali acima. Será que estavam felizes como eu, será que estavam a expiar e a purgar a alma, será que estavam a castigar o corpo num misto de desafio e dor mas também de êxtase e felicidade? Será que estavam também eles a tentar superar-se? Será que precisam mesmo de desafiar-se e tentar superar-se como eu?
Isso eu não sei.
Apenas sei que o ar da serra me fez bem.
domingo, 12 de novembro de 2017
É por isto...
Pedalo durante muitos e muitos quilómetros, sempre a subir, a subir, a subir. Mesmo até ao céu.
Mas não importa. Nada importa quando chego lá acima.
O mundo está a meus pés e eu bebo e respiro este mundo.
É por isto que eu amo pedalar!
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Maria José
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
As opiniões dividem-se
O lanche no trabalho!
Então,
É lanchar enquanto se trabalha fazendo ambas as coisas ao mesmo tempo, isto é, continuando a despachar serviço, num open space, à vista de toda a gente, mastigando, enchendo a secretária e o teclado de migalhas, engasgando-se entre uma dentada e um telefonema, embodegando os papeis e enchendo o caixote do lixo de cascas de fruta e mosquitos, mas o mais importante, nunca parando de trabalhar com a mão que se tem disponível
ou,
É parar de trabalhar, ir calmamente até ao refeitório, mastigar os alimentos muito bem como manda a lei, utilizar todos os recipientes para a reciclagem de seu lixo, lavar muito bem as mãos no fim e voltar então para continuar a trabalhar já com vários assuntos atrasados e por resolver
ou,
Não lanchar no trabalho!
Ein?
Fábrica de taças
domingo, 5 de novembro de 2017
Eu sabia!
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Os dias em que não faço nada
Esses dias são dias que vão passando por mim sem que eu dê por eles, quietos, silenciosos, sem sol e sem chuva, sem calor e sem frio, sem luz e sem névoa. Esses dias não têm emoções nem paixões, não têm gosto nem cheiro. Nesses dias não sinto, não falo, não oiço. Faço tantas coisas nesses dias e no entanto não faço nada. Um desperdício esses dias.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Digam-me cá vocês que sabem das coisas
São histórias mirabolantes, maldades do arco da velha, autênticas novelas Mexicanas pejadas de acontecimentos maquiavélicos que até fazem arrepiar os pelos de quem nem sequer os tem.
Serão os ou as colegas de trabalho "malvados" um mito e as pessoas é que gostam de se armar em vítimas e culpar sempre os outros por tudo ou são de fato uma realidade estas pessoas que fazem a vida negra aos colegas?
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Momentos que marcam
Assim que abriu a porta para deixar os netos numa suposta festa de aniversário, a sala irrompeu a entoar os parabéns e a bater palmas em ritmo acelerado. O susto e a surpresa foram tão grandes que o homem largou-se a chorar encostando-se à parede para melhor de apoiar e respirar fundo. Quem viu aquela emoção chorou também, assim como chorou no abraço apertado com cada uma das suas pessoas e ainda com o filme de memórias e de gratidão que a filha e os netos lhe prepararam. Afinal eram setenta anos de história, de amor e de alegrias. O abraço tão sentido entre eles então comoveu o mais duros dos presentes. Foi uma tarde muito emotiva aquela.
domingo, 22 de outubro de 2017
Chega de palavras, chega de imagens
Palavras tristes e doridas, inflamadas e raivosas. Imagens sentidas, emocionadas...
Mas agora chega, atitude e ação precisam-se.
Fiz a minha pedalada de sempre, pelos pinhais de sempre e são quilómetros e quilómetros de preto e cinza, nalguns sítios ainda fumegantes e hoje ainda ardeu mais um pouco, não há nada, não há animais, não há mato, casas e muros chamuscados, arderam muitos bens, o que há são escombros e pinheiros queimados, moribundos, nus de pinhas e de verde, em risco de cairem. Vão interditar as matas. Fez-se um cordão humano fazem-se donativos, espetáculos solidários, apoiam-se famílias e bombeiros, o povo faz o que pode. Agora cabe a vós governantes, fazer a vossa parte.....
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Paixão
Aquele ardor no estômago, aquela ansiedade que nos tira o ar, aquela alegria desmedida, aquele sorriso estúpido na cara, aquela vontade de abraçar e apertar. Um sentimento que vem e que vai e que por vezes volta e outras não.
Sou de paixões.
Por causa das paixões já fui pintora, ginasta, escritora, patinadora, exploradora e investigadora , decoradora, fotografa e agora sou ciclista. Esta última bateu-me forte e não me larga.
Por causa das paixões já fui louca por homens, mulheres, animais, trabalho e até por coisas.
Por causa das paixões já cometi loucuras. Por causa das paixões já chorei e já ri muito, já fiz coisas incríveis e já deixei outras por fazer.
Tenho paixões recorrentes e uma delas vai e vem há para aí uns trinta anos e tenho mais duas que nunca me passaram nem vão passar. Essas chamam-se filhos. Além disso sou de paixões, todos os dias me apaixono, todos os dias sinto algumas borboletas na barriga de um lado para o outro e o meu pequeno coração transborda. Tanto que não sei o que lhe faça.
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
domingo, 15 de outubro de 2017
O inferno de Dante
S. Pedro de Moel, Marinha Grande, Vieira de Leiria e Pedrogão, tudo devastado e o inferno continua.
Medo do que praí vem esta noite.
Assustador!
Aparentemente começou em vários lugares ao mesmo tempo, como de resto quase todos os fogos postos e rapidamente se espalhou com o vento... Se foi posto só espero que os responsáveis ardam
neste inferno :(
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Só problemas...
- Levantar a meio da noite para fazer xixi é sinal de que se está a ficar velha ou é porque bebemos muito ao jantar?
- Ir para o trabalho de madrugada para apanhar um lugar no estacionamento principal e não apanhar e acabar por cagar os sapatos de pó branco e esfodaçar os saltos nas pedras e ter de passar o tempo que chegamos antes a limpa-los e não a adiantar trabalho é sinal que ainda devia ter chegado mais cedo ou que não vale a pena estar com essas merdas?
- Vestir de manhã uma camisa de manga comprida porque é outono e está frio e passar o dia esgramelada de mangas arregaçadas e a morrer de calor é sinal que estou baralhada e sou uma inadaptada ou o tempo está maluco?
- Trazer a marmita e descobrir que o prato do dia no restaurante ao lado é lasanha e deixar de lado a marmita e não pensar noutra coisa toda a manhã é sinal de quê vá?
Problemas, a minha vida é só problemas.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Insania
Enquanto fazia desenhos na areia com os pés e apanhava conchas, enquanto andava e se deixava acariciar pelo sol e pelas pequenas ondas do mar ia deixando se levar pelos outros. Eles à frente naquele passo certo e seguro, elas atrás tagarelando alegremente e ela entre eles, caminhando em silêncio pensando em como se estranha em certos dias e horas, em como tantas vezes se sente bem em silêncio no meio do barulho, em como se acha uma solitária lá no fundo. Há dias em que gosta de se deixar conduzir mas noutros sente-se vazia lá dentro por se deixar apagar e anular. Nesses dias vê o mundo por fora calmamente, aparentemente, porque lá dentro.... Lá dentro há uma chama que arde, intensamente.
sábado, 7 de outubro de 2017
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Dia macho
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Terapia
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Garrano
domingo, 24 de setembro de 2017
Só cromos!
Além disso ninguém me ofereceu t-shirts, nem esferográficas, a minha rua não foi pavimentada, a piscina Municipal continua a ter 50 anos, não revitalizaram o centro histórico que está moribundo e ainda me entupiram a caixa de correio de papelada....
Eu sei, tenho uma grande pancada
domingo, 10 de setembro de 2017
Pausa
Praticamente todas me trazem satisfação e alegria mas também algumas tristezas e dores. É assim a vida. São assim as vidas. Mas de tantas coisas que me tenho pedido, algumas já não cabem em mim e escrever, neste momento, é uma delas. Sinto-me tão cansada... No meio deste cansaço calam-se-me as palavras quando apenas algumas querem sair e, temendo que não sejam as certas, resolvi calá-las por uns tempos e descansar. Vou fazer uma pausa, voltarei aqui quando "as minhas" palavras voltarem.
P.S.
Hoje fui subir a Serra d'Aire e Candeeiros para ir mostrar a Fornea a uns amigos. Fiquei muito feliz por eles mas custou-me tanto subir a Serra hoje. É que afinal não é só a alma que trago cansada, o corpo também.
Vou descansar e voltarei. Até breve!
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
A vida maravilhosa de Jacinta
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Pérola
Pedalei para fora da estrada, embrenhei-me no mato, muitas curvas e contra curvas, umas subidas e outras tantas descidas ladeadas de um verde florescente que os raios de sol fazem brilhar. De um lado uma barreira, do outro uma ravina e um curso de água, os trilhos são túneis feitos de árvores e vegetação, o chão é um tapete de folhas macias, de cima caem folhas à minha passagem. Chamam-lhe a Amazónia. Bem lá no meio houve a intervenção do homem, que tornou aquilo seu e pôs ao seu jeito.
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Rejubilemos
O ar está fresco e caem uns pingos do céu. Cheira a terra molhada. Que seja um bom dia deste ano novo :))
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
E eu a pensar
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Sem título
Quando o coração fica doente, a alma tem falta de ar e o olhar perde o brilho, o corpo anda sem viço, a mente vagueia e as palavras fogem. Tal e qual uma planta a quem não regam a terra, o coração murcha quando não é alimentado, mas ao contrário da planta que não consegue ir à procura de água, o coração pode ir à procura de alimento quando quer. Se quiser.
O meu coração está doente e eu não sei o que faça.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Galifões
Coloquei para criar dois pintainhos lá no meu aviário. Sempre a medo e com tanto cuidado, arraçada de mãe galinha, mal os deixava sair do ninho construindo até uma escadinha para que pudessem entrar e sair sem cair. Todos os dias mudava as palhas do ninho, sempre macias e limpinhas e dizia aos do galinheiro para cacarejarem baixinho para não os incomodar sem sequer perceber que meus já franguinhos não eram de capoeira, muito menos de aviário. Quando começaram a ganhar penas eu ainda achava que controlava a situação insistindo nessa coisa do ninho e de os ensinar a voar e a cantar, pois há já muito que eles voavam e cantavam e de frangos não tinham nada. Os meus pintainhos são más é galifões sabidos e eu sempre disse que não devia ter tido um aviário.
Esquisita eu
Foi quatro vezes à cozinha e três vezes ao assador de onde chegou sempre de mãos a abanar, abriu e fechou mais três vezes a gaveta que apenas continha uma esferográfica e não chegou a dar-me o número de contacto, atendeu duas vezes o telefone para anotar encomendas, fez conversa de xaxa com todas as pessoas que chegavam e quando a fila já chegava à porta começou a atender.
Não fosse o frango ser tão bom e diferente do das demais churrasqueiras e eu já tinha riscado do meu mapa esta nova Gerência...
domingo, 27 de agosto de 2017
Capítulos
Quando cheguei às praias já estava sol.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Tu não existes
Não tens Facebook, Instagram ou blog...
Não sei por onde andas, o que fazes, se estás doente, se estás de férias, se trabalhas ou estás desempregada, se queres sair comigo, se precisas de falar ou outro tipo de ajuda ou se apenas queres ficar sossegada no teu canto...
Parece que não existes.
Vou ter de te telefonar.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Morning oats
terça-feira, 22 de agosto de 2017
Baywatch Tuga
A pickup salva-vidas atravessa o areal lentamente contornando corpos ao sol., chapéus, toalhas e crianças a brincar, com quatro marmanjões massudos lá dentro mesmo à Baywatch, só faltava a mamalhuda da Pamela Anderson, mas como está já se reformou, lá vinham eles cheios de estilo, óculos de sol espelhados e bíceps de metro e meio de fora da janela, aberta até abaixo. Pararam rente às ondas e lá ficaram em amena cavaqueira com o nadador salvador de serviço. Em se cansando, arrancaram e regressavam pelo mesmo caminho quando foram interpelados por um banhista que reclamou o constrangimento que eles estavam a causar às pessoas e ao ambiente andando no areal de carro. Um deles respondeu perguntando, muito enervado, o que é que ele já tinha feito naquele dia enquanto eles tinham já salvo do mar três pessoas na praia ao lado. O lesado contrapôs "ele? Ele estava de férias e na praia a descansar e a apanhar sol, eles é que estavam ali a trabalhar e eram pagos para isso, não para andar a passear de carro na praia". Bom, lá continuaram a trocar palavras azedas até o condutor da pickup resolver arrancar praguejando e o lesado ficar ali a rir às gargalhadas...
Ein???? ou aquilo era para os apanhados ou eu não percebi patavina do que se passou ali....
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Mãe
Chega da rua de lábios pintados e cabelo arranjado, pousa a bolsa que traz debaixo do braço, tira os o óculos de sol e coloca o avental. Deita o pão quente que foi comprar no cesto. Caminha devagar que as pernas já não são o que eram e aquela prótese na anca não lhe dá descanso da dor, as mãos tremem-lhe e a pele está cravejada de sulcos já profundos, afinal são oitenta anos de histórias, oitenta anos de altos e baixos que a vida lhe trouxe e ainda traz. Apesar de tremerem, aquelas mãos ainda são de fada, com as unhas pintadas cor de salmão e que em meia hora fazem com que um cheirinho bom a comida deliciosa invada a casa. A mesa já ela a tinha posto que nunca deixa nada por fazer e a família vai-se chegando para terminar os preparativos. É difícil juntar filhos, genros e todos os netos à mesa mas quando isso acontece a felicidade dela vê-se e sente-se. É preciso tão pouco para os fazer felizes...
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Tapa buracos
Não muito separados uns dos outros chegam-se-me dias em que me aparecem contrariedades, contratempos, buracos lacunas.... Por vezes é apenas um cagagésimo de contrariedade, vá, sem qualquer importância, mas em certas ocasiões elas são tantas que até se me arrepiam os cabelos do peito, até a mim que nem os tenho.
Tanto faz que planeie, imagine, analise, que tire o azimute a tudo e mais alguma coisa, que acontece tudo ao lado. Ainda por cima eu, que tenho fraca pontaria e tremo das mãos, a mim que não sei fazer cálculos nem previsões, que tenho o sexto sentido todo lixado, as contas saem-me todas furadas.
Mais me valia a mim era fazer um workshop de tapa buracos, que é como quem diz, contrariedades, lacunas e afins. Isso sim é que era de valor.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Quanto custam as férias?
As férias? As férias custam quilos.
Sim, quilos! Quilos de conchas e búzios colhidos, quilos de areia e sal no corpo, quilos de sol a dourar a pele, quilos de nadismo, jolas e vinho no bucho a olhar as estrelas. Quilos. Quilos de comida que se saboreia em mais de quinze minutos, aliás, quilos de horas à mesa degustando sorrisos e gargalhadas, quilos de conversas ao luar, quilos de música que faz ondear o corpo e aquecer a voz, quilos de convívio e de festa, sem pressa, sem culpa, sem horas. Quilos! Quilos de roupa para lavar e engomar, quilos de depressão no último dia, quilos de pneus a quererem saltar da roupa....
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Ora vamos lá
As toalhas de praia já estão no arame, o chapéu de sol a arejar, a areia completamente limpa da garagem e do carro, a bike a descansar, as sapatilhas lavadas e arrumadas, os biquinis na gaveta. Vamos lá retomar isto.
Bem sei que as praias ainda estão cheias, os "avecs" ainda não se foram e ainda há muitos lugares vagos no estacionamento do trabalho, mas vamos lá retomar isto.
Buaaaahhhhh!
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
A culpa é dos estrogénios
Manhã de Agosto
Estranha esta fria manhã de Agosto. Tão fria que tive de vestir um casaco antes de sair de casa. Triste era o semblante das poucas pessoas com quem me cruzei, verdadeiros autómatos a quem acabaram de ligar o botão. E mais estranho ainda é o frio que sinto cá dentro esta manhã. Não entendo como tal é possível numa manhã de Agosto.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
E prontus
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Meu lindo mês de agosto, lá, lá, lá
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Estranheza
quarta-feira, 26 de julho de 2017
O mar morreu
Os meus vizinhos ingleses estão agora mais calmos e dormem a manhã na cama. Um desperdício digo eu. O escritor já deve ter terminado o livro, toma o pequeno almoço calmamente com a esposa na varanda tal como nós. Cumprimentamo-nos com um aceno de cabeça pois continuo sem saber que raio de língua falam eles que mais me parece um ladrar estranho, não pesco um telho, norueguês ou finlandês quem sabe. E o mar morreu, praticamente nem se mexe. Houve-se um leve ondejar que gosto de ouvir ainda na cama com a porta da sacada aberta e a olhar o céu, acalma-me os sentidos, embala-me a alma. Da piscina nem quero ouvir falar, ao sol abrasador não consigo estar, vou até à praia caminhar. Estas férias já caminhei uns sessenta quilómetros e li quinhentas páginas de livros. Aliás, cá em casa fomos todos mordidos pela mosca tzé tzé e nem um braço nos apetece mexer. Quem diria que me ia tornar numa apreciadora do nadismo.
domingo, 23 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
Dois tons de azul
O vizinho da casa do lado direito este ano deve ser escritor. Tecla furiosamente o dia todo sem levantar os olhos por um momento sequer. Quando não está a teclar, está a ler ou a beber café. Aparentava estar sozinha na casa mas hoje vi uma mulher e duas crianças. Levantou por fim os olhos do teclado mas ainda não os ouvi falar, não sei de que nacionalidade serão.
Os vizinhos do lado esquerdo são ingleses e todas as manhãs vêm juntar-se a eles todos os outros ingleses do condomínio, cada vez são mais. Começam a beber e a fumar aí pelo meio-dia e à tarde estão tão bêbedos que é uma animação, só espero que não nos venham vomitar nas nossas espreguiçadeiras.
Somos os únicos Tugas por aqui o que os faz olhar para nós como se de um espécime esquisito se tratasse, nem sei sequer se nos conseguem ver com tanto álcool no bucho. O escritor sei eu que não vê ninguém, o nadador salvador da piscina este ano é novo e engoliu um garfo, além disso o gato comeu-lhe a língua com certeza, também não nos vê. O jardineiro é portanto o único ser que nos cumprimenta pois já nos vê aqui há uns dezoito anos.
Mas isto não interessa nada, o que interessa na verdade são os vizinhos da frente. Dois tons de azul com som de fundo.
terça-feira, 18 de julho de 2017
Mala de férias
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Perry
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Livre
Há vinte e oito dias, doze horas e quarenta e três minutos que não fumo. Este era o ano, o do meu cinquentenário, aquele em que eu decidi que iria dar mais uma reviravolta na minha vida. Não foi em Janeiro ou em Fevereiro, muito menos em Março mas foi em Junho, por alturas da grande viagem a Santiago, por alturas da notícia do cancro da mama de duas amigas, foi nessa altura que o clic se deu em mim. Que coisa estúpida fumar! Como podia eu, uma adepta do desporto e da vida saudável....
Não que até fosse uma grande fumadora, mas dois ou três cigarros que fumasse por dia era ser fumadora na mesma e a prova disso é a aplicação que me lembra disso todos os dias. Neste momento poderei ter mais onze horas e meia de vida do que teria se nunca tivesse fumado. Bom, quando morrer, não morro às dez da manhã mas sim às nove e meia da noite, vá.
Não importa, não importa se vou a tempo de alguma coisa, o que importa é que há vinte e oito dias que estou livre de mais um vício.
Entretanto vou para freira.
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Lembranças de Santiago
Momentos houve em que ía focada no meu próprio sofrimento, nas minhas próprias dificuldades, nas minhas dores nas pernas, no pó, no calor abrasador ou no suor a escorrer-me para os olhos, no peso dos alforges e nos quilómetros que ainda me faltavam para chegar, quando avistava outros peregrinos, a pé, carregadíssimos, coxos, e com aquele calor a caminharem apoiados nos cajados mas que continuavam a andar, cheios de vontade e determinação e a sorrir nos desejavam "Bon Camino". Noutro lugar deparei-me com um cesto de limões e garrafões de água à disposição de quem passa-se, noutro ainda, numa fonte estava um casal a encher garrafões de água e assim que nos aproximámos afastou-se para que saciássemos a sede e molhássemos a cara e depois... depois veio a Labruja e eu não podia com a minha bike tão pesada para subir aquelas pedras até lá acima e alguém ma levou. Chamei-lhe o meu anjo da guarda e nesse momento jurei a mim mesma que iria recordar-me para sempre daqueles momentos e do que eles me ensinaram.
E é por tudo isto que quando oiço alguém apregoar o quão maravilhoso é e os outros não, me sinto estranhamente alienada e num outro mundo....
domingo, 9 de julho de 2017
Estranhamente
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Filho de uma orquídea
Quisesse eu que a minha orquídea desse notas de cem euros ou fios de ouro ou até vouchers de férias mas não. Quisesse eu que minhas orquídeas dessem lindas flores para alegrar as minhas jarras e a matreirisse dos meus gatos que se divertem a virá-las, mas não e nem vos sei explicar muito bem o que aconteceu aqui mas tenho uma orquídea que dá pinheiros.....
terça-feira, 4 de julho de 2017
Pontes em nós
Perguntei-me em tempos como circularia o amor em mim, como correria a paixão, ou como a seguir às lágrimas apareceriam os sorrisos.
Perguntei-me em tempos por que caminhos chegaria a alegria depois de uma grande tristeza ou como chegaria a mim o sentimento de voltar a ser grande depois de me sentir tão pequenina.
E em tempos obtive a resposta, em tempos tive certezas.
Atravessam pontes. As pontes que existem em nós
domingo, 2 de julho de 2017
Alugo filha para sessão de compras
"Nada disso, é o mais giro, fica-te bué de bem, nunca pensei mas fica" E prontos, de certezinha que é tudo mentira mas ele é bom argumentador, convenceu-me e lá fui eu pagar os mundos e fundos que lhe fiquei a dever por esta singela opinião. Agora estou aqui de queixo a tremer, ansiosa, à espera que acabe a bola para poder passar na frente da tv com o meu novo fato de banho perante restantes homens da casa e suplicar opiniões.
É este... |
quarta-feira, 28 de junho de 2017
O que eu fui encontrar
Ao ver fotos antigas por aqui perdidas no meu telefone. Fotos de Góis e Pedrogão Grande onde durante alguns verões acampei lá um fim de semana e dei uma pedaladas.... Já fui lá tão feliz.
Que nostalgia.... Que triste, agora tudo queimado.
terça-feira, 27 de junho de 2017
Madrugadas
O sino da igreja repica as seis da manhã e eu já acordada. Chateia-me não conseguir aproveitar a noite para dormir, no entanto aprecio aqueles momentos em que posso dar largas à imaginação e ao pensamento sem ter de o cortar a meio porque tenho isto ou aquilo para fazer. Tenho calor, empurro a roupa com os pés , dá - me o frio volto a aconchegar-me. Na ombreira da porta vislumbro os contornos da Rosa Maria e do Zé, os meus dois gatos, sentados à espera que um de nós se levante para lhes dar o Pires de leite. Somos de hábitos. Tomara que cheira-se a café acabado de fazer. Mas não. Espreguicei-me lentamente e dei largas ao pensamento.
Hoje vai ser um bom dia.
domingo, 25 de junho de 2017
Sábado à tarde
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Dante
Mal cheguei da minha aventura levei de chofre com a realidade. O voltar ao trabalho e à rotina no dia seguinte, os fogos e as mortes, doenças de alguns amigos do peito, dois deles a quem foi diagnosticado cancro, outro hospitalizado... Há várias noites que não durmo. Esta inquietação, este desassossego, este calor consome-se por dentro e por fora. Abro os olhos e vejo pessoas a morrerem, fecho os olhos e parece que vejo chamas. Tenho com certeza algum botão avariado.
Esta noite resolvi beber um copo de vinho e tomar um comprimido para dormir. A cambalear consegui subir as escadas e chegar à cama mas passadas três horas oiço nitidamente uma briga de gatos na rua e achei que era o meu Zé. Fui salvá-lo. Três da manhã e eu na rua de pijama à procura do Zé. Nada! Voltei a subir as escadas e fui ver o meu aspecto de alucinada no espelho da cada de banho. Lá estava o filha-da-mãe-do-gato, à fresca, esparramado no chão a dormir!
Ele estava bem, eu é que voltei a não dormir. Abaixo gatos e moto-serras e fogos e doenças e outras merdas que tiram o sono e uma gaja!!
terça-feira, 20 de junho de 2017
Limbo
Nesta grande viagem tinha de carregar com o corpo todas as minhas necessidades e decidi não levar luxos. Nos alforges levei apenas dois equipamentos para pedalar, uma roupa para as quatro noites, chinelos, um agasalho, toalha, duas cuecas e dois soutiãs e uma bolsa com miniaturas de produtos de higiene essenciais.O resto da bagagem continha ferramentas, cãmara de ar, dropout suplente, comida, documentos, dinheiro, máquina fotográfica, telemóvel e a caderneta de peregrino. Meu Deus! O que me custou transportar aqueles nove quilos e ao fim do segundo dia, sem a roupa ainda lavada, nem um soutiã tinha para vestir para ir jantar.
Viver no limbo é lixado. Se por um lado até vivi confortavelmente durante cinco dias sem entender para que precisamos de tantas merdas, por outro senti-me nua. Faltava-me o meu perfume, o meu cheiro, a minha base para disfarçar o cansaço, o secador de cabelo para não parecer uma maluca e a minha almofada. Ai a minha almofada! Ah! Faltaram-me uns tampões para os ouvidos para não ouvir aquela moto serra toda a noite a trabalhar naquele albergue...
Voltei, voltei... voltei de lá!
Não sei se cheguei mais serena, se mais inquieta, não sei se encontrei o que procuro ou se vou continuar na minha luta. O que eu sei é que seguramente cheguei diferente. O que eu sei é que as lágrimas que me saltaram dos olhos assim que cheguei finalmente à praça em Compostela vieram do coração. Foram lágrimas de alegria, foram de felicidade, foram de gratidão e superação. Foram também de alívio, que já me doía o cú e as pernas e as costas e tudo e mais alguma coisa.
Há experiências, há pessoas, há situações que nos tornam melhores.
Sim, cheguei uma melhor pessoa, cheguei seguramente mais forte e com outra perspetiva de vida.
terça-feira, 13 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
A Leste
Obrigada Loira.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
As pulgas amestradas
Primeiro mandaram-nas saltar e elas, tentaram saltar. Ainda não tinham aprendido a saltar já as mandavam rodopiar. Elas, tentaram rodopiar. Não tinham ainda conseguido bem rodopiar, mandaram-as nadar. Depois tinham de saltar, rodopiar e nadar. Como ainda não tinham aprendido a nadar, morreram afogadas.
Filhas da puta das pulgas que não sabem fazer um cara-go!!!!
terça-feira, 6 de junho de 2017
Será que é só nos filmes?
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Quando eu vejo o mundo
Mas mais do que um desafio, mais do que um treino para a grande viagem que é já na próxima semana, essa sim O Desafio, mais do que um teste a mim própria, à resiliência, à capacidade de sair da zona de conforto, à aptidão para ultrapassar dificuldades, ao poder da mente que no fundo comanda o nosso corpo nisto tudo, mais do que um teste à capacidade física, estou a falar, claro, de um desafio de bicicleta pelo mato que envolve muitos quilómetros, muita dificuldade técnica e física, muitas subidas e descidas assustadoras...
Mais do que chegar a casa suja e a cheirar a cavalo, moída até aos olhos, as pernas e os braços arranhados das silvas e dos arbustos, o joelho negro de uma pequena queda a descer a alta velocidade, eu vi o mundo, eu alimentei a minha paixão...